sexta-feira, 5 de abril de 2013

Filme Anoitecer parte 2


Sobem para 35 os mortos em queda de prédio na Índia

Ásia


Construção estava ilegal e havia sido erguida com material de baixa qualidade

Equipes de resgate buscam sobreviventes nos escombros de prédio que desabou na Índia
Equipes de resgate buscam sobreviventes nos escombros de prédio que desabou na Índia (Punit Paranjpe / AFP)
Pelo menos 35 pessoas morreram e muitas outras seguem debaixo dos escombros após o desabamento de um prédio que estava sendo construído ilegalmente na cidade de Thane, próxima a Mumbai, no oeste da Índia, na tarde de quinta-feira. As vítimas são operários e seus familiares que viviam no canteiro de obras do edifício, segundo a polícia. Informações preliminares apontavam 27 mortos, mas este número foi atualizado pela polícia indiana.

De acordo com policiais que trabalham no local, as equipes de resgate continuam em busca de sobreviventes entre as ruínas do prédio. Segundo informações preliminares, nove crianças e sete mulheres estão entre os mortos. O desabamento também deixou 69 pessoas feridas, que foram levadas para quatro hospitais próximos, e um número ainda desconhecido de desaparecidos entre os escombros.

Ilegal - Fontes citadas pela imprensa indiana indicam que o edifício que desabou tinha sete andares e estava sendo construído sem a permissão das autoridades. Um dos responsáveis pelos serviços de emergência da região declarou ao jornal Hindustan Times que o prédio foi erguido em menos de quatro meses e com material de baixa qualidade. "Caiu em razão da baixa qualidade do material utilizado pelos construtores", constatou ele.
Atualizado às 4h45

(VEJA Com agências EFE e France-Presse)

Sistema de refrigeração de Fukushima volta a funcionar

Japão


Usina atingida por tsunami sofreu dois apagões em menos de três semanas

Central nuclear de Fukushima Daiichi
Central nuclear de Fukushima Daiichi  (Reuters)
O sistema de refrigeração das piscinas de armazenamento para o combustível usado na central nuclear de Fukushima Daiichi voltou a funcionar, depois do segundo apagão que a usina sofreu em menos de três semanas, anunciou nesta sexta-feira a operadora TEPCO.

Entenda o caso


  1. • Em 11 de março, um tsunami, que se seguiu a um terremoto de 9 graus de magnitude, devastou o nordeste do Japão, resultando na morte de 15.000 pessoas.
  2. • O desastre natural atingiu a usina nuclear de Fukushima e deu origem à mais grave crise atômica desde Chernobyl, em 1986.
  3. • A partir de então, o mundo todo passou na discutir a real necessidade da energia nuclear, com o temor de que uma nova catástrofe possa colocar o mundo em risco.

Um porta-voz da TEPCO disse, em uma entrevista coletiva, que o sistema de resfriamento da piscina próxima ao reator 3 estava novamente operacional após parar de funcionar por várias horas. Os motivos da paralisação do sistema ainda não foram determinados, mas os peritos suspeitam que o problema possa estar relacionado com as constantes obras no complexo, devastado pelo terremoto e maremoto de 2011.
Um incidente similar aconteceu no início de março, quando ao que tudo indica um rato provocou um curto-circuito que interrompeu o funcionamento do sistema de refrigeração das piscinas. O problema foi solucionado em dois dias. Na ocasião, a TEPCO foi alvo de muitas críticas pela demora a reagir ao apagão.
Segurança - A situação na central de Fukushima é considerada estável desde dezembro de 2011, mas os reiterados problemas com o sistema de refrigeração das piscinas provoca dúvidas sobre a segurança de seu funcionamento.
O segundo blecaute em Fukushima deixa a usina em situação delicada e reaviva temores de uma nova crise nuclear dois anos após o tsunami de 2011 ter provocado vazamento radioativo na central, no pior acidente do tipo desde Chernobyl. Além do acidente nuclear, o terremoto e o tsunami provocaram evacuação de milhares de pessoas que viviam em torno da central e afetaram gravemente a agricultura, pecuária e pesca da região.
(VEJA Com agência France-Presse)

Musica Que País É Esse?

Que País É Esse?

Que País É Esse?                                 

Legião Urbana

Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
No Amazonas, no Araguaia iá, iá,
Na baixada fluminense
Mato grosso, Minas Gerais e no
Nordeste tudo em paz
Na morte o meu descanso, mas o
Sangue anda solto
Manchando os papeis e documentos fieis
Ao descanso do patrão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Terceiro mundo, se foi
Piada no exterior
Mas o Brasil vai fica rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos indios num leilão
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

Renato Russo

Renato Russo                        



Renato Russo nome artístico de Renato Manfredini Júnior (Rio de Janeiro, 27 de março de 1960 – Rio de Janeiro, 11 de outubro de 1996) foi um cantor e compositor brasileiro, bissexual assumido, célebre por ter sido o vocalista e fundador da banda de rock Legião Urbana.Antes da fundação do grupo que o tornou conhecido mundialmente, Renato integrou o grupo musical Aborto Elétrico, do qual saiu devido às constantes brigas que havia entre ele e o baterista Fê Lemos.
Renato morreu devido as complicações causadas pela AIDS em 11 de outubro de 1996, na época com 36 anos. Amigos do cantor afirmam que o mesmo contraiu a doença após se envolver com um rapaz que conhecera em Nova Iorque, portador da doença, em 1989. Como integrante da Legião Urbana, Russo lançou oito álbuns de estúdio, cinco álbuns ao vivo, alguns lançados postumamente, e diversos singles, escritos em sua maioria pelo próprio. Gravou ainda três discos solo e cantou ao lado de Herbert Vianna, Adriana Calcanhoto, Cássia Eller, Paulo Ricardo, Erasmo Carlos, Leila Pinheiro, Laura Pausini, Biquini Cavadão, 14 Bis e Plebe Rude.
Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, onde Renato Russo ocupa o 25°. lugar.

Biografia

Renato Russo

Infância

Até os seis anos de idade, Renato viveu no Rio de Janeiro junto com sua família. Começou a estudar cedo no Colégio Olavo Bilac, na Ilha do Governador, zona norte da cidade. Nessa época teria escrito uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas…", que inclusive está disponível na íntegra. Em 1967, mudou-se com sua família para Nova York, pois seu pai, funcionário do Banco do Brasil, fora transferido para agência do banco em Nova York, mais especificamente para Forest Hills, no distrito do Queens. Foi quando Renato foi introduzido à língua e a cultura norte-americana. Em 1969 a família volta para o Brasil, indo Renato morar na casa de seu tio Sávio na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.

Adolescência

Em 1973 a família trocou o Rio de Janeiro por Brasília, passando a morar na Asa Sul. Em 1975, aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma das fases mais difíceis e curiosas de sua vida quando fora diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Ao saber do resultado, os médicos submeteram-no a uma cirurgia para implantação de três pinos de platina na bacia. Renato sofreu duramente a enfermidade, tendo que ficar seis meses na cama, quase sem movimentos. Durante o período de tratamento Renato teria se dedicado quase que integralmente a ouvir música, iniciando sua extensa coleção de discos dos mais variados estilos. Em entrevista, Russo teria alegado que este período fora determinante na formação de sua musicalidade.

Vida profissional

Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico, ao lado dos irmãos Felipe Lemos (Fê) (bateria) e Flávio Lemos (baixo elétrico), e do sul-africano André Pretorius (guitarra). O grupo durou quatro anos, de 1978 a 1982, terminando por brigas entre Fê e Renato. O Aborto Elétrico foi a semente que deu origem à Legião Urbana e ao Capital Inicial (formado por Fê e Flávio, junto ao guitarrista Loro Jones e ao vocalista Dinho Ouro-Preto). Após o fim do Aborto Elétrico, Renato começa a compor e se apresentar sozinho, tornando-se o Trovador Solitário. A fase solo durou poucos meses, até que o cantor se juntou a Marcelo Bonfá (baterista do grupo Dado e o Reino Animal), Eduardo Paraná (guitarrista, conhecido como Kadu Lambach) e Paulo Guimarães (tecladista, conhecido como Paulo Paulista), formando a Legião Urbana, tendo Renato como vocalista e baixista.
Suas principais influências eram as bandas de post punk que surgiram na época, especificamente, Renato Russo se espelhava no trabalho de Robert Smith, vocalista do The Cure e especialmente Morrissey que era vocalista da banda The Smiths Após os primeiros shows, Eduardo Paraná e Paulo Paulista saem da Legião. A vaga de guitarrista é assumida por Ico-Ouro Preto, irmão de Dinho Ouro-Preto, que fica até o início de 1983. Seu lugar é assumido definitivamente por Dado Villa-Lobos (que criou a banda Dado e o Reino Animal com Marcelo Bonfá, Dinho Ouro Preto, Loro Jones e o tecladista Pedro Thompson). A entrada de Dado consagrou a formação clássica da banda. À frente da Legião, que contou com o baixista Renato Rocha entre 1984 e 1989, Renato Russo atingiu o auge de sua carreira como músico, criando uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica (alguns adoravam o cantor como se fosse um deus). Os mesmos fãs chegavam a fazer um trocadilho com o nome da banda: Religião Urbana/Legião Urbana. Renato desconsiderava este trocadilho e sempre negou ser messiânico.Renato teve como seus principais sucessos as musicas: Faroeste Caboclo. Pais e filhos e Que país é esse, Eduardo e Mônica, Geração Coca-Cola, entre outros.

