quarta-feira, 10 de abril de 2013

Bolsa de Hong Kong: Hang Seng sobe 0,82% na abertura

Atualizado: 10/04/2013 20:36 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia





Pequim, 11 abr (EFE).- O índice principal da Bolsa de Valores de Hong Kong, o Hang Seng, iniciou o pregão desta quinta-feira com alta de 0,82%, aos 22.214,73 pontos. EFE
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São Paulo amplia programa de economia de água nas escolas

Atualizado: 10/04/2013 10:07 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia




São Paulo, 10 abr (EFE).- O Governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira a ampliação de seu programa de aplicações tecnológicas e uso racional de água a 240 escolas da área metropolitana da capital.
'O objetivo é promover mudanças culturais e tecnológicas visando a redução de consumo e utilização racional de água', segundo um comunicado do Executivo do estado.
A secretaria de Educação do governo investirá R$ 15,5 milhões no programa, que será executado de julho deste ano até dezembro de 2015.
O projeto implica em medidas como a manutenção e substituição de equipamentos hidráulicas e instalação de aparatos de telemedição.
A iniciativa, que foi iniciada em 2008, já beneficiou mais de 350 mil alunos de 345 escolas de São Paulo e sua área metropolitana e contou com uma economia de 610 mil metros cúbicos de água por ano.
'Iniciativas como esta são importantes para formar cidadãos conscientes da importância da sustentabilidade. Assim, nossos alunos aprendem a preservar o meio ambiente', segundo o secretário de Educação, Herman Voorwald. EFE
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Idosos apresentam 12 vezes mais risco de morrer por dengue | Agência Brasil

Atualizado: 10/04/2013 10:10 | Por Agência Brasil, Agência Brasil





Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Dados divulgados hoje (10) pelo Ministério da Saúde indicam que os idosos apresentam 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que os brasileiros das demais faixas etárias. De acordo com o levantamento, pessoas com mais de 60 anos representam 42% do total de óbitos em decorrência da doença registrado nos primeiros três meses deste ano (132).
Segundo a pasta, a maior vulnerabilidade entre idosos pode estar relacionada à prevalência de doenças crônicas como diabetes e cardiopatias. Por causa desses fatores de vulnerabilidade, o ministério orienta os idosos a procurar uma unidade de saúde assim que surgirem os primeiros sinais da doença.
Os sintomas mais comuns da dengue são febre, dor de cabeça (algumas vezes mais localizada no fundo dos olhos) e nas articulações. Dores abdominais e vômitos persistentes podem ser sinais de agravamento do quadro. A orientação é que, nesses casos, a pessoa busque imediatamente um serviço de saúde.
O ministério destacou ainda que o paciente com suspeita de dengue não deve tomar remédios que tenham em sua composição o ácido acetilsalicílico, como a Aspirina. A recomendação é que a pessoa se hidrate com água, sucos e água de coco.
As recomendações foram reforçadas ontem (9) pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, durante videoconferência com representantes das secretarias estaduais das regiões Nordeste e Sudeste, além do Paraná e Distrito Federal. Também participaram representantes das secretarias municipais de Saúde de Maceió, São Luís, João Pessoa e Sergipe.
Edição: Juliana Andrade
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Mundo islâmico

Sobe para 37 o número de mortos em terremoto no Irã

Tremor aconteceu perto de usina nuclear, mas não afetou segurança da central

Mulher recebe atendimentos médicos após terremoto no Irã
Mulher recebe atendimentos médicos após terremoto no Irã (Mohammad Fatemi / AFP)
O terremoto de magnitude 6,3 que atingiu a província de Busher, no sul do Irã, na terça-feira, já deixou 37 mortos, 850 feridos e mais de 800 casas destruídas no país. Nesta quarta, as equipes de resgate continuavam trabalhando na região afetada em busca de sobreviventes.

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Segundo o governador de Busher, Fereydum Hasanvand, os feridos foram levados para hospitais localizados fora da zona do tremor, como precaução para o caso de réplicas do terremoto.

Cerca de 10.000 pessoas perderam suas casas ou simplesmente fugiram por medo de novos abalos sísmicos e passarão a noite na rua, segundo a agência iraniana Ilna. Dúzias de réplicas, algumas delas com mais de 5 graus de magnitude, foram sentidas na região.

Usina nuclear - O terremoto aconteceu perto da usina nuclear de Busher, mas, de acordo com a companhia russa que construiu a central, o funcionamento da planta não foi alterado. “O terremoto de forma alguma afetou a situação normal do reator. Funcionários continuam a trabalhar em regime normal e os níveis de radiação estão totalmente dentro da norma”, afirmou um funcionário para a agência de notícias estatal russa RIA.

O Irã é o único país que opera uma central nuclear sem fazer parte da Convenção de Segurança Nuclear, negociada depois do desastre de Chernobyl. A ONU e autoridades ocidentais insistem que o país deve aderir ao documento. Teerã tem rejeitado repetidamente os avisos sobre a planta de Bushehr, construída em uma área de grande atividade sísmica. A central entrou em operação em setembro de 2011, depois de décadas de adiamento.

Histórico - O Irã se encontra em uma zona de grandes falhas terrestres e os terremotos são comuns em todo o país. Em agosto do ano passado, foram registrados tremores consecutivos de 6,2 e 6 graus na escala Richter, que deixaram mais de 300 mortos e 4.500 feridos na província do Azerbaijão Oriental. Em 1990, um terremoto alcançou 7,7 graus e causou a morte de 37.000 pessoas na província noroeste de Gilan, junto ao már Cáspio.

(Com agência EFE)

Papa fala espanhol pela 1ª vez em audiência pública

Religião


Francisco havia frustrado fiéis latinos ao só falar publicamente em italiano

Papa Francisco é saudado por multidão na Praça de São Pedro antes de sua primeira audiência pública
Papa Francisco é saudado por multidão na Praça de São Pedro antes de sua primeira audiência pública - Gabriel Bouys/AFP
Pela primeira vez em uma audiência pública das quartas-feiras, o papa Francisco falou hoje em espanhol, idioma que usou junto do italiano para saudar o público de cerca de 40.000 pessoas presentes na praça São Pedro para o tradicional encontro semanal com os fiéis.
Desde sua eleição em 13 de março, o pontífice argentino Jorge Mario Bergoglio só havia falado em italiano, com a exceção do dia em que cumprimentou jornalistas de todo o mundo que cobriram o conclave com uma frase em espanhol.


Nas duas audiências públicas realizadas até agora (a desta quarta é a terceira), Francisco só usou o italiano, inclusive quando cumprimentou os fiéis espanhóis e latino-americanos e resumiu a catequese, o que desiludiu muitos dos presentes, que queriam escutar em espanhol o primeiro papa latino-americano da história.
O papa emérito Bento XVI costumava saudar os fiéis e fazer um resumo da catequese em vários idiomas, inclusive em árabe. "Saúdo cordialmente os peregrinos de língua espanhola, provenientes da Espanha, Argentina, México e dos demais países latino-americanos", disse ao final da audiência o papa, que chegou a fazer uma referência ao seu clube de coração, o San Lorenzo.
(Com agência EFE)
Atualizado: 09/04/2013 21:49 | Por MARIÂNGELA GALLUCCI, estadao.com.br

