domingo, 31 de março de 2013

Coreia do Sul fará mais exercícios militares com EUA em abril

Diplomacia

Coreia do Sul fará mais exercícios militares com EUA em abril

Seul quer demonstrar capacidade militar ante provocações de norte-coreanos

O líder norte-coreano Kim Jong-Un acompanha treinamento do Exército em local não revelado
O líder norte-coreano Kim Jong-Un acompanha treinamento do Exército em local não revelado - KCNA/AFP
A Coreia do Sul anunciou neste domingo que realizará exercícios militares com a Marinha dos Estados Unidos em seu território em abril. O objetivo é demonstrar sua capacidade bélica diante das crescentes provocações do regime norte-coreano. O anúncio de Seul foi feito depois de a Coreia do Norte declarar "estado de guerra" com a vizinha do sul, na esteira de uma escalada de ameaças por parte do país comunista.


O Exército da Coreia do Sul explicou que os exercícios militares de abril consistirão em manobras e operações conjuntas para testar suas unidades. Além disso, os marines americanos estacionados no país asiático serão convidados a participar de "discussões técnicas para a preparação de possíveis provocações da Coreia do Norte".
Ao longo de abril, os militares baseados nas ilhas fronteiriças do Mar Amarelo também farão exercícios aéreos e navais. Neste momento, a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam as manobras conjuntas anuais Key Resolve, que envolvem cerca de 10.000 soldados sul-coreanos e 3.500 americanos, além de um porta-aviões e caças de combate.


O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, por sua vez, defendeu neste domingo a ampliação "quantitativa e qualitativa" de seu arsenal nuclear para fazer frente às "ameaças dos Estados Unidos", segundo informou a agência estatal KCNA. Kim voltou a insistir que seu país lançará mais mísseis durante a abertura, neste domingo, da sessão plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que se reúne pela primeira vez desde setembro de 2010.
Em seu discurso, o ditador norte-coreano prometeu promover a economia e o desenvolvimento de seu potencial nuclear de "maneira simultânea". No sábado, ele havia declarado que seu país entrara em "estado de guerra" com a Coreia do Sul. Apesar disso, segundo o governo de Seul, não houve nenhum movimento incomum das tropas da Coreia do Norte depois do anúncio.


O declarado "estado de guerra" também não motivou, até agora, o fechamento do complexo industrial conjunto das Coreias, situado em Kaesong, território norte-coreano. "Por enquanto, não ocorreram problemas de funcionamento no complexo de Kaesong", afirmou um porta-voz do ministério sul-coreano da Unificação.
A Coreia do Norte havia ameaçado no sábado fechar as instalações. "Fecharemos o complexo industrial se a Coreia do Sul insistir em danificar nossa dignidade", afirmou o governo em um comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.


O complexo industrial binacional de Kaesong foi criado em 2004 como um símbolo da cooperação entre os dois países. Desde então, constitui uma importante fonte de renda para a Coreia do Norte. No entanto, a Coreia do Sul já expressou sua preocupação sobre o funcionamento do complexo.
A Coreia do Norte anunciou a intenção de cortar uma linha telefônica de uso militar utilizada para controlar o trânsito de pessoas na região. Essa linha era utilizada para que as autoridades do Sul pudessem comunicar ao Norte nomes dos trabalhadores que cruzam a fronteira para operar o complexo industrial.
(Com agências EFE e France-Presse)

Prisioneiro mais jovem de Guantánamo segue para o Canadá

Internacional

Prisioneiro mais jovem de Guantánamo segue para o Canadá

Omar Khadr, condenado pela morte de um sargento americano, vai cumprir o restante de sua pena em seu país natal

AFP
Omar Khadr
Omar Khadr tinha 15 anos quando foi capturado no Afeganistão
Omar Khadr, o prisioneiro mais jovem e último de origem ocidental detido na base militar de Guantánamo, foi levado neste sábado para cumprir o final de sua sentença em seu país, o Canadá. O ministro de Segurança Pública do Canadá, Vic Toews, disse que Khadr foi levado para uma base militar em Trenton, Ontário, e transferido para uma prisão na província de Millhaven.
Em 2002, quando tinha 15 anos, Omar Khadr foi capturado por forças americanas no Afeganistão. Ele foi considerado culpado por um tribunal de crimes de guerra pela morte do sargento americano Christopher Speer e admitiu relação com a Al Qaeda. Khadr foi condenado a 40 anos de prisão.
Um acordo com a promotoria em 2010, no entanto, reduziu a pena para oito anos -- sem considerar o período passado em Guantánamo. Como parte do acordo, ele poderia cumprir o resto da sentença em seu país natal após um ano na base militar americana. O canadense foi a primeira pessoa desde a Segunda Guerra Mundial a ser processado por crimes de guerra cometidos na juventude.
(Com Reuters)