Morte

Renato Russo faleceu no dia 11 de outubro de 1996, às 01.15 horas da madrugada, pesando apenas 45 quilos, em consequência de complicações causadas pela AIDS (era soropositivo desde 1989, mas jamais revelou publicamente sua doença). Deixou um filho, o produtor cultural Giuliano Manfredini, na época com apenas 7 anos de idade. O corpo de Russo foi cremado e suas cinzas foram lançadas sobre o jardim do sítio de Roberto Burle Marx. No dia 22 de outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, ao lado do empresário Rafael Borges, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que a banda tenha vendido cerca de 20 milhões de discos no país durante a vida de Renato. Mais de uma década após sua morte, a banda ainda apresenta vendas expressivas de seus discos pelo mundo.

Por toda a minha vida Renato Russo


Chorão morreu por overdose de cocaína, aponta laudo

Memória  VEJA


Segundo Polícia Técnico-Científica, corpo do vocalista do Charlie Brown Jr. tinha 4,714 microgramas da droga por mililitro de sangue

Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr., durante entrevista de divulgação de seu filme 'O Magnata', no Hotel Unique, em São Paulo
Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr., durante entrevista de divulgação de seu filme 'O Magnata', no Hotel Unique, em São Paulo - Almeida Rocha/Folhapress
O músico Alexandre Magno Abrão, mais conhecido como Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Jr., morreu devido a uma overdose de cocaína, segundo laudo necroscópico da Polícia Técnico-Científica de São Paulo. A informação foi confirmada na noite desta quinta-feira pelo delegado Itagiba Vieira, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga a morte do cantor.


O laudo, com base em exame feito pelo Instituto Médico Legal (IML), aponta que o corpo de Chorão tinha 4,714 microgramas da droga por mililitro de sangue, o que aponta para morte por "intoxicação exógena devido à cocainemia". O vocalista da banda foi encontrado morto no dia 6 de março em seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo.
O apartamento em que o corpo do cantor foi encontrado estava revirado e, segundo afirmou Itagiba na ocasião, com aspecto de abandono. Entre garrafas de cerveja e latas de energético, havia pó branco, levado para análise toxicológica. Pouco depois, em entrevista à TV Globo, a ex-mulher do cantor, a estilista Graziela Gonçalves, atribuiu a morte do músico às drogas. “Ele tinha as corridas dele, ligava para fulano de tal, gente que eu nem fazia ideia, e conseguia”, disse.
Saúde - Segundo o delegado, a saúde do cantor Chorão estava bastante debilitada devido ao uso de drogas. “Coração, rins, cérebro estavam afetados”, disse. “O uso exagerado da cocaína potencializou os problemas e o levou a morte.”

Para finalizar o inquérito, que deve ser arquivado, a polícia aguarda o resultado de um teste toxicológico para confirmar a provável mistura de álcool e medicamentos encontrados no apartamento.

Pressionado, Feliciano cancela viagem à Bolívia

Congresso VEJA


Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara não vai mais visitar torcedores corintianos presos há 42 dias na cidade boliviana de Oruro

Gabriel Castro, de Brasília
Centro Penitenciário São Pedro em Oruro, na Bolívia
Centro Penitenciário São Pedro em Oruro, na Bolívia - Luiz Maximiano
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP), cancelou a viagem que faria à Bolívia na próxima semana. O parlamentar havia agendado uma visita aos doze corintianos presos há 42 dias na cidade de Oruro após a morte do garoto Kevin Espada, em fevereiro. Mas, depois de mais uma conversa com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Feliciano desistiu da viagem.
Henrique Alves, a quem cabe regimentalmente o dever de autorizar as viagens em missão oficial, não estava muito disposto a permitir a saída de Feliciano; alegava que outros parlamentares já haviam tomado a iniciativa de visitar os torcedores. O presidente da Câmara tem feito críticas públicas à postura de Feliciano à frente da comissão.


A assessoria de Feliciano nega que a desistência tenha relação com a pressão de Alves pela sua renúncia ao cargo e diz que o próprio deputado resolveu adiar a viagem porque um outro grupo de parlamentares embarcou nesta sexta-feira para a Bolívia com o mesmo objetivo. A assessoria não descarta que o deputado visite os prisioneiros em outra ocasião.
O requerimento que trata da viagem à Bolívia foi sugerido por Feliciano e havia sido aprovado na última quarta-feira, em reunião da Comissão de Direitos Humanos. O deputado embarcaria provavelmente na noite da próxima terça-feira, acompanhado de Antônia Lúcia (PSC-AC), primeira vice-presidente da comissão, e Anderson Ferreira (PR-PE), terceiro vice-presidente.
STF - Feliciano tem depoimento marcado para esta sexta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado é acusado de estelionato por não ter comparecido a dois cultos no Rio Grande do Sul após ter recebido 13 300 reais para participar dos eventos.
O ministro Ricardo Lewandowski, relator do caso, determinou que o depoimento deverá ocorrer a portas fechadas. A defesa de Feliciano afirma que o deputado se ausentou por razões de saúde, e diz que ele já devolveu o dinheiro.

Júri absolve acusado de ser mandante e condena executores de matar casal de extrativistas no Pará

Justiça VEJA


A absolvição provocou revolta de manifestantes, que depredaram o fórum em Marabá; os outros dois réus foram condenados a mais de 40 anos de prisão

Jean-Philip Struck
Casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, que foram assassinados em Nova Ipixuna, Pará
Casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, que foram assassinados em 2011 (Divulgação/Arquivo CNS)
O agricultor José Rodrigues Moreira, acusado de ser o mandante da morte de um casal de extrativistas no município de Nova Ipixuna, em maio de 2011, foi absolvido pelo júri nesta quinta-feira. Outros dois acusados, um deles apontado como o executor e o outro denunciado como coautor, foram condenados a penas de 45 e 42 anos de prisão.
A absolvição de José Rodrigues Moreira provocou revolta de manifestantes que compareceram ao fórum de Marabá, onde ocorreu o julgamento. Alguns deles chegaram a atirar pedras contra o prédio e quebraram janelas. A polícia foi acionada e teve que intervir para conter a multidão. A promotoria anunciou que vai recorrer da decisão que absolveu o agricultor.


O crime teve repercussão internacional: a morte do casal José Claudio Ribeiro da Silva, de 54 anos, e Maria do Espírito Santo, de 53 anos, foi causada, segundo denúncia do Ministério Público, pela disputa da posse de terras no assentamento Praialta Piranheira, em Nova Ipixuna. O município fica na região sudeste do Pará, local conhecido por violentas disputas por posses de terra. O crime gerou ainda mais repercussão após a divulgação de um vídeo gravado meses antes do crime em que José Claudio dizia que poderia morrer a qualquer momento.
O julgamento dos réus durou dois dias. Um total de dezesseis testemunhas foi ouvida. Na tarde desta quinta-feira, após os debates entre defesa e acusação, os jurados se reuniram. Após três horas, eles chegaram ao veredicto.
Os três acusados estão presos desde dezembro de 2011. Segundo o Ministério Público, José Rodrigues Moreira vinha comprando lotes de assentados ordenou a morte do casal porque eles se opunham ao seu plano de expansão na área e o acusavam de não se enquadrar no perfil de assentado. O casal também acusava o agricultor de devastar os lotes.
Crime - José Claudio e Maria do Espírito Santo foram mortos quando andavam de moto em uma estrada na zona rural de Nova Ipixuna. Os corpos de ambos foram atingidos por tiros de escopeta. José Cláudio ainda teve uma das orelhas cortadas quando ainda estava vivo. Segundo o Ministério Publico, o autor dos disparos foi Alberto Lopes Nascimento. Já o coautor, Lindonjonson Silva Rocha, que é irmão do agricultor José Rodrigues Moreira, foi apontado como o organizador da emboscada. Testemunhas chamadas ao tribunal reconheceram que os dois estavam circulando pelo local antes do crime.
O júri formado por sete pessoas chegou a conclusão que só havia provas contras os dois, e que o Ministério Público não conseguiu estabelecer que Rodrigues Moreira foi o mandante. Lindonjonson foi condenado a 42 anos e oito meses de prisão e Alberto Lopes Nascimento, a 45 anos de prisão.