TSE modifica número de deputados federais de 13 Estados

Redistribuição se baseou em dados populacionais do IBGE; oito Estados perderão cadeiras na Câmara e cinco ganharão cargos
BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou nesta terça-feira, 9, uma redistribuição nas cadeiras da Câmara dos Deputados que afetou 13 Estados.
A partir da próxima legislatura, em 2014, oito Estados perderão cadeiras na Câmara e cinco ganharão cargos. Os Estados que perderão um deputado são Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Já os Estados da Paraíba e do Piauí perderão duas cadeiras. Ganharão um posto os Estados do Amazonas e Santa Catarina. Ceará e Minas Gerais ganharão duas cadeiras e o Pará, quatro.
A redistribuição será feita com base em dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a população a partir do Censo de 2010.
A medida deverá ser o assunto principal de uma reunião marcada para a manhã de quarta-feira, 10, no TSE. No encontro são esperados presidentes de todos os partidos políticos brasileiros. A polêmica deverá terminar no Supremo Tribunal Federal (STF), que é a Corte responsável por julgar a constitucionalidade das leis do País. Futuramente, a mudança também poderá ocorrer na distribuição das cadeiras nas Assembleias Legislativas.
O TSE tomou a decisão ao julgar um pedido da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. Em maio de 2012, o tribunal realizou uma audiência pública para ouvir deputados e especialistas. Na ocasião, deputados amazonenses afirmaram que o Estado deveria ter mais do que oito parlamentares na Câmara. Eles observaram que o Estado tem uma população maior do que Alagoas e Piauí, que tinham 9 e 10 deputados.
Na sessão desta terça, o ministro Marco Aurélio afirmou que não cabe ao TSE fixar as representações dos Estados para as eleições. A presidente do tribunal, Carmen Lúcia Antunes Rocha, também discordou. Ela disse que a Constituição não faz nenhuma referência à possibilidade de o TSE determinar a redistribuição das cadeiras na Câmara. O ministro Dias Toffoli afirmou que certamente o assunto será levado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ao seguir a maioria, ele observou que os partidos políticos tiveram oportunidade de manifestação, inclusive na audiência pública.
Uma lei de 1993 regulamentou a distribuição das cadeiras. A norma estabeleceu que o número de deputados não pode ultrapassar 513 e que o cálculo deve ser feito com base em dados do IBGE. "Feitos os cálculos da representação dos Estados e do Distrito Federal, o Tribunal Superior Eleitoral fornecerá aos Tribunais Regionais Eleitorais e aos partidos políticos o número de vagas a serem disputadas", estabelece a lei.

Política

Orçamento de Obama terá menos despesas sociais

Impostos para os ricos, porém, devem subir para reduzir déficit público

No discurso do Estado da União, Obama defendeu uma recuperação econômica com incentivos do governo
No discurso do Estado da União, Obama defendeu uma recuperação econômica com incentivos do governo - Charles Dharapak / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentará nesta quarta-feira seu projeto orçamentário para o ano fiscal de 2014, que contempla uma redução dos gastos em programas sociais em uma tentativa de conseguir o apoio dos republicanos e uma alta de impostos para os mais ricos.
A meta do projeto de Obama para o ano fiscal de 2014 - que vai de outubro de 2013 a setembro de 2014 - é conseguir uma redução do déficit público de 1,8 trilhão de dólares na próxima década, segundo a Casa Branca. Outro objetivo é que o déficit para este ano, que de acordo com previsões chegará a 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), se reduza para 4,4% em 2014 e 2,8% em 2016.
O plano de Obama inclui mais de 2 dólares de cortes de despesas por cada dólar que o estado espera arrecadar mediante a redução de benefícios fiscais concedidos aos mais ricos, disse a Casa Branca ao antecipar alguns detalhes do orçamento.
"Queremos demonstrar que é possível reduzir o déficit de uma forma balanceada e continuar investindo na criação de empregos para a classe média", explicou na terça um alto funcionário da Casa Branca. "A questão é se os republicanos têm vontade de trabalhar conosco para a redução do déficit".


O corte de 400 bilhões de dólares no programa de saúde para idosos e aposentados (conhecido como Medicare) tinha como objetivo conseguir um acordo com os republicanos. A oferta de Obama também contempla uma redução de 200 bilhões de dólares em subsídios agrícolas e aposentadoria, assim como cortes de 200 bilhões de dólares em outros setores, como defesa.
Impostos - Por outro lado, Obama espera obter 580 bilhões de dólares em receita por meio de reformas tributárias. A mais importante é a conhecida como "regra Buffett", inspirada no milionário Warren Buffett, segundo a qual os lares com renda de mais de um 1 milhão de dólares ao ano devem arcar com impostos de pelo menos 30%. Além disso, o projeto do presidente pretende limitar os benefícios fiscais das famílias que estão entre os 2% e os 28% mais ricos do país.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse na terça-feira que o plano de Obama colocaria fim aos cortes automáticos de despesas no valor de 1,2 trilhão de dólares em 10 anos que estão entrando em vigor desde março e que foram planejados como medida de pressão para forçar um acordo orçamentário.
A proposta do presidente chega dois meses mais tarde do que é costume e sua meta é conseguir pela primeira vez em quatro anos que o Congresso aprove as contas federais a longo prazo. O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, no entanto, afirmou na semana passada que o orçamento de Obama não convenceu seu partido. Boehner disse que os republicanos não aceitarão mais carga fiscal para os cidadãos e que a "modesta" economia em despesa social oferecida por Obama não é razão para tornar os republicanos "reféns de uma alta de impostos".
Estados Unidos

Lindsay a David Letterman: 'A gente cresce, amadurece'

Gente


Em entrevista a programa de TV, atriz afirmou, ainda, que enxerga tempo em clínica de recuperação como uma benção. 'Não faça piada com isso!'

Lindsay Lohan chega em coquetel da John John em São Paulo
Lindsay Lohan chega em coquetel da John John em São Paulo (Caio Duran e Thiago Duran/AgNews)
Como parte da campanha para divulgar sua participação na série Anger Management, a atriz Lindsay Lohan, que acaba de visitar o Brasil, participou, na noite desta terça-feira, de uma entrevista ao programa de TV americano Late Show, exibido pela CBS e comandado por David Letterman.
Em sua primeira entrevista ao programa, Lindsay tinha apenas sete anos de idade - a última havia sido em 2007. Letterman apreciou a coragem da atriz de retornar, já que ela é constante alvo de piadas no programa. Durante a conversa, ele perguntou a ela sobre as expectativas em relação à "rehab" e por que a garota vive se metendo em encrencas.
“Eu sou um alvo fácil, sempre fui. Sei que me envolvi em problemas no passado, e assumo toda a responsabilidade por isso. Eu era imatura e estava passando por uma fase difícil”, tentou se redimir a atriz. “A gente cresce, amadurece... Já disse isso um milhão de vezes. O que mais eu preciso fazer?”


Rehab - Após um o acordo com a justiça, Lindsay se prepara para se internar em uma clínica de reabilitação - o prazo dado pela promotoria vence no dia 2 de maio. Sobre o assunto, a atriz negou que não tenha interesse em cumprir o combinado. Para ela, será um momento importante em sua vida. “Esta é uma oportunidade para que eu foque em mim. Não acho isso ruim. Acredito que seja uma benção e não uma maldição”, explicou ao apresentador.
No restante do programa, Lindsay foi evasiva, fugindo de questões como beber demais ou pegar dinheiro emprestado do ator Charlie Sheen. “Você deveria perguntar isso a ele”, disse.
“Eu passei por muitas coisas na minha vida e estou realmente olhando para o futuro. Vou tirar um tempo para mim e você não deve fazer piada com isso!” A atriz finalizou brincando com Letterman: avisou que, quando voltar da clínica, pretende trabalhar e até roubar a vaga de apresentador do programa.

São Paulo

Universitário é morto em assalto em frente de casa

Victor Deppman voltava da faculdade quando foi abordado pelo assaltante, que atirou na cabeça da vítima por não ter conseguido levar mochila

O estudante de rádio e tv Victor Deppman foi morto em frente a sua casa na Zona Leste de São Paulo
Uma câmera de segurança gravou as imagens da morte de Victor Deppman e vai ajudar nas investigações (Reprodução)
O universitário Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto na noite desta terça-feira com um tiro na cabeça durante assalto em frente do prédio onde morava no Belém, Zona Leste de São Paulo. Uma câmera de segurança registrou o crime e as imagens serão utilizadas na investigação pela Polícia Civil.
O jovem, que cursava Rádio e TV na Faculdade Cásper Líbero e estagiava em uma emissora de televisão, estava voltando para casa a pé quando foi abordado pelo assaltante na entrada do prédio na Rua Herval, esquina com a Rua Fernandes Vieira, por volta das 21h. Ele entregou o celular e o assaltante, que não teria conseguido levar a mochila do estudante, atirou e fugiu.
O 31º Distrito Policial (Vila Carrão), onde o caso foi registrado, recolheu as imagens da câmera de segurança e ouviu três testemunhas. O suspeito tem cerca de 1,75m, é pardo e tem cabelo preto e curto, segundo informação da polícia.
As imagens do momento do crime não serão divulgadas a pedido da família. A investigação terá prosseguimento no 81º Distrito Policial (Belém).