Presos de Guantánamo estão em greve de fome há 50 dias

Estados Unidos

Presos de Guantánamo estão em greve de fome há 50 dias

Dois iemenitas protestam desde que tiveram objetos pessoais confiscados

Manifestantes pedem em Washington o fechamento de Guantánamo, onde permanecem 171 detentos
Manifestantes pedem em Washington o fechamento de Guantánamo, onde permanecem 171 detentos  (Matthew Rusling/EFE)
Os presos de Guantánamo em greve de fome "sentem a morte se aproximar", disse o iemenita Abdalmalik Wahab, que passou 11 de seus 33 anos na prisão americana e que está há 50 dias em greve de fome para protestar contra a "profanação do Corão", assim como seu compatriota Uthman Uthman, que já perdeu 20 quilos. Os dois prisioneiros, enfraquecidos pelo jejum e alimentados à força pelos militares da base naval americana em Cuba, conversaram na tarde de sexta-feira por telefone com seu advogado David Remes, que narrou à agência France-Presse o teor de sua conversa com cada um e algumas de suas declarações.
No dia 6 de fevereiro, durante uma inspeção de rotina, segundo as autoridades da prisão, os detidos tiveram alguns objetos pessoais confiscados e seus exemplares do Corão foram examinados de um modo que os presos consideraram "profanação religiosa". A partir de então, Abdalmalik e Uthman mantêm uma greve de fome, à qual se somaram, de acordo com advogados, a grande maioria dos prisioneiros do campo 6 — que abriga cerca de 130 detidos, conhecidos por serem os mais "conciliadores". Entre eles estão 86 homens considerados "liberáveis" pela administração de Barack Obama por falta de provas, entre eles 30 iemenitas.
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Onde fica Guantánamo
Para David Remes, que defende 15 detidos, 13 deles grevistas, o movimento "não tem precedentes por sua amplitude, duração e determinação". As autoridades militares informaram na sexta-feira que há 37 presos em greve de fome dos 166 detidos na prisão, um número que se multiplicou por quatro desde 11 de março.
Segundo o porta-voz da prisão, o capitão Robert Durand, 11 deles são alimentados à força, dois dos quais foram hospitalizados para serem reidratados e mantidos em observação. Uthman, de 45 anos, contou ao seu advogado como foi alimentado à força, sujeitado a uma cadeira de rodas e como vomitou sangue e perdeu a consciência.
Transferido há quatro semanas para o campo 5, onde estão detidos os prisioneiros punidos por indisciplina, Uthman recebe garrafas de água. Porém, advogados denunciam a falta de água potável e as temperaturas extremamente baixas impostas no campo 6 para quebrar a greve de fome.
As autoridades desmentem categoricamente essas denúncias em um processo em andamento em um tribunal de Washington. Uthman afirma que os detidos não confiam no novo comandante da prisão nem no Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que chegou antes do previsto a Guantánamo devido à greve de fome e é a única organização autorizada a se reunir com os detentos da prisão americana.
Leia também: Prisioneiro mais jovem de Guantánamo segue para o Canadá
"Ninguém fala com eles", afirmou Uthman a Remes. Os prisioneiros "sentem a morte se aproximar", advertiu Abdalmalik ao seu advogado durante outra conversa. Segundo ele, apenas um acordo sobre a manipulação do livro sagrado os convenceria a voltar a se alimentar normalmente. "Queremos regras claras. Ninguém esconderia nada em seu Corão, mesmo que quiséssemos, porque a religião proíbe isso. Não quero que insultem (o Corão), preciso dele para viver", acrescentou. De acordo com Abdalmali , os policiais que o examinam durante as inspeções fingem que são muçulmanos.
O advogado não descarta que um acordo semelhante seja insuficiente para outros prisioneiros, detidos em sua maioria há 11 anos sem acusações nem processo, enquanto Barack Obama não cumpriu a promessa de fechar a controversa prisão. "É a expressão máxima de seu desespero quando, para eles, se afasta qualquer perspectiva de sair em liberdade", declarou David Remes. Para ele, o Pentágono deve respeitar sua vontade, e não alimentá-los à força. "Os detidos estão decididos a ir até o fim", segundo o advogado.