Desembargador mandava 'torpedos' para pedir dinheiro

Justiça VEJA


Arthur Del Guércio Filho, que está afastado do cargo, enviou 23 torpedos para duas advogadas; em uma das mensagens pedia 35 000 reais

Tribunal de Justiça de São Paulo
O desembargador foi afastado da 15ª Câmara de Direito Público do TJ-SP por suspeita de corrupção (Gedeão Dias/TJSP)
Uma sequência de 23 torpedos enviados para os celulares de duas advogadas de Campinas é indício contra o desembargador Arthur Del Guércio Filho, afastado cautelarmente da 15ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por suspeita de corrupção. As mensagens foram redigidas no celular do próprio magistrado e endereçadas às advogadas Maria Odette Ferrari Pregnolatto e Giovanna Gândara Gai, de um escritório de Campinas, no interior de São Paulo.
"Do TJ foram suspensos alguns pagamentos de férias atrasadas a que tenho direito e isso me deixou numa situação aflitiva", escreveu o desembargador Del Guércio, a 9 de maio de 2012, às 14h34. "Por isso me atrevo a perguntar se a sra poderia me emprestar 35 000 reais por sessenta dias, com o inconveniente que precisaria ser para amanhã." Depois, insistiu. "Qualquer que seja sua resposta tenho certeza que nenhum de nós misturará as coisas, pois o pedido é pessoal, nada mais. Me desculpando (sic) pelo incômodo, aguardo ansioso sua resposta. Abs."
Maria Odette, de 65 anos, integra o Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campinas. Acumula quarenta anos de experiência como procuradora municipal e advogada. Por cautela, gravou as correspondências. "Fiquei muito indignada. Não emprestei dinheiro e não respondi", conta.
Dúvida – Ela defende uma pessoa jurídica em mandado de segurança relativo a questão de ordem tributária. No último dia 21 de março, Del Guércio ligou para o escritório de Maria Odette e pediu a ela que fosse ao seu gabinete, no prédio do TJ-SP da Avenida Ipiranga, no centro da capital. "Ele disse que estava com dúvida sobre a perícia contábil", relata a advogada. "Fui à sala dele, mas ali não falou sobre dinheiro. Mal deixei o tribunal e veio torpedo."
"Dra, bom dia", iniciou o magistrado. "Depois que a sra saiu tive uma péssima notícia e constrangido gostaria de saber se poderia me ajudar. Amanhã entraria um pagamento do tribunal, mas ele só será feito no dia 5 de abril. O valor é 19 800 reais. A sra poderia me emprestar esse valor até aquela data? Me desculpe pela amolação. Me dê um retorno, por favor (sic)."


Ao fim do texto, às 11h53, ele anotou. "Ah, já localizei o feito e o julgamento será simultâneo, mas sem qualquer relação com o meu pedido, creia." Às 17h52 ele cobrou. "Dra, alguma posição?"
"Tenho medo do que possa ocorrer com meu cliente, mas como não podia tomar providências?", argumenta Maria Odette, que segunda-feira foi à Presidência do TJ-SP, denunciou o desembargador e entregou cópia da sucessão de torpedos.
Assédio – Além de seu relato e do depoimento de Giovanna, confirmam a ação de Del Guércio outros três advogados a quem ele teria solicitado dinheiro. Maria Odette disse que "nunca deu abertura" para que Del Guércio fizesse tais pedidos. "Nunca vi uma coisa dessas e tem um agravante porque ele até assediou a Giovanna, uma advogada jovem e bonita."
O assédio está em duas mensagens a Giovanna, de 31 anos. A primeira, data de 9 de maio de 2012, às 12h12. "Gostei muito de falar com você. Seu jeito meigo me cativou. Sei das grandes diferenças que existem em nossas vidas, mas posso lhe perguntar se não podemos almoçar juntos um dia desses? O que acha da ideia? Estou aguardando sua visita. Beijos." No dia seguinte, às 9h40: "Giovanna, bom dia. Você não me respondeu ontem. Te assustei? (sic)"
"É uma frustração grande", diz Giovanna. "A gente estuda, vai atrás de jurisprudências e aí você vê todo esse trabalho jogado no ralo. Ainda assim existem os bons, e a gente acredita na Justiça. Talvez tenha acontecido com mais pessoas." O criminalista José Luís Oliveira Lima, que nesta quinta-feira assumiu a defesa de Del Guércio, não comentou as acusações.
Investigação – A Procuradoria-Geral de Justiça abriu inquérito civil para investigar o desembargador por improbidade e enriquecimento ilícito. A apuração inclui quebra de sigilo bancário e fiscal do magistrado. A procuradoria quer devassar os dados relativos ao período em que Del Guércio ocupou assento na 15ª Câmara de Direito Público. Serão ouvidos todos os advogados que relatam ter recebido solicitações de dinheiro. Para o procurador-geral, Márcio Fernando Elias Rosa, a conduta de Del Guércio, em tese, atenta contra os princípios da administração pública, "revelando o descumprimento dos deveres de legalidade, moralidade e lealdade à instituição", em violação aos artigos nove e onze da Lei nº 8.429/92 (Improbidade).
A Polícia Federal vai investigar "eventual prática de crime". A ordem é do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que atendeu o presidente do TJ-SP, Ivan Sartori. Em âmbito penal, Del Guércio tem foro privilegiado perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mesmo afastado, ele vai receber os vencimentos, cerca de 30 000 reais mensais.
O juiz Aloísio Sérgio Rezende assumiu a vaga de Del Guércio. A Corregedoria Geral do TJ-SP vai fazer um pente-fino em todas as ações que estavam sob responsabilidade do desembargador afastado. A meta é rastrear todas as demandas em que ele se manifestou. As causas em que ele atuava como relator, revisor ou terceiro juiz foram tiradas de pauta.
(Com Estadão Conteúdo)

Melatonina e suas diversas faces






A melatonina é um hormônio que exerce papel fundamental na regulação de um importante ciclo na vida dos seres humanos: o ciclo circadiano, também conhecido como ciclo claro-escuro. A melatonina é secretada pela glândula pineal que fica localiza no cérebro e  sua produção é estimulada pela ausência de luz. Quando a retina registra sinais luminosos envia as informações para o núcleo supraquiasmático que as repassa para a medula espinal até chegar na glândula pineal, esse processo encerra a produção do hormônio.
A melatonina é naturalmente produzida pelo nosso organismo, mas o envelhecimento diminui a produção. Esse e outros fatores como distúrbios do sono, trabalhos em turnos, deficiência visual e a presença de jet-lags podem interferir na produção de melatonina e afetar a qualidade e o padrão de sono.
Quando isto ocorre pode-se administrar melatonina exógena para facilitar e melhorar a qualidade do sono. Pessoas com deficiência visual ou  trabalhadores em turnos podem usar o hormônio com o objetivo de sincronizar ritmos biológicos. A melatonina também tem se mostrado eficaz na prevenção e no tratamento de jet-lags, diminuindo as consequências das alterações dos fuso-horários.
Com a exigência de uma sociedade 24/7, termo que define atividade 24 horas nos 7 dias na semana, há uma necessidade cada vez maior de pessoas que possam trabalhar em horários não tradicionais e enfrentar diversas viagens com fuso-horários diversos. Essas constantes alterações podem trazer sérias consequências à saúde e também à  segurança do trabalhador.
Recentes estudos têm revelado novas ações desse hormônio como um potente antioxidante, previne a carcinogênese, atua nas desordens neurodegenerativas e evita a progressão de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
As vantagens da melatonina em relação a outros tratamentos farmacológicos é a aparente ausência de efeitos colaterais, mas vale um alerta importante: para saber a dose correta,  o melhor horário para a administração e principalmente se a melatonina é indicada para o seu problema, o ideal é procurar um médico especialista.