(Com Estadão Conteúdo)

Filme Super carros antigos


FISICA QUANTICA


Mecânica quântica

A mecânica quântica é a teoria física que obtém sucesso no estudo dos sistemas físicos cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partículas subatômicas, muito embora também possa descrever fenômenos macroscópicos em diversos casos. A Mecânica Quântica é um ramo fundamental da física com vasta aplicação. A teoria quântica fornece descrições precisas para muitos fenômenos previamente inexplicados tais como a radiação de corpo negro e as órbitas estáveis do elétron. Apesar de na maioria dos casos a Mecânica Quântica ser relevante para descrever sistemas microscópicos, os seus efeitos específicos não são somente perceptíveis em tal escala. Por exemplo, a explicação de fenômenos macroscópicos como a super fluidez e a supercondutividade só é possível se considerarmos que o comportamento microscópico da matéria é quântico. A quantidade característica da teoria, que determina quando ela é necessária para a descrição de um fenômeno, é a chamada constante de Planck, que tem dimensão de momento angular ou, equivalentemente, de ação.
A mecânica quântica recebe esse nome por prever um fenômeno bastante conhecido dos físicos: a quantização. No caso dos estados ligados (por exemplo, um elétron orbitando em torno de um núcleo positivo) a Mecânica Quântica prevê que a energia (do elétron) deve ser quantizada. Este fenômeno é completamente alheio ao que prevê a teoria clássica.

 MATERIAS

EXERCÍCIOS



Pergunta 1
  • 3.1 Quais das seguintes substâncias, Ta(4,2), W (4,5), Ba (2,5), Li (2,3) (função trabalho, em eV, entre parênteses), podem ser usadas para confeccionar uma fotocélula para ser usada com luz visível? Os valores aproximados dos comprimentos de onda (em nm) no visível são apresentados na tabela abaixo
    Violeta Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho
    425 475 525 575 625 675
    Solução: Apenas Ba e Li

Pergunta 2
  • 3.2 Determine a energia cinética máxima dos fotoelétrons se a função trabalho do material é de 2,3 eV e a freqüência da radiação é de 3,0x1015 Hz. Resposta: 10,12 eV

Pergunta 3
  • 3.3 A função trabalho do tungstênio é 4,5 eV. Calcule a velocidade do mais rápido fotoelétron emitido para fótons incidentes de 5,8 eV. Resposta: 6,76x105 m/s

Pergunta 4
  • 3.4 Na tabela abaixo são apresentados os resultados obtidos por Millikan para o efeito fotoelétrico no lítio.
    Comprimento de onda, l (nm) 433,9 404,7 365,0 312,5 253,5
    Potencial de corte, V (volt) 0,55 0,73 1,09 1,67 2,57
    Use a equação de Einstein (eV=hf-f) para estimar: (a) o valor da constante de Planck, h; (b) a função trabalho do lítio.
    Resposta: A solução correta seria plotar V versus f e através de uma regressão linear determinar o coeficiente angular da reta e o ponto onde a reta intercepta o eixo dos V's. No entanto, uma solução aproximada, e bem mais simples para se estimar a constante de Planck, pode ser feita supondo que o material tem uma função trabalho constante. A escreva a eq. de Einstein para cada par de V e f (mostre que se l é dado em angstron, então f=(3x1018)/l Hz).
    Mostre que o valor médio de h é 4,07x10-15 eV/s
    O valor médio da função trabalho será 2,26 eV

Pergunta 5

O Prêmio Nobel de Einstein


O ano de 1905 é considerado o "annus mirabili" da vida científica de Albert Einstein. Ao longo daquele ano ele publicou cinco artigos, três dos quais revolucionaram a física. Entre estes encontra-se sua abordagem ao problema do efeito fotoelétrico.
Einstein tem contribuições importantes em quase todas as áreas da física, mas, sem qualquer dúvida, suas contribuições mais impactantes foram aquelas relacionadas com a teoria da relatividade restrita e com a teoria da relatividade geral. No entanto, ao escolher o Prêmio Nobel de 1921, o Comitê Nobel para Física da Academia Real de Ciências da Suécia deu mais importância ao trabalho sobre o efeito fotoelétrico. Literalmente, o prêmio foi concedido a Albert Einstein com a seguinte justificativa: "for his services to Theoretical Physics, and especially for his discovery of the law of the photoelectric effect". Isto é, pelas suas contribuições à Física Teórica, mas especialmente pela sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico.
No seu discurso de apresentação, o Coordenador do Comitê, Svante Arrhenius, fez apenas uma pequena referência à teoria da relatividade, enfatizando que a principal discussão em torno do assunto restringia-se à área epistemológica e filosófica. Mencionou também que implicações astrofísicas estavam sob rigorosos exames. É importante chamar a atenção que já em 1919, o eclipse solar observado em Sobral (Ce) e em outras partes do mundo, comprovava os principais resultados da teoria da relatividade geral. O restante do discurso foi obviamente quase que dedicado ao efeito fotoelétrico.
Einstein não pôde comparecer à cerimônia porque estava no Japão. Portanto, a tradicional Conferência Nobel não foi ministrada na ocasião da entrega do Prêmio. Em 1923 ele apresentou uma conferência na "Assembléia Nórdica de Naturalistas", em Gotemburgo, intitulada "Idéias fundamentais e problemas da teoria da relatividade". É esta conferência que consta nos arquivos da Academia. No entanto, há uma nota de rodapé esclarecendo que a conferência não foi apresentada na ocasião da entrega do Prêmio Nobel, e portanto, não se referia à descoberta do efeito fotoelétrico.

A Equação de Einstein


A partir dos resultados discutidos na primeira seção, principalmente daqueles obtidos por Lenard, Einstein desenvolveu, em 1905, uma teoria muito simples e revolucionária para explicar o efeito fotoelétrico. Simplesmente, ao invés de considerar a luz como uma onda, ele propôs que ela seja composta de corpúsculos, denominados fótons. Cada fóton, ou quantum de luz, transporta uma energia dada por hn, onde h é a constante de Planck, e n é a freqüência da luz. A proposta de Einstein recupera uma idéia que foi defendida por Newton, e abandonada depois do experimento de Young (este experimento será tratado no cap. 5).
De acordo com esta proposta, um quantum de luz transfere toda a sua energia (hf) a um único elétron, independentemente da existência de outros quanta de luz. Tendo em conta que um elétron ejetado do interior do corpo perde energia até atingir a superfície, Einstein propôs a seguinte equação, que relaciona a energia do elétron ejetado (E) na superfície, à freqüência da luz incidente (n) e à função trabalho do metal (f), que é a energia necessária para escapar do material. Isto é,
E = hn - f
A equação acima vale para todos os elétrons ejetados. Como elétrons são ejetados de diferentes profundidades do material, tem-se uma distribuição de energia. Einstein sugeriu que se usa-se apenas os elétrons mais energéticos, isto é, aqueles que saíssem da parte mais superficial. Assim, a equação de Einstein transforma-se em
Emax = hn - f
Conhecendo-se Emax e a frequência da luz incidente, é possível determinar h e f. Para entender como se determina a energia cinética máxima dos elétrons, veja a ilustração do arranjo experimental, extraída de http://www.phys.virginia.edu/.