Apple estuda apresentar nova versão de iPhone em junho

Mercado

Apple estuda apresentar nova versão de iPhone em junho

Segundo publicação 'MacFun', iPhone 5s não é o tão esperado smartphone de baixo custo da companhia americana - que deve chegar ao mercado em agostoNovo iPhone 5

iPhone 5: Agora usuários reclamam da câmera do smartphone - Divulgação
O iPhone 5s, como vem sendo chamado no mercado de tecnologia o próximo modelo de smartphone da Apple, pode ser lançado no dia 20 de junho, segundo reportagem publicada na revista japonesa MacFan, especializada na cobertura de assuntos relativos à empresa americana.
iPhone 5: Agora usuários reclamam da câmera do smartphone


Sem especificar detalhes técnicos ou formato do novo aparelho, a publicação revelou que o smartphone estaria disponível para venda no mercado dos Estados Unidos em julho. O iPhone 5s, no entanto, não seria o tão esperado aparelho de baixo custo da Apple. De acordo com a MacFan, esse dispositivo móvel teria seu lançamento marcado para agosto.

Os meses de junho e julho foram marcados pela companhia americana por apresentar novas versões de iPhone, como o 3G (em julho de 2008), o 3Gs (junho de 2009), assim como o iPhone 4 (junho de 2010). Os últimos modelos – 4s (outubro de 2011) e 5 (setembro de 2012) – foram apresentados no fim do terceiro trimestre.
A estratégia da Apple, adotada em 2009 com a versão 3Gs, permite que a empresa garanta a chance de realizar um lançamento intermediário em sua linha de smartphones enquanto prepara o aparelho da próxima geração. A tática tem dado certo, estimulando muitas compras dos aparelhos intermediários.

Seis itens que a Apple pode retirar do iPhone para reduzir seu preço

Câmera frontal

A câmera frontal do iPhone é utilizada na realização de videoconferências e autorretratos. Apesar de ser um item importante, ela pode ser removida para baratear o custo do aparelho. Curiosamente, uma nova patente recém-obtida pela Apple já mostra o desenho de um aparelho

Processadores gráfico

O processamento gráfico do iPhone 5 é um dos seus destaques. Ele permite que o usuário rode jogos 3D mais avançados sem problemas de desempenho. A questão é que o iPhone 4 também oferece bons resultados nessa área, o que justificaria o uso de um chip mais barato do que o utilizado na última versão.

Câmera traseira de 8 MP

Para lançar um smartphone a preço popular, é necessário fabricá-lo com uma câmera com capacidade inferior ao padrão utilizado pelos modelos top de linha. Durante anos, os proprietários de iPhone fizeram ótimas fotos com suas câmeras de 5 MP, o que significa que uma redução na quantidade de megapixels presentes na câmera do modelo atual não teria tanto impacto.

Receptor 4G

Aproveitar o potencial das redes 4G é obrigação das companhias, mas é importante lembrar que elas ainda não estão totalmente disponíveis nos países emergentes. Nesse caso, o uso das redes 3G seria o suficiente para atender todas as necessidades do usuário na hora de fazer chamadas ou navegar na internet.

Retina Display

A Apple já mostrou que pode abrir mão de seu recurso Retina Display, que garante imagens muito mais nítidas em seus dispositivos como iPhones e iPads. A utilização de uma tela mais simples, com uma menor densidade de pixels, não iria interferir na utilização do aparelho.

Tela de 4 polegadas

Durante anos, a Apple apostou no padrão de telas com 3,5 polegadas – mesmo quando todo o mercado já havia passado da barreira das 4,5 polegadas. Não seria vergonha alguma voltar às origens para criar um aparelho com um display menor, porém financeiramente mais acessível.