VEJA


Filme Lula o Filho do Brasil


Portadores de doenças graves terão prioridade na restituição

Imposto de renda


Desde 1º de março já é possível entregar a declaração do imposto de renda. Confira algumas explicações de especialistas sobre as principais dúvidas dos leitores

Médicos
IR 2013: restituição chega primeiro para idosos e portadores de doenças graves (Thinkstock)
A Receita Federal espera receber 26 milhões de declarações em 2013. Todos os contribuintes que receberam no ano passado rendimentos tributáveis superiores a 24.556,65 reais precisam prestar contas ao Fisco. Quem deixar de entregar o IR 2013 pode ser multado em 165,74 reais ou ser obrigado a pagar 20% do valor do imposto devido. A pergunta abaixo pode ajudá-lo a preencher sua declaração de renda.
Há lógica em acreditar que, quanto antes se entrega a declaração, antes se receberá a restituição? Quando a Receita começa a liberar a restituição e qual a taxa usada para correção dos valores? Se eu cair na malha fina e demorar mais de um ano para receber a restituição, há outras compensações (além da correção)?

Pergunte

Envie suas dúvidas sobre o IR 2013
O site de VEJA quer ajudá-lo a esclarecer suas dúvidas sobre o preenchimento da declaração, que deve ser transmitida para a Receita Federal entre 1º de março e 30 de abril. Suas perguntas serão respondidas por uma equipe de especialistas. Escreva para  ir2013veja@gmail.com
A Receita Federal costuma priorizar os que fazem a declaração antecipadamente na hora de fazer a restituição. Mas determinados grupos de contribuintes também têm prioridade em receber o dinheiro. Em 2013, além das pessoas com mais de 60 anos de idade, os portadores de doenças graves ou com deficiência física ou mental terão direito ao adiantamento. São consideradas doenças graves: aids, alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, doença de Paget em estados avançados (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística (mucoviscidose), hanseníase, nefropatia grave, hepatopatia grave, neoplasia maligna, tuberculose ativa. Para garantir a prioridade, essas pessoas devem indicar a doença na ficha de Identificação do contribuinte.
De acordo com o cronograma da Receita Federal, a restituição começa a ser paga em junho e vai até dezembro de 2013 para todos os contribuintes. Os valores a serem restituídos são acrescidos dos juros da taxa Selic corrigidos até o momento do resgate. Os contribuintes que caem na malha fina não recebem qualquer compensação - apenas a correção do valor pela Selic.
Dúvidas – Em sua página na internet, a Receita Federal mantém uma lista de perguntas e respostas das dúvidas mais frequentes.
Manual – O Centro de Orientação Fiscal (Cenofisco), parceiro do site de VEJA no IR 2013, disponibilizou um manual para auxiliar no preenchimento da declaração. O material, com 89 páginas, aborda detalhadamente os principais pontos da declaração.

Irmão pode ser dependente de irmão no IR

Imposto de Renda VEJA


Desde 1º de março é preciso entregar a declaração do imposto de renda. Confira algumas explicações de especialistas sobre as principais dúvidas dos leitores

Educação
É importante lembrar que uma criança ou um jovem só pode constar como dependente na declaração de um único contribuinte (Thinkstock)
A Receita Federal espera receber 26 milhões de declarações em 2013. Todos os contribuintes que receberam no ano passado rendimentos tributáveis superiores a 24.556,65 reais precisam prestar contas ao Fisco. Quem deixar de entregar o IR 2013 pode ser multado em 165,74 reais ou ser obrigado a pagar 20% do valor do imposto devido. A pergunta abaixo pode ajudá-lo a preencher sua declaração de renda.
Eu cuido do meu irmão e pago todas as suas despesas, incluindo os estudos. Porém, não tenho a guarda legal dele. Como faço para deduzir os gastos que tenho com a educação dele em meu imposto de renda?
Para que você possa deduzir os gastos que tem com a criança em seu imposto de renda, é preciso que ele conste como seu dependente na declaração. E, para isso, seria necessário que você tivesse sua guarda legal.
Irmãos de até 21 anos, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho, desde que sem arrimo dos pais, só podem ser considerados dependentes de um contribuinte se a pessoa tiver a guarda judicial.
Também é importante lembrar que uma criança só pode constar como dependente na declaração de um único contribuinte. 

Pergunte

Envie suas dúvidas sobre o IR 2013
O site de VEJA quer ajudá-lo a esclarecer suas dúvidas sobre o preenchimento da declaração, que deve ser transmitida para a Receita Federal entre 1º de março e 30 de abril. Suas perguntas serão respondidas por uma equipe de especialistas. Escreva para  ir2013veja@gmail.com
Dúvidas – Em sua página na internet, a Receita Federal mantém uma lista de perguntas e respostas das dúvidas mais frequentes.
Manual – O Centro de Orientação Fiscal (Cenofisco), parceiro do site de VEJA no IR 2013,disponibilizou um manual para auxiliar no preenchimento da declaração. O material, com 89 páginas, aborda detalhadamente os principais pontos da declaração.

A diferença entre ética e moral?

A diferença entre ética e moral?



Podemos responder a esta pergunta com uma história árabe.
Um homem fugia de uma quadrilha de bandidos violentos quando encontrou, sentado na beira do caminho, o profeta Maomé. Ajoelhando-se à frente do profeta, o homem pediu ajuda: essa quadrilha quer o meu sangue, por favor, proteja-me!

O profeta manteve a calma e respondeu: continue a fugir bem à minha frente, eu me encarrego dos que o estão perseguindo.
Assim que o homem se afastou correndo, o profeta levantou-se e mudou de lugar, sentando-se na direção de outro ponto cardeal. Os sujeitos violentos chegaram e, sabendo que o profeta só podia dizer a verdade, descreveram o homem que perseguiam, perguntando-lhe se o tinha visto passar.
O profeta pensou por um momento e respondeu: falo em nome daquele que detém em sua mão a minha alma de carne: desde que estou sentado aqui, não vi passar ninguém.
Os perseguidores se conformaram e se lançaram por um outro caminho. O fugitivo teve a sua vida salva.
O leitor entendeu, não?

Não?
Explico.
A moral incorpora as regras que temos de seguir para vivermos em sociedade, regras estas determinadas pela própria sociedade. Quem segue as regras é uma pessoa moral; quem as desobedece, uma pessoa imoral.
A diferença entre ética e moral? Niks'A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que reflete sobre as regras morais. A reflexão ética pode inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por exemplo, ultrapassadas.
Se o profeta fosse apenas um moralista, seguindo as regras sem pensar sobre elas, sem avaliar as consequências da sua aplicação irrefletida, ele não poderia ajudar o homem que fugia dos bandidos, a menos que arriscasse a própria vida. Ele teria de dizer a verdade, mesmo que a verdade tivesse como consequência a morte de uma pessoa inocente.
Se avaliarmos a ação e as palavras do profeta com absoluto rigor moral, temos de condená-lo como imoral, porque em termos absolutos ele mentiu. Os bandidos não podiam saber que ele havia mudado de lugar e, na verdade, só queriam saber se ele tinha visto alguém, e não se ele tinha visto alguém “desde que estava sentado ali”.
Se avaliarmos a ação e as palavras do profeta, no entanto, nos termos da ética filosófica, precisamos reconhecer que ele teve um comportamento ético, encontrando uma alternativa esperta para cumprir a regra moral de dizer sempre a verdade e, ao mesmo tempo, ajudar o fugitivo. Ele não respondeu exatamente ao que os bandidos perguntavam, mas ainda assim disse rigorosamente a verdade. Os bandidos é que não foram inteligentes o suficiente, como de resto homens violentos normalmente não o são, para atinarem com a malandragem da frase do profeta e então elaborarem uma pergunta mais específica, do tipo: na última meia hora, sua santidade viu este homem passar, e para onde ele foi?
 A diferença entre ética e moral?
Logo, embora seja possível ser ético e moral ao mesmo tempo, como de certo modo o profeta o foi, ética e moral não são sinônimas. Também é perfeitamente possível ser ético e imoral ao mesmo tempo, quando desobedeço uma determinada regra moral porque, refletindo eticamente sobre ela, considero-a equivocada, ultrapassada ou simplesmente errada.
Um exemplo famoso é o de Rosa Parks, a costureira negra que, em 1955, na cidade de Montgomery, no Alabama, nos Estados Unidos, desobedeceu à regra existente de que a maioria dos lugares dos ônibus era reservada para pessoas brancas. Já com certa idade, farta daquela humilhação moralmente oficial, Rosa se recusou a levantar para um branco sentar. O motorista chamou a polícia, que prendeu a mulher e a multou em dez dólares. O acontecimento provocou um movimento nacional de boicote aos ônibus e foi a gota d’água de que precisava o jovem pastor Martin Luther King para liderar a luta pela igualdade dos direitos civis.
No ponto de vista dos brancos racistas, Rosa foi imoral, e eles estavam certos quanto a isso. Na verdade, a regra moral vigente é que estava errada, a moral é que era estúpida. A partir da sua reflexão ética a respeito, Rosa pôde deliberada e publicamente desobedecer àquela regra moral.
Entretanto, é comum confundir os termos ética e moral, como se fossem a mesma coisa. Muitas vezes se confunde ética com espírito de corpo, que tem tudo a ver com moral mas nada com ética. Um médico seguiria a “ética” da sua profissão se, por exemplo, não “dedurasse” um colega que cometesse um erro grave e assim matasse um paciente. Um soldado seguiria a “ética” da sua profissão se, por exemplo, não “dedurasse” um colega que torturasse o inimigo. Nesses casos, o tal do espírito de corpo tem nada a ver com ética e tudo a ver com cumplicidade no erro ou no crime.
Há que proceder eticamente, como o fez o profeta Maomé: não seguir as regras morais sem pensar, só porque são regras, e sim pensar sobre elas para encontrar a atitude e a palavra mais decentes, segundo o seu próprio julgamento.