Se o potencial negativo da placa coletora for nulo, todos os elétrons que saem da placa emissora chegam na coletora. Este é o caso em que temos a maior distribuição de fóton-elétrons. Se aumentarmos este potencial retardador, a corrente diminui. Quando a corrente for zero, tem-se um potencial (também conhecido como potencial de corte) capaz de repelir os elétrons mais energéticos. Então eV é uma estimativa de Emax.
Agora podemos escrever a equação de Einstein na forma adequada para a verificação experimental:
eV = hn - f
A equação acima pode ser escrita de uma forma ainda mais apropriada:
V = hn - f
Neste caso, V é dado em volts, h em ev.s, n em Hz e f em eV.
A partir da sua equação, Einstein fez a seguinte proposta para ser verificada experimentalmente: variando-se a freqüência, n, da luz incidente e plotando-se V versus n, obtêm-se uma reta, cujo coeficiente angular deve ser h/e. Este foi o primeiro experimento que demonstrou a universalidade da constante de Planck. Isto é, h é uma constante independente do material irradiado. Vejamos uma simulação dessa experiência proposta por Albert Einstein.
Nesta "experiência", uma lâmpada de mercúrio é usada para produzir a luz incidente. Esta lâmpada é vista na parte superior esquerda da figura. Cinco linhas espectrais são filtradas, para produzir feixes monocromáticos: amarelo, verde, violeta e dois feixes de ultravioleta. Cada linha é caracterizada pela sua freqüência.
O catodo (placa emissora) é indicado pela letra "C", enquanto o anodo (placa coletora) é indicado pela letra "A". A corrente fotoelétrica é medida no amperímetro (equipamento com tarja vermelha), enquanto o potencial retardador é indicado no voltímetro (tarja azul).
O painel à direita permite que se escolha o material do catodo (césio, potássio ou sódio) e a luz incidente. Além disso, é possível variar o potencial retardador. O resultado da "medida" é plotado no gráfico do potencial versus freqüência, à esquerda do circuito.
Para cada catodo, há um conjunto de pontos no gráfico Vxf. Estes pontos são ajustados por uma reta, cujo coeficiente angular fornece o valor da constante de Planck, e a interseção da reta com o eixo vertical fornece o valor da função trabalho.
O primeiro pesquisador experimental a apresentar resultados realmente importantes para comprovar a equação de Einstein foi Arthur Llewellyn Hughes, que demonstrou, em 1912, que a inclinação da função E (n) variava entre 4,9x10-27 e 5,7x10-27 erg.s, dependendo da natureza do material irradiado.
Em 1916, Millikan publicou um extenso trabalho sobre seus resultados obtidos na Universidade de Chicago. Ele comprovou que a equação de Einstein se ajusta muito bem aos experimentos, sendo h = 6,57x10-27 erg.s. Em 1949, Millikan confessou ter dedicado mais de dez anos de trabalho testando a equação de Einstein, com absoluto ceticismo em relação à sua validade. Todavia, contrariando todas as suas expectativas os resultados experimentais confirmaram a teoria de Einstein sem qualquer ambiguidade. Este comentário reflete muito bem a postura da comunidade científica da época diante da proposta de Einstein. Entre 1905 e 1923, poucos foram os que levaram a sério sua teoria, entre os quais podemos destacar Planck.

A descoberta do Efeito Fotoelétrico

Efeito Fotoelétrico

A descoberta do Efeito Fotoelétrico

Como toda descoberta, esta também se deu por acaso quando Heinrich Hertz, em 1887, investigava a natureza eletromagnética da luz. Estudando a produção de descargas elétricas entre duas superfícies de metal em potenciais diferentes, ele observou que uma faísca proveniente de uma superfície gerava uma faísca secundária na outra. Como esta era difícil de ser visualizada, Hertz construiu uma proteção sobre o sistema para evitar a dispersão da luz. No entanto, isto causou uma diminuição da faísca secundária. Na seqüência dos seus experimentos ele constatou que o fenômeno não era de natureza eletrostática, pois não havia diferença se a proteção era feita de material condutor ou isolante. Após uma série de experimentos, Hertz, confirmou o seu palpite de que a luz poderia gerar faíscas. Também chegou à conclusão que o fenômeno deveria ser devido apenas à luz ultravioleta.
Em 1888, estimulado pelo trabalho de Hertz, Wilhelm Hallwachs mostrou que corpos metálicos irradiados com luz ultravioleta adquiriam carga positiva. Para explicar o fenômeno, Lenard e Wolf publicaram um artigo na Annalen der Physik, sugerindo que a luz ultravioleta faria com que partículas do metal deixassem a superfície do mesmo.
Dois anos após a descoberta de Hertz, Thomson postulou que o efeito fotoelétrico consistia na emissão de elétrons. Para prová-lo, demonstrou experimentalmente que o valor de e/m das partículas emitidas no efeito fotoelétrico era o mesmo que para os elétrons associados aos raios catódicos. Também concluiu que esta carga é da mesma ordem que a carga adquirida pelo átomo de hidrogênio na eletrólise de soluções. O valor de e encontrado por ele (6,8 x 10-10 esu) encontra-se muito perto do aceito atualmente ( 4,77 x 10-10 esu ou 1,60x10-19 C). Uma ilustração do arranjo experimental é apresentada na figura abaixo.
photoelectric effect, http://www.phys.virginia.edu/
O feixe de luz arranca elétrons da placa metálica. Estes elétrons formam uma corrente, que pode ser detectada por um amperímetro. A corrente diminui se colocarmos uma baterial com o terminal negativo ligado na placa coletora. Mais adiante veremos como Einstein usou este fato para escrever uma equação e ganhar o Prêmio Nobel!
Em 1903, Lenard provou que a energia dos elétrons emitidos não apresentava a menor dependência da intensidade da luz. Em 1904, Schweidler mostrou que a energia do elétron era proporcional à freqüência da luz.

Efeito Fotoelétrico A teoria de Planck

Efeito Fotoelétrico

A teoria de Planck

Os resultados apresentados na seção anterior contradiziam a teoria clássica do eletromagnetismo, e desafiaram a inteligência humana durante 18 anos. Em 1905, Einstein usou uma proposta apresentada por Planck em 1900, e conseguiu explicar o efeito fotoelétrico. O trabalho de Planck referia-se à radiação de corpo negro, e sua proposta deu início ao que hoje conhecemos como teoria quântica. Não temos tempo para tratar este assunto detalhadamente, mas é interessante, pelo menos, discutirmos os fundamentos dessa proposta de Planck.
Um fato importante dessa história ocorreu por volta de 1800, quando o astrônomo inglês Sir William Herschel estava observando a decomposição da luz branca ao atravessar um prisma.
Herschel conseguiu medir a temperatura correspondente a cada cor do espectro, e descobriu que o efeito térmico aumentava à medida que o termômetro se aproximava da vermelho. Mais importante ainda, ele observou que a efeito continuava a aumentar mesmo depois do vermelho, na parte escura do espectro. Hoje sabemos que essa é a região do infravermelho, e que todos os corpos irradiam no infravermelho.
Esses estudos continuaram e desembocaram naquilo que na segunda metade do século XIX passou a ser conhecida como radiação de corpo negro. Essencialmente, é o seguinte: qualquer corpo em determinada temperatura, irradia energia, que depende dessa temperatura. E como Herschel já havia descoberto, cada temperatura está associada a uma freqüência, isto é, a uma determinada cor. Veja a figura abaixo, que representa a distribuição espectral da radiação de um corpo negro a uma temperatura da ordem de 9.000 K.
A parte colorida corresponde ao espectro visível. No final do século XIX, várias tentativas foram feitas para explicar essa curva. Todas essas tentativas baseavam-se nas teorias clássicas da termodinâmica. Stefan e Boltzmann mostraram que a emissão de energia cresce com a temperatura. Isto é,
I a T4.
Atualmente este resultado é conhecido como lei de Stefan-Boltzmann. Wien mostrou que o máximo da curva espectral desloca-se com a temperatura, conforme ilustra a figura abaixo.
Quando a temperatura cresce, o máximo desloca-se no sentido de números de onda maiores, isto é, no sentido de menores comprimentos de onda.
Rayleigh e Jeans partiram da idéia de que a energia irradiada vem da oscilação do campo eletromagnético, e mostraram que
I a Tl-4
A lei de Rayleigh-Jeans, ajustava a curva na faixa dos altos comprimentos de onda, mas divergia na faixa de baixos comprimentos. Ela passou a ser conhecida como a catástrofe do ultravioleta. A figura abaixo ilustra esta situação.
Em 1900, Max Planck fez uma proposta que ele considerou desesperadora, mas que revelou-se revolucionária. Ele mostrou que a lei de Rayleigh-Jeans não ajustava a curva espectral em toda a faixa de comprimentos de onda, porque Rayleigh e Jeans admitiam que os osciladores irradiavam qualquer quantidade de energia. Planck impôs uma restrição, isto é, os osciladores só podiam emitir energia em determinadas quantidades. Mais precisamente, em quantidades inteiras de hf, onde h passou a ser chamada de constante de Planck, e f é a freqüência da radiação emitida. Esta suposição é hoje conhecida como quantização da energia. Em notação moderna,
E=nhf.
A partir dessa idéia, ele obteve uma expressão que ajustou completamente a curva espectral da radiação de corpo negro.