Bolt mira novo recorde: 'Quero explorar meus limites'

Atlestismo

Bolt mira novo recorde: 'Quero explorar meus limites'

Velocista jamaicano quer correr os 200 metros rasos em menos de dezoito segundos

Ainda distante do início da próxima temporada, Usain Bolt já faz planos para as futuras competições. O jamaicano quer estabelecer uma nova marca nos 200 metros, sua prova favorita. Dono do atual recorde mundial e olímpico, ele sonha em se tornar o primeiro homem a completar a distância em menos de dezenove segundos.
"Sei que estou ficando mais velho e que minhas oportunidades começam a ficar reduzidas. Então, tenho que explorar meus limites. Não quero apenas ganhar mais um campeonato, seria muito fácil", afirmou o jamaicano, em entrevista ao jornal francês L'Équipe, que o elegeu atleta masculino do ano.
Sem estabelecer metas de troféus para 2013, Bolt quer melhorar seu recorde mundial nos 200 metros. Sua marca atual é de 19s19, registrado no Mundial de Berlim, em 2009. "Não é brincadeira, mas vai exigir muito trabalho. Vou ter que levar o meu corpo ao limite. Mas eu não me importo com a dor".
O jamaicano foi eleito o atleta do ano ao superar o nadador norte-americano Michael Phelps e o atacante argentino Lionel Messi, os outros finalistas na disputa. Bolt, bicampeão olímpico nos 100 e 200 metros e no revezamento 4x100 metros nos Jogos de Londres, neste ano, já havia levado o prêmio em 2008 e 2009.

Antes de desafio, Usain Bolt joga futevôlei no Rio de Janeiro

Atletismo

Antes de desafio, Usain Bolt joga futevôlei no Rio de Janeiro

Atleta jamaicano é fã de futebol e torcedor do Manchester United, da Inglaterra

O velocista Usain Bolt está no Rio de Janeiro se preparando para o Desafio Mano a Mano, uma corrida de 150 metros em pista montada na Praia de Copacabana. Mas engana-se quem acha que o jamaicano não está aproveitando o clima da cidade. Neste sábado, o bicampeão olímpico dos 100 e 200 metros e revezamento 4x100 metros jogou futevôlei.


Fã de futebol e torcedor do Manchester United, da Inglaterra, Bolt se divertiu nas areias cariocas, dando seus passes com cabeça, pé e demonstrando habilidade com a bola. “Outro tesouro do esporte no Brasil. Testando minhas habilidades no futevôlei”, disse em sua conta no Instagram. O velocista aproveitou para tirar uma foto com Gabriel Barbosa de Almeida, o Gabigol, revelação do Santos, e elogiou o jovem jogador: “Gênio do futebol aos 16 anos de idade”.
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Usain Bolt chegou à Praia de Copacabana pela manhã, para assistir à disputa qualificatória entre brasileiros para decidir quem seria um de seus adversários da corrida de domingo. O ganhador foi o alagoano Bruno Lins. Também participam da prova o equatoriano Alex Quiñónez e Daniel Bailey, de Antigua e Barbuda. A corrida será às 11h45 deste domingo.
 
 
(Com agência Gazeta Press)

Atletismo      VEJA

Usain Bolt vence, mas não quebra recorde nos 150 metros

Usain Bolt durante desafio de 150 metros em Copacabana, Rio de Janeiro
Usain Bolt durante desafio de 150 metros em Copacabana, Rio de Janeiro - Sergio Moraes/Reuters
Usain Bolt não deu chances aos seus três rivais, e garantiu neste domingo, na praia de Copacabana, no Riol, vitória nos 150 metros com o tempo de 14s42. Apesar disso, o jamaicano não superou os 14s35 conquistados por ele mesmo em prova realizada em Manchester, em 2009. Vindo do qualificatório, o brasileiro Bruno Lins marcou 14s91, e ficou em segundo, superando o equatoriano Alex Quiñonez e Daniel Bailey, de Antígua e Barbuda.