ética profissional

O que é 
A ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos aplicados no ambiente de trabalho. A ética no ambiente de trabalho é de fundamental importância para o bom funcionamento das atividades da empresa e das relações de trabalho entre os funcionários. 
Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho:
- Maior nível de produção na empresa;
- Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho harmonioso, respeitoso e agradável;
- Aumento no índice de confiança entre os funcionários.
Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho:
- Educação e respeito entre os funcionários;
- Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas de trabalho;
- Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa;
- Respeito à hierarquia dentro da empresa;
- Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho;
- Ações e comportamentos que visam criar um clima agradável e positivo dentro da empresa como, por exemplo, manter o bom humor;
- Realização, em ambiente de trabalho, apenas de tarefas relacionadas ao trabalho;
-  Respeito às regras e normas da empresa.
 

Populismo




Vargas, Perón e Rujas: exemplos dos governos populistas estabelecidos no continente americano.


O populismo foi um tipo de situação política experimentada na América Latina entre as décadas de 1930 e 1960, que teve como grande contexto propulsor a crise de 1929. Nessa época, várias das nações latinas – vistas como portadoras de uma economia periférica – viveram uma fase de desenvolvimento econômico seguido pelo crescimento dos centros urbanos e a rearticulação das forças sociais e políticas. Foi em meio a essas transformações diversas que a prática populista ganhou terreno.

A política populista é marcada pela ascensão de líderes carismáticos que buscam sustentar sua atuação no interior do Estado através do amplo apoio das maiorias. Muitas vezes, abandona o uso de intermediários ideológicos ou partidários para buscar na “defesa dos interesses nacionais” uma alternativa às tendências políticas de sua época, sejam elas tradicionalistas, oligárquicas, liberais ou socialistas. De diferentes formas, propaga a crença em um líder acima de qualquer outro ideal.

No campo de suas ações práticas, a tendência populista prioriza o atendimento das demandas das classes menos favorecidas, colocando tal opção como uma necessidade urgente frente aos “inimigos da nação”. De fato, o populismo permitiu a participação política de grupos sociais que historicamente foram completamente marginalizados das arenas políticas latino-americanas. Contudo, esse tipo de ação das camadas populares junto ao Estado não pode ser confundida com o exercício da democracia plena.

Uma das contradições mais marcantes do populismo consiste em pregar a aproximação ao povo, mas, ao mesmo tempo, estabelecer mecanismo de controle que permitam o aparecimento de tendências políticas contrárias ao poder vigente. De tal maneira, os governos populistas também são marcados pela desarticulação das oposições políticas e a troca dos “favores ao povo” pelo apoio incondicional ao grande líder responsável pela condução do país.

Além do autoritarismo e do assistencialismo, os governos populistas também tem grande preocupação com o uso dos meios de comunicação como instrumento de divulgação das ações do governo. Por meio da instalação ou do controle desses meios, o populismo utiliza de uma propaganda oficial massiva que procura se disseminar entre os mais distintos grupos sociais através do uso irrestrito de rádios, jornais, revistas e emissoras de televisão.

A ascensão dos regimes populistas sempre foi vista com certa desconfiança por determinados grupos políticos internos ou estrangeiros. A capacidade de mobilização das massas estabelecidas por tais governos, o apelo aos interesses nacionais e a falta de uma perspectiva política clara poderia colocar em risco os interesses defendidos pelas elites que controlavam a propriedade das terras ou das forças produtivas do setor industrial.

Dessa forma, podemos compreender que o populismo entrou em crise no momento em que não conseguiu mais negociar os interesses – muitas vezes antagônicos – das elites econômicas e das classes trabalhadoras. Quando as tensões políticas e sociais chegaram a tal ponto, podemos ver que grupos nacionais conservadores buscaram apoio político internacional, principalmente dos Estados Unidos, para varrer o populismo por meio da instalação de ditaduras que surgiram entre as décadas de 1950 e 1970.

Na América Latina, os exemplos de experiência populistas podem ser compreendidos na ascensão dos governos de Juan Domingo Perón (1946 – 1955/1973 – 1974), na Argentina; Lázaro Cárdenas (1934 – 1940), no México; Gustavo Rojas Pinilla (1953 – 1957), na Colômbia; e Getúlio Vargas (1930 – 1945/ 1951 – 1954), no Brasil. Apesar de se reportar a uma prática do passado, ainda hoje podemos notar a presença de algumas práticas populistas em governos estabelecidos na América Latina.


Por Rainer Sousa
Mestre em História

Multidões em Cena. Propaganda Política no Varguismo e no Peronismo

Mary Anne JunqueiraDepartamento de História-FFLCH/USP

CAPELATO, Maria Helena R. Multidões em Cena. Propaganda Política no Varguismo e no Peronismo. São Paulo, Fapesp/ Papirus, 1998.

Em muitos países, particularmente nos períodos eleitorais, é notória a utilização de propaganda política que, junto às pesquisas de opinião, se sofisticam mais e mais com a finalidade de conquistar os "corações e mentes" dos eleitores. Embora seja um tema que envolve riscos e desafios, mais do que nunca a propaganda política precisa e deve ser estudada, dada a extraordinária penetração dos meios de comunicação de massa.

O fenômeno surgiu na primeira metade do século XX, quando o rádio (por exemplo) instalado nas salas das casas fazia com que as donas-de-casa tivessem companhia durante o dia e agregasse a família em torno das notícias e programas variados durante a noite. Sabe-se que a utilização maciça da propaganda política na América Latina, na primeira metade do século XX, esteve vinculada aos regimes de Vargas, no Brasil, e de Perón, na Argentina. É sobre esse período que a historiadora Maria Helena Capelato se debruça para analisar a complexidade da propaganda elaborada e divulgada pelo Estado Novo brasileiro (1937-1945) e pelo peronismo (1945-1955).

A autora trabalha a partir de uma abordagem da História política renovada. Investiga as encenações do poder, as representações políticas e os imaginários sociais (constituídos por imagens, mitos, símbolos e utopias). Para tal empreitada, analisa um corpus documental variado (rádio, cinema, jornais, revistas, discursos, cartilhas escolares, folhetos, obra de ideólogos de ambos os regimes) englobando assim os meios de comunicação, educação e produção cultural do período.

A autora lembra com muita propriedade como o candidato Fernando Collor (1989), no Brasil, e Carlos Menem (1988), na Argentina, utilizaram imagens e símbolos presentes no varguismo e no peronismo, confirmando a permanência de traços desses regimes autoritários ainda nos dias de hoje. Maria Helena construiu assim uma análise sofisticada sobre um período decisivo da História latino-americana e sobre um tema que envolve a difícil tarefa de trabalhar com as subjetividades e as "marés instáveis" do coletivo.