Átomo de Rutherford


O físico neozelandês Ernest Rutherford (1871 - 1937) realizou em 1911 um conjunto de experiências e chegou à conclusão que o átomo é constituído por um núcleo positivo pequeno envolto por uma região mais extensa, na qual está dispersa a carga negativa.

A experiência mais relevante se baseou na radioatividade: consistia em lançar contra uma finíssima lâmina de ouro, um feixe de partículas de carga positiva emitidas por uma fonte radioativa. Certos elementos são radioativos e emitem radiação de alta energia em forma de partículas alfa, partículas beta e raios gama.

Rutherford lançou um fluxo de partículas alfa emitidas pelo elemento radioativo Polônio (Po) em finas lâminas de ouro, e observou que as partículas alfa atravessavam a lâmina em linha reta, mas algumas se desviavam e se espalhavam. Daí você pode se perguntar: Por que somente algumas partículas se desviam enquanto as outras atravessam a lâmina em linha reta?

Essas partículas têm massa quase dez mil vezes maior do que a dos elétrons, e sua velocidade é da ordem de um décimo da velocidade da luz. Quase todas as partículas alfa conseguem atravessar a lâmina, como se ela fosse transparente, sendo interceptadas mais a frente por uma placa fluorescente. A chegada de cada partícula alfa à placa provoca um pequeno lampejo de luz.

Através dessas observações, Rutherford criou seu próprio modelo atômico que acabou substituindo o modelo de Thompson.

Conceito do modelo atômico de Rutherford:

Um átomo é composto por um pequeno núcleo carregado positivamente e rodeado por uma grande eletrosfera, que é uma região envolta do núcleo que contém elétrons. No núcleo está concentrada a carga positiva e a maior parte da massa do átomo.


Por líria alves de souza

O átomo de Thomson





O átomo é a menor porção em que pode ser dividido um elemento químico, até fins do século XIX, era considerado a menor porção da matéria. Mas nas duas últimas décadas daquele século, as descobertas do próton e do elétron revelaram o equívoco dessa idéia.

Através de experimentos científicos com descargas elétricas de gases e com a radioatividade, o físico inglês Joseph John Thomson em 1903 modificou o modelo atômico de Dalton. Ele acreditava que a matéria era formada por cargas elétricas positivas e negativas distribuídas, ao acaso, na esfera. A quantidade de cargas positivas e negativas seriam iguais e dessa forma o átomo seria eletricamente neutro.

As experiências realizadas no século XIX, juntamente com o átomo de Thomson, possibilitaram a descoberta do próton e do elétron. O modelo atômico de Thomson consiste em uma esfera carregada positivamente e que elétrons de carga negativa ficam incrustados nessa. Este modelo de átomo, muitas vezes é chamado de modelo de "pudim de ameixas".

Segundo Thomson, os elétrons deveriam ser distribuídos uniformemente nos átomos em decorrência da repulsão eletrostática entre eles (cargas de sinais iguais se repelem), mas poderiam oscilar em torno de suas posições de equilíbrio emitindo radiação eletromagnética (segundo o Eletromagnetismo, elétrons oscilando emitem radiação).
Mais tarde, com novos experimentos, Thomson postulou que os elétrons estavam situados em anéis e esses se movimentam em órbitas ao redor da esfera positiva.

Embora esse aspecto do modelo de emissão de radiação fosse qualitativamente consistente com as observações, não apresentava concordância quantitativa com o que era medido experimentalmente, indicando que esse modelo deveria ser abandonado.
Por líria alves de souza

Estudo do átomo de Bohr

O modelo de átomo proposto por Bohr também ficou conhecido como “planetário”, por lembrar a órbita dos planetas ao redor do sol. Segundo Bohr, os elétrons giram em torno do núcleo, mas cada um ocupa um nível de energia diferente, veja na imagem a seguir:


Os níveis de energia estão representados pelas letras K, L, M, e é válido lembrar que estes níveis possuem diferentes energias. O nível pode ser considerado como o estado fundamental do átomo, sendo que este átomo pode ser promovido a níveis mais altos, quanto mais energizado ele estiver.

O nível mais externo é o M, segundo a imagem acima. Portanto, ele é o que possui maior energia, e os elétrons nele localizados se encontram num estado de excitação.

Quando um elétron fica excitado (propenso à reação) ele fica menos estável. Mas este mesmo elétron pode retornar ao seu estado inicial, bastando para isso, que ele perca parte da energia que adquiriu.

O modelo atômico de Bohr é ainda usado em livros didáticos, mas o modelo da mecânica quântica (mais completo e moderno) é o que melhor explica átomos mais complexos.

Modelo atômico da mecânica quântica

O modelo de átomo dado pela mecânica quântica é o mais moderno e complexo, ele baseia-se na forma matemática da estrutura atômica.

A teoria quântica afirma que a matéria tem propriedades associadas com ondas, razão pela qual o modelo de átomo foi baseado nesta teoria. O chamado “Princípio da Incerteza” determina que o elétron não possua posição exata na eletrosfera, nem velocidade e direção definidas. Daí o porquê de o átomo de Bohr, com elétrons girando em órbitas circulares, ser ultrapassado pelo modelo quântico.



Os orbitais são os possíveis espaços ocupados pelos elétrons, ou seja, há grande probabilidade de encontrá-los nas nuvens eletrônicas representadas em vermelho na imagem acima.

Os números quânticos são usados para demonstrar a posição dos elétrons nos orbitais, são eles:

n: número quântico principal
ℓ: número quântico de momento angular
m1: número quântico magnético
ms: número quântico spin

Mato Grosso

PRF acha R$ 1 milhão em carro de homem ligado a deputado

Foram encontrados cheques em nome da Assembleia Legislativa e documentos assinados pelo presidente da Casa, José Geraldo Riva (PSD)

O deputado e presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, José Geraldo Riva (PSD)
José Geraldo Riva responde a 102 ações penais e de improbidade administrativa (Divulgação)
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam numa ação de rotina na BR-262, em Araxá , Minas Gerais, um homem que transportava três cheques de 58 000 reais cada e cédulas em reais (790 000 reais) e euros (50 000 reais) com suspeita de origem ilícita. Ele teria ligações, segundo a polícia, com o deputado José Geraldo Riva (PSD), presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
O homem, que não teve o nome divulgado a pedido do Ministério Público, trafegava pela rodovia quando foi parado num posto da Polícia Rodoviária. O dinheiro estava numa bolsa no porta-malas do carro. Os cheques em nome da Assembleia Legislativa foram encontrados num compartimento oculto. Os agentes também recolheram documentos assinados por Riva. A PRF informou que a possível ligação do preso com o parlamentar foi constatada numa pesquisa interna. Procurado nesta terça-feira, o deputado não respondeu às ligações.
Não é a primeira vez que o nome de Riva é citado em operações do Ministério Público e das polícias. O MP-MT o acusa de desviar recursos dos cofres da Assembleia por meio de empresas fantasmas. O deputado responde a 102 ações penais e de improbidade administrativa. Embora seja citado em uma centena de processos, ele mantém influência na política de Mato Grosso. Atualmente, preside o diretório estadual do PSD.
(Com Estadão Conteúdo)