Na comemoração Bolt caminhou por toda a extensão da pista saudando a torcida. Após fazer o tradicional raio com as mãos, o dono de seis medalhas de ouro olímpicas jogou uma de suas sapatilhas para uma torcedora. "Agradeço o apoio de todos. Espero encontrá-los em 2016. Apesar de não conquistar o recorde, estou satisfeito. Ainda é início de temporada e estou começando a competir." Bolt disse ainda que pode voltar em breve. "É só me convidar. Eu realmente curti a minha estadia e espero voltar antes dos Jogos Olímpicos de 2016."
Bolt segue dominando todas as provas de velocidade do atletismo mundial. Bicampeão olímpico nos 100m, 200m e revezamento 4x100m, o jamaicano também detém o recorde mundial destas provas. O tempo nos 150m, no entanto, não é reconhecido pela Federação Internacional do Atletismo (Iaaf) por que a distância não faz parte do programa olímpico.
Duelo - Alan Fonteles abriu o dia de disputas vencendo o americano Jerome Singleton em duelo paralímpico. O brasileiro, que corre com duas próteses nas pernas, ficou em desvantagem após a largada, mas depois deu um sprint para ganhar com boa vantagem sobre Singleton, que usa uma prótese em uma das pernas. Ele terminou a disputa com o tempo de 15s68 nos 150 metros. Campeão dos 200 metros da categoria T44 nos Jogos Paralímpicos de Londres e recordista mundial, Fonteles comemorou o seu desempenho e já projetou uma boa participação em 2016 no Rio. "Deu para sentir o calor do público, tenho certeza de que em 2016 todos vão nos apoiar em peso e que o Brasil vai fazer bonito."
(Com agência Gazeta Press e Estadão Conteúdo)

Prejuízos de empresas no 4º trimestre triplicaram ante 2011

Balanço

Prejuízos de empresas no 4º trimestre triplicaram ante 2011

Ao todo, as 76 empresas que tiveram prejuízo no período perderam R$ 25 bilhões. O recorde negativo ficou por conta da Eletrobras, cujas perdas somaram R$ 10,499 bilhões

Eletrobras poderá ser majoritária nos projetos no exterior
O recorde negativo ficou por conta da Eletrobras, que teve prejuízo de R$ 10,499 bilhões no quarto trimestre de 2012 (Adriano Machado/Bloomberg)
O quarto trimestre de 2012 não foi dos mais generosos para as empresas brasileiras. Os prejuízos acumulados pelas companhias de capital aberto foram muito superiores às perdas registradas no mesmo período do ano anterior, segundo um estudo da consultoria Economática.
De acordo com o estudo, juntas, as 76 companhias de capital aberto que reportaram prejuízos no período tiveram resultado negativo de 25 bilhões de reais de outubro a dezembro do ano passado, montante 3,1 vezes maior que o total de prejuízos no mesmo período de 2011, quando 112 companhias divulgaram prejuízo, num total acumulado de 7,960 bilhões de reais.
O recorde negativo ficou por conta da Eletrobras, que reportou prejuízo de 10,499 bilhões de reais entre outubro e dezembro de 2012. É o maior da história das empresas de capital aberto brasileiras para um trimestre (considerando todos os trimestres), segundo o levantamento feito pela Economática.
Outros números negativos do ano passado que chamaram a atenção foram os da Vale, com prejuízo de 5,628 bilhões de reais no quarto trimestre de 2012, e da incorporadora PDG Realty, que teve perda de 1,786 bilhão de reais só no quarto trimestre e de 2,177 bilhões de reais em todo o ano passado. A companhia aérea Gol registrou resultado negativo de 447,1 milhões de reais no quarto trimestre de 2013 e, no ano, o prejuízo somou 1,512 bilhão de reais.
A petroleira OGX, por sua vez, teve prejuízo de 285,7 milhões de reais no quarto trimestre, mas acumulou, no ano, prejuízo líquido de 1,172 bilhão de reais, 130% superior ao registrado em 2011.


Na avaliação de Nataniel Cezimbra, chefe da equipe de pesquisa do BB Investimentos, muitos balanços do ano passado refletiram a economia em ritmo mais lento, tanto a doméstica quanto a de outros países, tendo como pano de fundo a crise europeia. "O cenário para muitas empresas foi de níveis de investimentos muito elevados, combinados com desaceleração de receita", afirma.
Para Walter Mendes, sócio da Cultinvest Asset Management, a desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação em alta contribuíram para o desempenho ruim de diversos setores, apesar da queda dos juros. "No caso das construtoras, por exemplo, muitas cresceram mais do que podiam." Segundo Mendes, esse cenário é consequência do boom das aberturas de capital (IPOs) entre 2004 e 2007. "Essas companhias levantaram capital e, desde então, mantiveram um patamar de crescimento mais alto."
As blue chips Petrobras e Vale, assim como as siderúrgicas, também penaram no ano passado. Sobre a petroleira, pesaram nos últimos três meses de 2012 a queda de produção, o aumento do endividamento e o fraco fluxo de caixa, impactado pela importação de combustíveis a preços maiores do que os praticados no mercado interno. O lucro líquido da Petrobras de 2012 , de 21,2 bilhões de reais,  no ano passado foi 36% menor do que os 33,3 bilhões de reais de 2011. Apenas no quarto trimestre houve lucro líquido de 7,747 bilhões de reais (53,44% superior ao mesmo período de 2011).
Já a Vale encerrou o quarto trimestre de 2012 com o segundo maior resultado negativo entre as companhias de capital aberto do período e o primeiro registrado pela mineradora desde o terceiro trimestre de 2002. O prejuízo líquido de  5,628 bilhões de reais no quarto trimestre foi impactado, entre outros fatores, pelo baixo preço do minério, além de baixas contábeis. Com isso, o lucro líquido de 2012 foi de 9,734 bilhões de reais, queda de 74,3% em relação a 2011 e o pior resultado anual desde 2004.
Mendes ressalta que muitos balanços de último trimestre são afetados por baixas contábeis, como os feitos pela Vale. "As empresas preferem jogar esses prejuízos para o quarto trimestre para iniciarem o ano seguinte mais ajustadas", afirma. O mesmo fez a MMX, que reconheceu perdas de 224 milhões de reais com a desistência do projeto da companhia no Chile.
(com Estadão Conteúdo)