Em primeiro lugar, sustenta as semelhanças de um e outro regime: tanto Vargas como Perón inspiraram-se na bem sucedida propaganda nazi-fascista. A propaganda política articulada e capitaneada por Goebbels foi alvo atento da atenção de Vargas. Perón também utilizou os mesmos mecanismos a fim de controlar e dirigir as massas. Importante notar, como ressalta a autora, o fato da propaganda nazista ter se inspirado no sucesso da propaganda comercial norte-americana. Dessa forma, idéias e tecnologias de comunicação circulavam no período com uma velocidade inigualável até então. Conteúdo e forma das mensagens vieram da Europa para o Brasil e para Argentina, mas – afirma a autora – foram reproduzidas com um novo significado, adaptando-se às conjunturas históricas e particularidades culturais do Brasil e da Argentina.

Existem muitos estudos tanto sobre o varguismo quanto sobre o peronismo, mas a originalidade do trabalho de Maria Helena está em elaborar uma análise comparativa entre as propagandas políticas utilizadas por Vargas e Perón, iluminando assim a compreensão dos dois regimes. Em primeiro lugar, é necessário marcar os distintos momentos históricos em que foram veiculadas as propagandas em um e outro país. No caso do Brasil, Vargas consolida o seu poder no período entreguerras, quando do impacto da Revolução Russa, das conseqüências da Primeira Guerra Mundial, da crise econômica de 1929 e do questionamento do liberalismo. Já no caso da Argentina, Perón só chega ao poder ao fim da Segunda Guerra Mundial com a inquestionável vitória dos Aliados. Momento em que, com a derrocada do nazi-fascismo, já se colocavam por terra as objeções às políticas liberais. Dessa forma, quase uma década separa a entrada em cena de Vargas (1937) e de Perón (1945). No entanto foi nesse período que tanto um quanto o outro procuraram canalizar as massas em direção ao projeto autoritário. E mais: Vargas alcançou o poder por meio de um golpe de Estado e Perón tornou-se um dos presidentes mais populares da Argentina, por meio de eleições. Segundo a autora, embora a propaganda política argentina tenha sido organizada através das regras do sistema democrático, a pretensão de conquistar as massas foi a mesma tanto no varguismo quanto no peronismo.

Se é clara a semelhança entre Vargas e Perón no que concerne à inspiração que tiveram na propaganda nazi-facista, também existem analogias em como os dois presidentes procuravam apresentar as sociedades: ambas eram tidas como homogêneas, unidas e harmônicas, negando os conflitos e a pluralidade da vida social. Tais representações exigiam uma ação decisiva contra qualquer conflito ou manifestação da oposição, transformando a propaganda política em um instrumento eficaz para aqueles regimes de caráter autoritário. Assim, verificou-se no âmbito das duas sociedades um controle exaustivo dos meios de comunicação com o objetivo de canalizar a participação das massas na direção imposta pelos dois governos.

Mas, como afirma a autora, se por um lado existem semelhanças, por outro, são muitas as diferenças que marcaram os dois regimes. Varguismo e Peronismo procuravam através dos símbolos definir aliados e inimigos, muitas vezes utilizando-se de imagens religiosas. No entanto, enquanto o comunismo foi o inimigo instaurado pelo governo Vargas, catalisando os temores de desintegração da sociedade, no caso do Argentina, foi eleito como inimiga do regime a oligarquia "vende-pátria" que se associava aos interesses estrangeiros e o imperialismo (primeiro o inglês e depois o norte-americano).

Getúlio Vargas como se sabe era considerado o pai dos pobres, e a autoridade máxima que protegia um povo-criança, inábil e incapaz de escolher os seus representantes. Perón era igualmente considerado um pai, mas, carregava um qualificativo a mais, era também visto como amigo e procurava uma proximidade maior com os trabalhadores. Maria Helena afirma que Getúlio Vargas esteve voltado para a construção do "trabalhismo brasileiro", mas nada se compara ao que aconteceu na Argentina, quando houve de fato uma grande melhoria de vida da população, especialmente porque naquele país os trabalhadores já eram uma categoria consolidada. A justiça social foi o carro-chefe da política peronista com vistas a direcionar os trabalhadores no rumo imposto pelo regime.

No Brasil de Vargas a mesma questão foi tratada de forma diferente: aqui se pretendia formar, moldar o trabalhador produtivo. O objetivo principal do regime era reformar o Estado e criar uma força de trabalho disciplinada a fim de empreender o desenvolvimento do país. Dessa maneira, a justiça social foi um lema muito mais do peronismo do que do varguismo. A autora conclui então que a propaganda política foi utilizada de forma mais intensa e determinante na Argentina, uma vez que Perón não se descuidava do apoio das massas para se manter no poder. No caso de Vargas – instalado na cadeira presidencial por meio de um golpe e com apoio dos setores dominantes e das forças armadas – não houve a mesma necessidade da aprovação popular maciça que existiu na Argentina.

Além disso, diferentemente de Vargas, Perón contou com a atuação de sua mulher Eva Perón, peça-chave na propaganda política e alicerce do regime autoritário argentino. A atuação do casal, e em especial a ação de Eva, mostrava à população as representações masculina e feminina do poder. Eram imagens que sugeriam o homem como o "salvador", com a função de livrar a sociedade das forças perniciosas e a mulher como "mártir e redentora" da Argentina. Assim ficavam definidos o papel dominante do homem e a posição de satélite legada à mulher. Eva Perón, como se sabe, se tornou mito, sendo reverenciada por uns e detratada por outros, e ainda hoje é tema de filmes, biografias e alvo de controvérsias naquele país.

Em ambos os regimes, afirma a autora, houve a tentativa de calar as vozes dissonantes. Mas as diferenças entre Brasil e Argentina foram significativas. No Brasil, embora tenha havido oposição a Vargas – especialmente no interior das universidades – existiu uma forte atuação do regime em cooptar os intelectuais, abrindo espaço para as produções artísticas, processo capitaneado pela figura polêmica de Gustavo Capanema. Na Argentina, ainda que existissem escritores francamente peronistas, a reação dos intelectuais foi muito mais radical contra o regime. Basta lembrar a trajetória de Jorge Luis Borges, perseguido por Perón, por suas críticas ao que os escritores chamavam de fascismo local. Segundo Maria Helena, essas constatações permitem destacar as diferenças entre as culturas políticas brasileira e Argentina. Embora no Brasil existisse uma oposição significativa, as iniciativas procuraram se organizar mantendo um consenso, enquanto na Argentina é indiscutível a existência de uma sociedade muito mais polarizada.

Assim sendo, o trabalho de Maria Helena Capelato – construído a partir de pesquisa em fontes, profundo conhecimento da bibliografia sobre o período e sustentado pela multiplicidade de temas que surgiram com a comparação – é uma valiosa referência sobre a época. Além disso, a autora convida o leitor a pensar não só sobre a propaganda política de ontem, mas também na que se faz hoje. É bom salientar que, embora Vargas e Perón tenham conseguido um apoio considerável das massas, isso não quer dizer que a propaganda política dirige de forma determinante as vontades e as ações da sociedade. Seria bom ouvir o que o próprio Perón constatou ao fim da sua trajetória política. "Em 1955, tendo a totalidade dos meios de comunicação à disposição fui derrotado; em 1945 e 1973, antes das eleições, a imprensa toda se opôs a mim não impedindo a minha chegada à Casa do Governo".

Varguismo e peronismo


 

Introdução

Embora não haja um consenso na historiografia em relação aos governos de Getúlio Vargas, no Brasil, e Perón, na Argentina - pois alguns pesquisadores consideram esses governos populistas, enquanto outros negam essa definição -, o estudo desses momentos históricos é fundamental, já que possibilita reflexões valiosas sobre aspectos da contemporaneidade dessas duas realidades históricas.
O denominado "populismo latino-americano" teria emergido na década de 1930 e se estendido até os anos de 1960 e 1970, quando, com o processo de modernização e industrialização, ainda que conservador, as classes populares surgem no cenário político.
Tal afirmativa não significa dizer que a população não desenvolvesse lutas e formas de resistência. O fato é que, em um cenário de reestruturação das economias latino-americanas (depois da crise de 1929), se estabelecem relações mais complexas entre capital e trabalho, cabendo ao Estado o papel de "mediador". Uma mediação que, por diversas vezes, favorecia as lutas do patronato e impedia ou dificultava a obtenção de sucesso pela classe trabalhadora.
Nesse contexto, responde-se aos anseios das classes populares de maneira autoritária e paternalista. As cobranças dos trabalhadores, por exemplo, são respondidas com o desenvolvimento de extensa legislação trabalhista, que não pode ser vista como concessão, mas, sim, como resultado da pressão exercida pelos operários.