Diagrama de Pauling                          NIKS'




Por Luiz Ricardo dos Santos
Linus Carl Pauling
O diagrama de Pauling nada mais é do que um método de distribuir os elétrons na eletrosfera do átomo e dos íons. Este método foi desenvolvido pelo químico norte-americano Linus Pauling (1901-1994), com base nos cálculos da mecânica quântica, em virtude de este ter passado um tempo junto com seus fundadores: Borh, Shcrödinger e Heisenberg. Pauling provou experimentalmente que os elétrons são dispostos nos átomos em ordem crescente de energia, visto que todas as vezes que o elétron recebe energia ele salta para uma camada mais externa a qual ele se encontra, e no momento da volta para sua camada de origem ele emite luz, em virtude da energia absorvida anteriormente. Baseado na proposição de Niels Borh de que os elétrons giram ao redor do núcleo, como a órbita dos planetas ao redor do sol.
Uma lâmpada fluorescente, por exemplo, ela contém uma substância química em seu interior, obviamente formada por átomos, os elétrons presentes na eletrosfera destes átomos, ao receber a energia elétrica são excitados, e começam a saltar para outras camadas e ao retornarem emitem a luz.



Diagrama de Pauling
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d106p6 7s2 5f146d10 7p6 ...
Ordem crescente de energia

Número Quântico Principal (n): também conhecido como nível energético são representados pelos números inteiros correspondentes a:
  • K= 1 s
  • L=  2 s p
  • M= 3 s p d
  • N= 4 s p d f
  • O= 5 s p d f g
  • P= 6 s p d f g h
  • Q= 7 s p d f g h i...


Número Quântico Azimutal(l): é comumente conhecido como subnível energético e representado pelas (“s, p, d, f,”...), respectivamente, “s(Sharp), p(Principal), d(difuse) e f(fundamental)”.  Os subníveis energéticos são formados por orbitais, que comportam 2 elétrons com spins opostos segundo o Princípio da exclusão de Pauli.

  • s²= 1 orbital e 2 spins
  • p6= 3 orbitais e 6 spins
  • d10= 5 orbitais e 10 spins
  • f14= 7 orbitais e 14 spins


Número Quântico Magnético(m): o número quântico magnético é útil para identificação dos orbitais. Onde o orbital da direita tem valor (+) e os da esquerda valor (-). Por exemplo, utilizando o subnível f que possui um maior número de orbitais, temos:




Número Quântico de Spin (Ms): são representações em forma de seta dos elétrons distribuídos nos orbitais. O valor dos de cada spin é:
↑ Para cima é positivo Ms=+½(meio) e ↓ Para baixo é negativo e Ms=-½(meio)
Exemplo: é necessário fazer a distribuição eletrônica do átomo de Praseodímio:
Passo 1: procurar o elemento na tabela periódica e observar seu número atômico.
Utilizando o diagrama de Pauling e seguindo pelas diagonais obtém-se:

No átomo de Pr as camadas possuem:
K=2 elétrons, L=8 elétrons, M=18 elétrons, N=21elétrons, O=8 elétrons e P=2 elétrons.
Passo 2: dispor os spins em orbitais(aqui representados pelos quadrinhos) sendo

Para os íons a distribuição é diferente, visto que íons são átomos que possuem carga e são subdividos em Cátions - tem tendência de perder seus elétrons e Ânions – tem tendência de ganhar elétrons.
Para o Cátion de Pr+2 por exemplo, a distribuição passa a ser para 57 elétrons pois ele perde 2 em virtude de sua valência:

K=2 elétrons, L=8 elétrons, M=18 elétrons, N=19 elétrons, O=8 elétrons e P=2 elétrons.

Para um átomo de cloro, por exemplo, a distribuição é 17, porém para o ânion cloreto passa a ser de 18 elétrons por que ele ganha 1 elétron:
17Cl:
1s2
2s2 2p6
3s2 3p5 ou  1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
K=2, L=8 e M=7 elétrons

17Cl-1:
1s2
2s2 2p6
3s2 3p6 ou  1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
K=2, L=8 e M=8 elétrons

É importante salientar que no texto acima existem reticências demonstrando a continuação das camadas, níveis, subníveis etc. Simplesmente por que Pauling seguiu o raciocínio de Mendeleyev, sabendo que novos elementos ainda serão descobertos e ocuparão, por exemplo, a camada R nível 8 e subníveis s,p,d,f,g,h,i, j e assim por diante.

Bibliografia:
Russel, J. B. Química geral. São Paulo: Makron Books, 2004.
SHRIVER, DUWARD; ATKINS, PETER. Química inorgânica - 4ª edição. Porto Alegre, Bookman, 2008.
James Brady, Humiston Gerard E. QUÍMICA GERAL - VOL. 2 - 2ª EDIÇÃO.
Origem da Imagem: http://elproyectomatriz.wordpress.com

Princípio da Exclusão de Pauli





Por André Luis Silva da Silva
De acordo com a Química Quântica, para cada elétron em um átomo poderá ser associado um conjunto de valores referente aos quatro números quânticos, que determinarão a posição ocupada pelo elétron, incluindo o orbital, assim como a orientação em que executa seu movimento de rotação. “Existe uma restrição, todavia, quanto aos valores que esses números podem ter. Esta restrição é o Princípio de Exclusão de Pauli, que estabelece que dois elétrons em um átomo não podem ter todos os quatro números quânticos iguais. Isto significa que, se escolhermos um conjunto particular de valores para n, l e ml correspondente a um orbital particular (por exemplo, n=1, l=0, ml=0; o orbital 1s), poderemos ter apenas dois elétrons com valores diferentes do número quântico de spin, ms (isto é, s= +1/2 ou s= -1/2). Com efeito, isso limita a dois o número de elétrons em um dado orbital, também requer que os spins destes dois elétrons estejam em direções opostas”1.
Portanto, os valores dos quatro números quânticos podem ser atribuídos para cada elétron em um átomo, de acordo com as regras precedentes e o Princípio da Exclusão de Pauli. Uma maneira objetiva de prever a localização provável de um elétron no interior de um átomo (sua camada, subcamada e orbital) é através de um conjunto matemático de valores denominado números quânticos.
a) NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n)
Representa a camada atômica em que o elétron se encontra. Seus valores são números inteiros positivos, sendo experimentalmente determinado com variação de 1 a 7. Representa a distância média do elétron em relação ao núcleo do átomo, sendo assim, quanto maior for o valor de n mais afastado este elétron estará.
b) NÚMERO QUÂNTICO AZIMUTAL (l)
Representa a subcamada, assim, a forma do orbital. Pode apresentar valores inteiros de zero até n-1. Quando l=0, tem-se a subcamada s e forma simetricamente esférica para o orbital, l=1 designa uma subcamada p e um orbital apresentando uma forma típica de dois lobos de um orbital p. De forma idêntica, l=2 representa uma subcamada d e l=3 uma subcamada f.
c) NÚMERO QUÂNTICO MAGNÉTICO (ml)
“O termo magnético é relativo ao fato de que os orbitais de uma dada subcamada possuem diferentes energias quantizadas, na presença de um campo magnético”2. O valor deste número quântico oferece informações a respeito da orientação de um orbital no espaço. Para a subcamada s apresenta valor zero, para a subcamada p pode assumir valores inteiros no intervalo de –1 a +1, para a subcamada d valores de –2 a +2 e para a subcamada f valores de –3 a +3.
c) NÚMERO QUÂNTICO SPIN (ms)
O quarto número quântico, denominado muitas vezes apenas de spin, representa o eixo de rotação do elétron no orbital. Possui valor de +1/2 e –1/2, “sendo atribuido o primeiro a uma rotação em sentido anti-horário e o segundo em sentido horário”3.
Na Tabela 1 há um sumário referente aos valores para os quatro números quânticos obtidos por algumas informações.
Nome Símbolo Característica especificada Informação fornecida Valores possíveis
Principal n Camada Distância média do núcleo 1, 2, 3, 4,...
Azimutal l Subcamada Forma do orbital 0, 1, 2,...(n-1)
Magnético ml Orbital Orientação do orbital -l, (-l+1),...0,... (l-1), l
Spin ms Spin Spin -1/2, -1/2
Referências:
1. HUMISTON, Gerard E.; BRADY, James E.; Química Geral, Ed. LTC, Rio de Janeiro/RJ – 2000.
2. RUSSELL, John B.; Química Geral vol.1, São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 1994.
3. ATKINS, Peter; JONES, Loreta; Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, Porto Alegre: Bookman, 2001.
O modelo de Bohr do átomo é um modelo planetário em que os elétrons orbitam ao redor do núcleo atômico.
JabberWok, Wikipedia Commons
O Modelo de Bohr tem um átomo consistindo de um núcleo pequeno e carregado positivamente orbitado por electrões de carga negativa. Aqui está uma olhada no modelo de Bohr, que é às vezes chamado de modelo de Rutherford-Bohr.
Visão geral do modelo de Bohr ""
Niels Bohr propôs o modelo de Bohr do átomo em 1915. Porque o modelo de Bohr é uma modificação do modelo de Rutherford antes, algumas pessoas chamam de modelo de Bohr O modelo de Rutherford-Bohr. O modelo moderno do átomo é baseada na mecânica quântica. O Modelo de Bohr contém alguns erros, mas é importante porque descreve a maioria das características aceitáveis ​​de teoria atómica sem toda a matemática de alto nível da versão moderna. Ao contrário dos modelos anteriores, o modelo de Bohr explica a fórmula de Rydberg para as linhas de emissão espectral de hidrogênio atômico.