Filme


Governadores empregam 105.000 servidores sem concurso público

Política

Governadores empregam 105.000 servidores sem concurso público

Número faz parte de estudo inédito realizado pelo IBGE

Curso preparatório para concurso público: antes de começar os estudos, é preciso definir um foco
Curso preparatório para concurso público: antes de começar os estudos, é preciso definir um foco (Elza Fiuza/ABr)
A primeira pesquisa completa sobre a estrutura burocrática dos estados, realizada pelo IBGE, revela que os 27 governadores empregavam em 2012, em conjunto, um contingente cerca de 105.000 funcionários que não fizeram concurso para entrar na administração pública. Apenas na chamada administração direta, da qual estão excluídas as vagas comissionadas das empresas estatais, o número de funcionários subordinados aos gabinetes dos governadores ou às secretarias de estado sem concurso público chega a 74.740.


Do total de 105.000 servidores sem concurso nos estados, quase 10% estão em Goiás. O governador Marconi Perillo (PSDB) abriga em sua burocracia 10.175 funcionários nessa situação, o que o torna líder no ranking desse tipo de nomeações em números absolutos. A Bahia, governada pelo petista Jaques Wagner, vem logo atrás, com 9.240 não concursados.
Ao se ponderar os resultados pelo tamanho da população, os governadores que saltam para a liderança do ranking são os de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), com 937 e 263 cargos por 100.000 habitantes, respectivamente. Os oito governadores do PSDB controlam, em conjunto, 37.600 cargos ocupados por servidores não concursados. Os quatro governadores do PT, por sua vez, têm em mãos 23.000 vagas. Logo atrás estão os quatro do PMDB, com 21.600.
O peso dos partidos muda quando se pondera a quantidade de cargos controlados por 100.000 habitantes. Nesse caso, o PT passa para o primeiro lugar (75), e o PSDB cai para o quinto (41).
Em teoria, os cargos de livre nomeação servem para que administradores públicos possam se cercar de pessoas com quem têm afinidades políticas e projetos em comum. Na prática, no entanto, é corrente o uso dessas vagas como moeda de troca.
Além de abrigar seus próprios eleitores ou correligionários, os chefes do Executivo distribuem as vagas sem concurso para partidos aliados em troca de apoio no Legislativo ou em campanhas eleitorais. "Os critérios e métodos de composição de governo que servem para a esfera federal se reproduzem nos estados", observa o cientista político Carlos Melo. "A grande reforma política que poderíamos fazer seria reduzir ao mínimo esses cargos, tanto no âmbito da União quanto no dos estados e municípios. Faremos? Creio que não. Não interessa ao sistema político."
(Com Estadão Conteúdo)

Acusados de estuprar turista estrangeira no Rio são reconhecidos por outra vítima

Violência

Acusados de estuprar turista estrangeira no Rio são reconhecidos por outra vítima

Dois suspeitos pegaram mulheres em Copacabana e foram presos na madrugada do sábado