Objetivos

1) Reconhecimento do contexto histórico em que se desenvolvem o varguismo e o peronismo.
2) Reflexões sobre o uso da imagem desses governantes como propaganda política.
3) Análise do uso das imagens de Getúlio Vargas nas campanhas políticas contemporâneas.
4) Análise de documentos: propagandas da época, livros didáticos, etc. (O professor pode usar a fonte a que tenha maior acesso, ou buscar outros documentos, de uso mais incomum, ampliando assim o leque de possibilidades documentais para a construção do saber histórico).
5) Reflexões sobre as maneiras usadas pelos trabalhadores para alcançarem seus objetivos.

Estratégias

1) Inicie o trabalho falando da realidade brasileira, mais próxima para os alunos. Em seguida, lance uma questão problematizadora. Pergunte aos alunos: Quais estratégias vocês usariam para conseguir um aumento salarial ou qualquer outro direito, se trabalhassem na mesma fábrica e se sentissem injustiçados?
Registre as idéias dos alunos no quadro e comece a traçar semelhanças e diferenças entre suas respostas e o período do varguismo. Por meio desse trabalho, os alunos conhecerão as ações dos sujeitos históricos envolvidos.
2) Demonstre com estatísticas ou com exemplos de movimentos grevistas como os trabalhadores desenvolviam seus embates e formas de resistência.
3) Faça uma exposição sobre o processo de "concessão" dos direitos trabalhistas e de toda a construção da imagem de Getúlio Vargas como "Pai dos Pobres". Trabalhe com as propagandas veiculadas sobre a imagem desse governante e problematize com a turma se alguns políticos usam métodos parecidos na atualidade, usando inclusive o nome de Getúlio como referência.
4) Demonstre aos alunos como o governo agia para controlar o sindicalismo ou qualquer luta política e apresente as maneiras usadas pelo operariado para conquistar seus objetivos.

Atividades

1) Depois de trabalhar com o varguismo em sala de aula, peça que os alunos tragam pesquisas sobre Perón. Oriente para que a leitura se realize em sala de aula e peça que montem, em grupos, um quadro comparativo com o varguismo, buscando aproximações e diferenças.
2) Depois que os alunos desenvolvam os quadros comparativos, peça que apresentem para o restante da sala. Não deixe de fazer as intervenções necessárias e "amarre" as apresentações com os estudos já desenvolvidos.
3) Faça da sala de aula uma espécie de sessão em que seria votado algum direito exigido pelos trabalhadores brasileiros da época de Getúlio Vargas, como a redução da jornada de trabalho ou a lei de férias. Realize essa sessão demonstrando os artifícios usados pelo patronato brasileiro para controlar, ou melhor, "domesticar" a classe trabalhadora.

Sugestões

A leitura do texto citado abaixo pode auxiliar no tratamento do tema com a turma e tornar a explanação do professor mais atraente e significativa:
WOLF, Joel. "Pai dos Pobres ou mãe dos ricos? Getúlio Vargas, industriários e construções de classe, sexo e populismo em São Paulo, 1930-1954". Revista Brasileira de História, São Paulo: ANPUH/ Marco Zero, n°27, p. 27-60, 1994.
Érica Alves da Silva
é historiadora.

Produção industrial cai em 11 das 14 regiões brasileiras

Indústria


Das áreas que o IBGE avalia em seus estudos, apenas Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina expandiram sua produção entre janeiro e fevereiro

Pilha de minério de ferro na Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais
Indústria de minérios de MG foi uma das que mais pesou negativamente para o estado apresentar recuo da produção industrial entre fevereiro de 2012 e 2013 (Divulgação Vale)
A produção industrial em fevereiro recuou em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na terça-feira, o IBGE informou que o ritmo da produção nacional despencou 2,5% em fevereiro - maior recuo mensal desde dezembro de 2008 quando, no auge da crise financeira internacional, a indústria do país recuou 12,2%. O número praticamente anula o avanço de 2,6% registrado em janeiro ante dezembro. Na comparação com fevereiro do ano passado, a queda é ainda maior, de 3,2%.
Entre as regiões, a queda mais significativa foi em Minas Gerais, de 11,1%, seguido por Bahia (-3,7%), Ceará (-3,2%), Pernambuco (-3,2%) e Pará (-2,5%). Também houve queda no Paraná (-2,2%), Região Nordeste (-2,0%), Espírito Santo (-1,8%), Rio de Janeiro (-1,5%), Amazonas (-1,2%) e São Paulo (-0,5%), de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira.
Apenas Goiás (5,0%), Rio Grande do Sul (2,1%) e Santa Catarina (0,4%) conseguiram aumentar sua produção na indústria, em um momento em que o Brasil sofre com a queda de demanda internacional, diminuição das exportações e consumo interno ainda fraco.


Na comparação com fevereiro de 2012, a produção industrial nacional recuou 3,2% em fevereiro de 2013, com dez dos 14 locais pesquisados apontando queda na produção. As taxas negativas foram vistas no Espírito Santo (-13,4%), Minas Gerais (-9,8%) e Pará (-7,2%).
Nessas localidades, os setores que mais pesaram negativamente foram o de metalurgia básica (lingotes, blocos, tarugos ou placas de aços ao carbono) e alimentos e bebidas (produtos embutidos de carnes de suínos e bombons), no primeiro local; veículos automotores (automóveis), metalurgia básica e indústrias extrativas (minérios de ferro), no segundo; indústrias extrativas (minérios de ferro e minérios de alumínio) e celulose, papel e produtos de papel (celulose), no último.

Apenas Goiás (9,1%), Rio de Janeiro (3,6%), Rio Grande do Sul (2,0%) e Ceará (0,9%) mostraram expansão. Em Pernambuco (-6,0%), Paraná (-5,5%), Região Nordeste (-4,1%), Santa Catarina (-3,3%), Amazonas (-3,2%), Bahia (-2,2%) e São Paulo (-0,8%) também houve queda na produção da indústria.

Filme Cidade Fantasma



O Brasil e a geopolítica do turismo perigoso

Foto em jornais estrangeiros que ilustra a tragédia no Rio/ Reuters
Nos últimos dias, na esteira do estupro de uma turista americana no Rio de Janeiro, a Índia, que tem o seu prontuário de horror no setor, cedeu lugar ao Brasil na imprensa global como capital de assaltos sexuais. Esta coluna, portanto, vai tratar um pouco da geopolítica do turismo perigoso e prestar um serviço de utilidade pública aos brasileiros que viajam para o exterior. O trabalho pesado foi feito pelo site da revista The Atlantic e, turisticamente, eu pego carona.
Eis a questão geopolítica: viajar ou não?
The Atlantic também pegou carona, primeiro em um mapa baseado nos alertas do Ministério das Relações Exteriores do Canadá. Turistas devem ser cuidadosos com o Brasil (há lugares muito piores, basta ver o mapa), colocado na categoria que merece “extrema cautela”, a segunda mais suave, enquanto a Índia é considerada mais perigosa, com a listagem das áreas do país que devem ser evitadas. Vermelho é a cor barra pesada no mapa.
O Departamento de Estado dos EUA também elabora o seu mapa com alertas e os suspeitos habituais. Temos os buracos quentes na África do Norte, Oriente Médio, alguns cafundós da Ásia, como (surpresa?), a Coreia do Norte. Aqui, verde (?) é a cor barra pesada. O Departamento de Estado adverte sobre o México, um destino favorito dos turistas americanos, mas poupa o Brasil.
Uma grande preocupação na cobertura da imprensa internacional é se haverá segurança no Rio e em outras cidades brasileiras em eventos globais (religião e esportes), já a partir de 2013, com a Jornada Mundial da Juventude, em julho, e se estendendo até os Jogos Olímpicos de 2016. O site The Atlantic diz que será interessante ver já em breve se o estupro da turista americana no Rio terá impacto no fluxo de turistas estrangeiros no Brasil.
A cobertura do estupro da estudante indiana, ocorrida em dezembro, foi muito mais intensa na imprensa internacional do que este caso agora no Rio da estudante americana. E o impacto no turismo foi pesado no país com a campanha promocional internacional da “incredible India”. Desde dezembro até o final de março, houve declínio de 25% do número de turistas estrangeiros (35% entre mulheres).
Meu faro diz que no Brasil, em parte , o fluxo de turistas estrangeiros vai depender do tom da cobertura de imprensa, cujo visual ainda é muito bonito, mesmo em histórias terríveis. Na cobertura de sites, jornais, revistas e televisão sempre estão presentes imagens de praias maravilhosas e de garotas de Ipanema ou Copacabana, onde começou a trágica odisseia da turista americana. Até o meu querido Financial Times não resiste. Desbunda para o clichê e ilustra reportagens sobre as reviravoltas da economia brasileira com mulata sambando na avenida.
***
PS- Em função de um comentário do leitor Henrique (dia 5, 9:22), um adendo: o texto no site The Atlantic questiona os critérios do Departamento de Estado para não considerar Brasil mais perigoso do que o seu ranking (ou coloração) no mapa. 
***
Colher de chá para os vários comentários matutinos do Pedro Bouvetiano por estimular o debate e uma para o comentário pontual da Carmem (dia 5,10:03). 