O modelo de Bohr é um modelo planetário em que os elétrons carregados negativamente órbita de um núcleo pequeno, com carga positiva semelhante aos planetas orbitando o Sol (exceto que as órbitas não são planas). A força gravitacional do sistema solar é matematicamente semelhante à força de Coulomb (elétrica) entre o núcleo carregado positivamente e os elétrons carregados negativamente.
Pontos principais do modelo de Bohr

     Elétrons orbitam o núcleo em órbitas que têm um tamanho definido e energia.
     A energia da órbita está relacionada com o seu tamanho. A energia mais baixa é encontrada na mais pequena órbita.
     A radiação é absorvida ou emitida quando um elétron passa de uma órbita para outra.

Bohr Model of the Atom

The Bohr Model of the atom is a planetary model in which the electrons orbit around the nucleus.
The Bohr Model of the atom is a planetary model in which the electrons orbit around the atomic nucleus.
JabberWok, Wikipedia Commons

The Bohr Model has an atom consisting of a small, positively-charged nucleus orbited by negatively-charged electrons. Here's a closer look at the Bohr Model, which is sometimes called the Rutherford-Bohr Model.

Overview of the Bohr Model

Niels Bohr proposed the Bohr Model of the Atom in 1915. Because the Bohr Model is a modification of the earlier Rutherford Model, some people call Bohr's Model the Rutherford-Bohr Model. The modern model of the atom is based on quantum mechanics. The Bohr Model contains some errors, but it is important because it describes most of the accepted features of atomic theory without all of the high-level math of the modern version. Unlike earlier models, the Bohr Model explains the Rydberg formula for the spectral emission lines of atomic hydrogen. The Bohr Model is a planetary model in which the negatively-charged electrons orbit a small, positively-charged nucleus similar to the planets orbiting the Sun (except that the orbits are not planar). The gravitational force of the solar system is mathematically akin to the Coulomb (electrical) force between the positively-charged nucleus and the negatively-charged electrons.

Main Points of the Bohr Model

  • Electrons orbit the nucleus in orbits that have a set size and energy.
  • The energy of the orbit is related to its size. The lowest energy is found in the smallest orbit.
  • Radiation is absorbed or emitted when an electron moves from one orbit to another. 

EM PORTUQUÊS O modelo de Bohr do átomo é um modelo planetário e...

O Efeito Fotoelétrico

O Efeito Fotoelétrico

Uma descrição

O Efeito Fotoelétrico ocorre quando luz de determinada frequência incide numa superfície de metal e faz com que elétrons sejam ejetados da superfície. Outra placa com maior energia potencial elétrica pode ser colocada na frente da primeira placa sem que seja iluminada para absorver os elétrons da primeira placa e para que se possa medir a corrente fotoelétrica.

A descoberta

O efeito foi observado pela primeira vez em 1887, de forma acidental por Frank Hertz, logo após ele ter demonstrado a natureza ondulatória da luz. Em 1899, J. J. thomsom demonstrou que as partículas ejetadas da placa de metal eram elétrons. O grande problema do efeito era que a energia dos elétrons ejetados não mudava com a intensidade da luz incidente, enquanto se esperava que a energia deles aumentasse quando expostos a um maior fluxo de energia eletromagnética.

Irônicamente, o efeito fotoelétrico exibe o aspecto de partícula da luz, que tem um aspecto dual e dependendo do experimento ela pode se manifestar ora como onda ora como partícula.

A quantização da luz

A Hipótese Quântica formulada por Max PLanck para resolver o problema da radiação de corpo negro foi um conceito radical para a Física. Ele teorizou que as partículas da superfície de um oscilador eletromagnético somente absorvem e emitem energia múltiplos de hν:

Onde h é a constante de Planck e ν é a frequência do fóton. Albert Einstein então interpretou que a luz era o sistema discreto formado por estes pacotes de energia, como uma partícula. Os físicos da época resistiram à ideia porque ela contradizia a figura estabelecida da luz como uma onda. Então ele encontrou o efeito fotoelétrico, que poderia apoiar sua teoria e chamou de fótons estes pacotes de luz.

Aplicações no dia-a-dia

Atualmente, o efeito fotoelétrico é utilizado em toda sorte de situações que vivemos no nosso cotidiano. "Graças ao efeito fotoelétrico tornou-se possível o cinema falado, assim como a transmissão de imagens animadas (televisão). O emprego de aparelhos fotoelétricos permitiu construir maquinaria capaz de produzir peças sem intervenção alguma do homem. Os aparelhos cujo funcionamento assenta no aproveitamento do efeito fotoelétrico controlam o tamanho das peças melhor do que o pode fazer qualquer operário, permitem acender e desligar automaticamente a iluminação de ruas, abrir e fechar portas de lojas, etc.

Os aparelhos deste tipo tornam possível a prevenção de acidentes. Por exemplo, nas empresas industriais uma célula fotoelétrica faz parar quase instantaneamente uma prensa potente e de grande porte se, digamos, o braço dum operário se encontrar, por casualidade, na zona de perigo."