Copacabana - coluna de Tony Belloto
Vista aérea de Copacabana, no Rio (Reprodução)
Os dois homens presos na noite de sábado em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, sub acusação de terem estuprado uma estrangeira dentro de uma van foram reconhecidos por outra vítima. Segundo a Polícia Civil, trata-se de uma brasileira, que alega ter sofrido abuso sexual por parte da dupla há uma semana.
Os dois suspeitos foram detidos poucas horas depois de a estrangeira fazer a denúncia. Eles foram reconhecidos na Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat). Os acusados foram identificados como Wallace Aparecido Souza Silva, de 22 anos, e Jonathan Foudakis de Souza, de 20, que seria o motorista da van.
Segundo a denúncia da estrangeira, cujo nome e nacionalidade não foram revelados pela Polícia, o crime aconteceu na madrugada do sábado. A turista e seu namorado entraram no veículo em Copacabana, na Zona Sul, com destino à Lapa, na região central do Rio.
Os dois homens, de acordo com a Polícia, obrigaram os demais passageiros a deixar a van em Botafogo e seguiram com o casal, mantido como refém durante seis horas, rumo a Niterói. O namorado da vítima foi golpeado e algemado enquanto um dos agressores estuprava a mulher no próprio veículo.
Os dois acusados, que não tinham antecedentes criminais, também roubaram cartões bancários do casal, exigiram a revelação das senhas e fizeram vários saques em caixas ao longo do percurso, além de realizar compras de bebidas e de abastecer o veículo. O casal foi abandonado no município de Itaboraí, onde chamou a Polícia.
As informações fornecidas pelas vítimas sobre a van permitiram aos policiais localizar rapidamente seu proprietário e a pessoa que a alugara para o transporte público de passageiros. Um dos homens detidos estava com o celular de uma das vítimas, segundo a Polícia.
Neste domingo, uma mulher brasileira se apresentou à mesma delegacia onde a estrangeira fez a denúncia para prestar queixa. Ela acusou os mesmos homens. Ela também teria sido violentada após tomar a van em Copacabana, sendo abandonada depois em São Gonçalo.
(Com agência EFE)

Verba para modernizar sistema penitenciário está parada

Governo

Verba para modernizar sistema penitenciário está parada

Ministro Cardozo critica situação das prisões, mas levantamento do Contas Abertas revela: governo não investe dinheiro do Fundo Penitenciário Nacional