Coreia do Norte propõe retirada de embaixadas da capital

Diplomacia


Motivo seria aumento da tensão na península coreana, segundo diplomata

Tanques sul-coreanos passam por uma ponte temporária perto da fronteira com a Coreia do Norte. Nova presidente da Coreia do Sul prometeu forte resposta militar a qualquer provocação da Coreia do Norte depois que Pyongyang anunciou que os dois países estavam agora em estado de guerra
Tanques sul-coreanos passam por uma ponte temporária perto da fronteira com a Coreia do Norte. Nova presidente da Coreia do Sul prometeu forte resposta militar a qualquer provocação da Coreia do Norte depois que Pyongyang anunciou que os dois países estavam agora em estado de guerra - Kim Jae-Hwan/AFP
A Coreia do Norte disse a embaixadas estrangeiras para considerarem a possibilidade de retirada de pessoal caso as tensões aumentem, informou nesta sexta-feira a agência de notícias oficial da China, Xinhua, citando fontes diplomáticas. A Rússia já havia informado que Pyongyang pediu a retirada dos funcionários de sua embaixada na capital em função do aumento da tensão na península coreana.
"Em 5 de abril, um representante da chancelaria da Coreia do Norte propôs que a Rússia estude a evacuação dos funcionários de sua embaixada diante do agravamento da situação na península coreana", disse o diplomata Denis Samsonov. Ele acrescentou que Moscou atualmente estuda que decisão adotará.


Samsonov ressaltou que a situação na capital norte-coreana é de normalidade. "Não está ocorrendo nada de extraordinário. A não ser por hoje ser feriado. A embaixada trabalha de forma habitual", disse. As embaixadas da Rússia, China e Cuba estão entre as poucas credenciadas a funcionar na Coreia do Norte.
Crítica - A Rússia, que compartilha apenas 20 quilômetros de fronteira com a Coreia do Norte, considera inadmissível a decisão de Pyongyang de buscar meios para legitimar seu status de país nuclear. "Intenções como essa complicam gravemente, se não chegam a fechar, as perspectivas de reatamento das conversas de seis lados para a solução do problema nuclear na península de Coreia", disse na quinta-feira o porta-voz da chancelaria russa, Aleksandr Lukashevich. A China, considerada a principal aliada do regime comunista norte-coreano, pediu cautela às duas partes.


Em 26 de março, a Coreia do Norte anunciou que havia colocado seus mísseis e unidades de artilharia "em posição de combate", com mira na Coreia do Sul, no território continental dos Estados Unidos e nas bases militares americanas no Pacífico. Em seguida, em 30 de março, Pyongyang declarou estado de guerra contra a Coreia do Sul.
Nesta sexta-feira, a Coreia do Sul deslocou dois navios de guerra com capacidade para interceptar mísseis balísticos para sua costa, depois de detectar indícios de que a Coreia do Norte pode estar preparando um ataque nos próximos dias. Citando um alto oficial militar, a agência Yonhap aponta que, após um mês de ameaças, a Coreia do Norte transferiu de trem, no início desta semana, dois mísseis Musudan e os colocou em plataformas de lançamento móveis na costa leste, no que seria um dos últimos preparativos antes de um lançamento surpresa.
(Com agência EFE)

Crédito aquecido: cresce o número de brasileiros com prestações a pagar | Agência Brasil

Atualizado: 04/04/2013 17:34 | Por Agência Brasil, Agência Brasil





Alana Gandra
Niks Produção
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) apontou que houve um aumento de mais de 3 pontos percentuais no número de pessoas que pagavam algum tipo de prestação, de fevereiro de 2012 para fevereiro deste ano. A conclusão consta de pesquisa feita com mil pessoas, em 70 cidades brasileiras de nove regiões metropolitanas. No ano passado, 44% das pessoas que responderam à pesquisa estavam endividadas. Em fevereiro passado, o percentual subiu para 47,4%.
O economista da Fecomércio-RJ, Christian Travassos, explicou que o resultado mostra o percentual de endividados já que qualquer pessoa que toma um empréstimo, efetivamente, tem uma dívida. 'Endividado não quer dizer inadimplente. Endividado é a pessoa que tem uma dívida, que tomou um financiamento'.
Segundo ele, o aumento tem a ver com o mercado de trabalho, que continua gerando vagas, e com as medidas do governo para manter a economia aquecida, tais como a desoneração de produtos como automóveis, móveis, eletrodomésticos da chamada linha branca (fogão, tanquinho, geladeira e máquina de lavar roupa) e material de construção civil. 'É uma estratégia [do governo]. E o mercado de trabalho, apesar de ter desacelerado, permaneceu gerando acima de 1 milhão de vagas, com carteira assinada, que também é um componente importante para a tomada de crédito'.
Além disso, o economista lembra que houve melhora do orçamento das famílias e também dos níveis de inadimplência. 'Os ganhos extras de renda, permitidos pela carteira assinada, ajudam o consumidor a quitar dívidas.'
A pesquisa também revelou que a inadimplência nos parcelamentos caiu 5,8 pontos percentuais, passando de 15,9% em fevereiro de 2012 para 10,1% em fevereiro deste ano. Esse é o menor patamar de inadimplência em prestações para o mês de fevereiro desde 2010. 'É sinal que o brasileiro aproveitou esse período de incentivos fiscais, de redução dos juros e de manutenção do aquecimento do mercado de trabalho para honrar dívidas e tomar financiamentos'.
Os produtos mais parcelados em fevereiro passado foram artigos de vestuário (30,4%), eletrodomésticos (26,6%), móveis (17,4%), artigos eletrônicos (16,8%) e veículos (12,3%).
Edição: Lana Cristina
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Atualizado: 04/04/2013 17:59 | Por Agência Brasil, Agência Brasil

Famílias aceitam sair de terreno da União ao lado do Jardim Botânico do Rio | Agência Brasil

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As quatro famílias que ocupavam imóveis em terreno de propriedade da União, ao lado do Jardim Botânico do Rio, aceitaram hoje deixar o local em cumprimento da determinação judicial de reintegração de posse. A primeira tentativa dos oficiais de Justiça ocorreu ontem (3), mas a decisão dos moradores de acatar a medida só foi tomada no meio da tarde de hoje (4), após um dia de protestos de dezenas de famílias que também temem perder os seus imóveis.
No começo da manhã, uma barricada com troncos de árvores, pedaços de ferro, galhos e arame farpado chegou a ser montada, quando o clima ficou tenso, diante da chegada de policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar e de agentes da Polícia Federal.
Depois de seis horas de negociações, que envolveram oficiais de Justiça, policiais militares, advogados e representantes dos moradores e da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), as famílias aceitaram ir provisoriamente para uma casa no bairro da Tijuca e dois apartamentos no centro.
O acordo foi intermediado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Para o integrante da Comissão dos Direitos Humanos da Alerj Tomaz Ramos, a retirada dos moradores ocorreu por pressão judicial. 'A outra opção seria colocar os móveis dos moradores dentro de um contêiner', disse Ramos.
Residem na área em conflito 622 famílias, algumas há várias décadas. Muitas delas de funcionários do Jardim Botânico. Um processo de regularização fundiária está em curso e deverá ser apresentado até março de 2014, quando a área total do Jardim Botânico será delimitada, o que possibilitará a realocação de parte dos moradores situados dentro do perímetro do jardim.
Edição: Aécio Amado
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