 

Dirceu ataca Fux, compromete Dilma gravemente e diz que vai recorrer a corte internacional contra julgamento, o que é pura fantasia para tentar melar o jogo. E ainda faz ameaça velada. Dilma está prestes a indicar novo ministro para o STF



É estupendo!
Há muitos dias tenho tratado aqui com sarcasmo a absurda campanha que a imprensa, ou quase toda, move contra o deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Campanha, sim, de caráter fascistoide! Os nossos luminares do teclado ainda não aprenderam que a democracia não proíbe ninguém de dizer besteira. Enquanto isso, a vergonha na cara fica por aí, esfaimando… José Dirceu, aquele condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha — o chefe dela, segundo a Procuradoria-Geral da República —, concede uma entrevista à Folha e ao UOL em que, claro!, diz ser inocente. Repete  a acusação que gente ligada a ele já havia feito, segundo a qual o ministro Luiz Fux, antes ainda de ser nomeado, havia prometido inocentá-lo caso ganhasse uma vaga no Supremo. Em entrevista, Fux já admitiu o encontro, mas nega que tenha prometido um voto favorável. Dirceu diz também que vai recorrer à “Comissão Internacional de Direitos Humanos” (seja lá o que for isso) e, ora vejam!, faz uma ameaça nem tão velada assim caso Lula seja mesmo processado por alguns crimes do mensalão. O que o PT pretende fazer, não fica claro. Mas parece ser coisa grande. Será que vão botar os tanques na rua? Cercar o Supremo com os tontons-maCUTes? Não sei. Leiam trechos. Volto em seguida.
*
Folha/UOL – Como foi seu encontro com Luiz Fux?
José Dirceu - Eu não o conhecia, eu fui assediado moralmente por ele durante mais de seis meses para recebê-lo.
Como foi esse assédio?
Através de terceiros, que eu não vou nominar. Eu não queria [recebê-lo].
Quem são esses terceiros?
São advogados, não são lobistas. Eu o recebi, e, sem eu perguntar nada… Porque ele [hoje] dizer para a sociedade brasileira que não sabia [na época do encontro] que eu era réu do processo do mensalão é tragicômico. Soa ridículo, no mínimo, né? Como o ministro do STJ [cargo ocupado na época por Fux] não sabe que eu sou réu no processo? E ele tomou a iniciativa de dizer que ia me absolver. Textualmente.
(…)
Como é que o sr. se sentiu quando o ministro Fux votou pela sua condenação?
Depois dos 50 anos que eu tenho de experiência política, infelizmente eu já não consigo me surpreender. A única coisa que eu senti é a única coisa que me tira o sono. Nem a condenação me tira o sono porque tenho certeza que eu vou revertê-la.
(…)
A sua defesa vai apresentar recursos [para reverter a condenação]. O sr. tem esperança?
Vai apresentar. Depois do transitado em julgado, vamos para a revisão criminal. E vou bater à porta da Comissão Internacional de Direitos Humanos. Não é que fui condenado sem provas. Não houve crime, sou inocente; me considero um condenado político. Foi um julgamento de exceção, político.
(…)
Se o ex-presidente Lula não tem nada com isso, por que Marcos Valério é recebido por Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e um de seus assessores mais próximos?
Boa pergunta para ser dirigida ao Paulo Okamotto. Eu nunca tive nenhum contato com Marcos Valério. Nem antes nem depois. E o Lula não tem nenhuma preocupação. Conheço os fatos, ele não tem nada a ver com isso. Absolutamente. A não ser que se queira, agora, dar um golpe que não conseguiram dar antes. Quer dizer, transformar o Lula em réu na Justiça brasileira. A não ser que se vá fazer esse tipo de provocação ao PT e ao país, à nação brasileira.
Voltei
O mais escandaloso na entrevista de José Dirceu é que ele deixa claro que a nomeação de Fux foi decidida no ambiente em que o então ministro do STJ prometeu inocentá-lo caso conseguisse a vaga no Supremo. Ele diz, claro!, não saber se tal promessa pesou na indicação. Ora… Então José Dirceu, um dos capas-pretas do PT, principal réu do mensalão, recebe um candidato ao Supremo que promete inocentá-lo, e esse homem é, de fato, indicado para o cargo, e devemos acreditar que uma coisa não tem nada a ver com a outra?
O ódio de Dirceu é tão grande que ele não se importa em confessar que a escolha de um ministro para o Supremo obedeceu aos mais baixos interesses. Não se pensava, então, no país, mas em livrar a cara de um poderoso chefão petista. A entrevista, é evidente, estoura na porta do gabinete de Fux, mas compromete ainda mais a presidente Dilma Rousseff. Trata-se de um verdadeiro escândalo.
Insônia
Fux que se cuide. Eu detestaria ser objeto da insônia de José Dirceu, e o ministro, segundo confessa o próprio condenado, povoa as noites maldormidas do chefão. Que ele não seja do tipo que perdoa, isso a gente já sabe…
Num país, digamos, razoável, tanto Fux como Dilma estariam obrigados a divulgar notas oficiais nesta quarta-feira. Ele tem de dizer se Dirceu mente ou fala a verdade quando sustenta que recebeu uma promessa de voto; ela tem de deixar claro que princípio orientou a escolha de Fux.
Fantasias de Dirceu
Dirceu decidiu enrolar o público com algumas fantasias. Não sei que diabo vem a ser “revisão criminal” nesse caso. Ele está se referindo aos embargos infringentes? Nem mesmo está claro se eles são cabíveis ou não no caso. Eu entendo que não. A Lei 8.038, vejam aí a íntegra, disciplina justamente os julgamentos nos tribunais superiores — também no STF. E não trata de “embargos infringentes” — vale dizer: da possibilidade de haver um reexame da decisão da maioria. Essa lei é de 1990. Na prática, ela tornou sem efeito o Artigo 333 do Regimento Interno do STF, que prevê os tais embargos. Os advogados de defesa até podem vir com essa história. Suponho que os ministros do Supremo, responsáveis que são, dirão o óbvio: um artigo de um regimento interno, mesmo do Supremo, não pode mais do que a lei. Vamos ver.
A “Comissão Internacional de Direitos Humanos”, de que ele fala, deve ser a Comissão Interamericana de Direitos Humanos — à qual ele já havia dito que não recorreria… Pelo visto, mudou de ideia. É pura conversa mole. Recorrer à comissão por quê? Ele teve, por acaso, cerceado seu direito de defesa? Ainda que recorresse e ainda que seu pleito fosse acolhido, é bom Dirceu ler a Constituição brasileira. A instância máxima da Justiça é o Supremo Tribunal Federal. E ponto! Esses petistas são mesmo curiosos. Quando a questão de Belo Monte foi parar na Comissão e depois na Corte Interamericana de Direitos Humanos, os petistas deram de ombros e ainda acharam uma ingerência indevida na política interna brasileira.
Melar o jogo
Os mensaleiros e alguns de seus advogados ainda não desistiram de tentar melar o jogo. Essa entrevista de José Dirceu vem coordenada com uma tentativa de Márcio Thomaz Bastos de impedir a publicação do acórdão do julgamento. São esforços para tentar colar em todo o processo a pecha de “julgamento de exceção”.
Lula e a ameaça
Vejam lá como Dirceu se refere à possibilidade de que Lula se torne réu num dos processos do mensalão. Diz que será uma “provocação ao PT, ao país, à nação brasileira”. Se Lula atropelar sem querer um gato, esse gato será atropelado pela nação brasileira. Quando mantinha relações especiais e ancilares com uma funcionária da Presidência da República, quem comparecia para os eventos era a “nação brasileira”. Assim, caso se torne réu, ré, então, será a nação brasileira. É uma besteira, mas também é uma ameaça. 
Tenho cá as minhas desconfianças se Dirceu, no fundo, não torce por isso. Caso Lula também se torne réu, ele se perfila ao lado do outro, um tantinho mais popular, e se diz também uma “vítima”.
Eis aí. Um quadro dirigente de um dos maiores partidos políticos do país, que está no poder há 10 anos, revela que ministro foi nomeado para o Supremo depois de lhe prometer um voto, força a mão para desmoralizar o tribunal e ainda faz ameaças veladas aos órgãos de investigação do estado. E os bananas ficam por aí perseguindo um deputado porque, no fim das contas, não gostam de suas opiniões.
LEMBREM-SE: DILMA ESTÁ PRESTES A INDICAR UM NOVO MINISTRO DO SUPREMO. Há dias, a presidente esteve com o tributarista Heleno Torres. Torres já afirmou sobre o julgamento do mensalão o que segue em vermelho:
“O Tratado do Pacto de San José proclama direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal superior. Por tudo isso, no final, a Corte Interamericana terá que anular esse julgamento, sob pena do seu absoluto descrédito”.