Superlotação na delegacia do município de Serra, no Espírito Santo, transformada em cadeia
Superlotação na delegacia do município de Serra, no Espírito Santo, transformada em cadeia (CLAUDIO GATTI )
Em encontro com empresários na última terça-feira, em São Paulo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, qualificou como "medieval" o sistema prisional brasileiro – e chegou a dizer que preferia morrer a ficar preso no país por um longo período. De fato, a situação nas cadeias brasileiras é precária. E o déficit de vagas no Sistema Penitenciário chega a 200.000. Apesar do quadro – e do ministro ter tentado justificar a escalada da criminalidade pela situação nas prisões -, o governo federal não investe a verba disponível para o Fundo Penitenciário Nacional. É o que mostra levantamento da ONG Contas Abertas divulgado nesta quinta-feira.
Nesta quarta, Cardozo, insistiu que o sistema penitenciário nacional é "indigno". Disse, ainda, que a situação "resulta de anos de descaso" e reconheceu que tanto a União quanto os governos estaduais têm responsabilidade na questão. "O primeiro passo para solução de um problema é jamais escondê-lo debaixo do tapete", defendeu. "São tão péssimas as condições dos presídios que cumprir pena em muitos deles é mais pesado do que a própria a morte", comparou.
Apesar de o ministro reconhecer que o problema também cabe à União, levantamento revela que só 35,8% dos recursos previstos para o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) em 2012 foram reservados para futuros pagamentos - o que representa a primeira fase da execução orçamentária. Os valores efetivamente pagos representam somente 20%, ou 86,5 milhões de reais, do total. Ao todo, 435,3 milhões de reais estão orçados para o Funpen em 2012.
Fábio Rodrigues Pozzebom/Abr
José Eduardo Cardozo: reclama, mas não investe
José Eduardo Cardozo: reclama, mas não investe
A tese de Cardozo ecoou até mesmo no Supremo Tribunal Federal. Após fazer carreira como advogado do PT, o ministro Dias Toffoli provocou reação da corte ao defender abertamente e de forma exaltada que os mensaleiros condenados não sejam presos. Para levantar sua tese que ignora o Código Penal brasileiro, Toffoli evocou a declaração do ministro da Justiça. A manifestação de Toffoli ocorreu na primeira sessão da corte após a fixação de das penas aos réus petistas do núcleo político do mensalão: José Dirceu, para quem o ministro já advogou, José Genoino e Delúbio Soares. Também coincidiu com a sessão na qual a corte definiu a pena para o banqueiro José Roberto Salgado, defendido pelo mais ilustre dos advogados que atuam no mensalão, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos.
Legislação - O Fundo foi instituído pela Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, com a finalidade de proporcionar recursos e meios para financiar e apoiar as atividades e programas de modernização e aprimoramento do Sistema Penitenciário Brasileiro. Os recursos, segundo a legislação, deveriam ser aplicados na construção, reforma, ampliação e aprimoramento de estabelecimentos penais, na manutenção dos serviços penitenciários e na formação, aperfeiçoamento e especialização do serviço penitenciário.
Do montante total previsto para 2012, 84,9 milhões de reais (19,5%) estão embutidos no orçamento como “Reserva de Contingência”. Esses recursos inflam o orçamento do Funpen, mas não são utilizados, pois ficam esterilizados para auxiliar na formação do superávit primário. Além disso, existem diversas ações com execução orçamentária baixa. A construção da quinta Penitenciária Federal, que será localizada no Distrito Federal, tem dotação de 27,6 milhões de reais, mas só foram empenhados 21.000 reais. As outras quatro penitenciárias federais estão em Campo Grande (MT), Catanduvas (PR), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
Considerado não apenas o que foi autorizado para o orçamento de 2012, mas também as atuais "disponibilidades" do Funpen, o saldo hoje contabilizado chega a quase 1,4 bilhão de reais. Do total, 1,3 bilhão de reais estão alocados no Departamento Penitenciário Nacional e 39 milhões de reais na Coordenação Geral de Programação Financeira do Ministério da Fazenda.
A maior parte das disponibilidades contábeis possui como origem 3% do montante arrecadado nos concursos de prognósticos, sorteios e loterias da Caixa Econômica Federal. Cerca de 938,6 milhões de reais do montante contabilizado no Fundo são provenientes dessas fontes. Os recursos do Funpen são oriundos ainda de convênios, contratos ou acordos firmados com entidades públicas ou privadas, multas decorrentes de sentenças penais condenatórias com trânsito em julgado e 50% das custas judiciais recolhidas em favor da União Federal.
Outro lado - O déficit de vagas em penitenciárias é um dos principais focos de críticas da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desrespeito a direitos humanos no Brasil. Ao ser submetido no meio do ano à Revisão Periódica Universal, instrumento de fiscalização do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, o país recebeu a recomendação urgente de melhorar as condições das prisões e enfrentar o problema da superlotação. O Ministério da Justiça afirmou ao Contas Abertas que o governo federal pretende investir 1,1 bilhão de reais para construir 42.000 novas vagas até 2014. Em 2012, segundo a Pasta, foram entregues 3.300 vagas com recursos do Funpen.
Leia no blog de Reinaldo Azevedo:
Toffoli foi constrangedor, mas foi também patético. Sua invectiva contra a prisão — ecoando, diga-se, editorial recente da Folha; já chego lá — vem a público no momento em que o tribunal aplicou uma pena ao trio do ouro do petismo (José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino) que rende cadeia. Os dois primeiros, tudo o mais constante, terão de cumprir parte dela em regime fechado. E então os petistas se lembraram, liderados por José Eduardo Cardozo, que as prisões brasileiras são masmorras — talvez à altura, vai-se saber, dos adversários do petismo, mas pouco aptas para receber a nobreza companheira. É asqueroso!

O ministro, como não poderia deixar de ser, citou a fala do dia anterior de Cardozo, que disse que preferiria se matar a cumprir uma pena longa num presídio brasileiro — como se esse setor não estivesse sob sua responsabilidade. Vejam no post abaixo a distância que há entre o que prega aquele valente e o que ele efetivamente faz. Foi, na prática, desmoralizado por três companheiros de tribunal: Gilmar Mendes, Celso de Mello e Luiz Fux. Os dois primeiros lembraram as responsabilidades do governo federal pela situação dos presídios. O terceiro teve de trazer à memória de Toffoli que, no estado de direito, ministros do Supremo impõem penas segundo o que prescreve a lei. Coisinhas como peculato, corrupção ativa, corrupção ativa, gestão fraudulenta, evasão de divisas etc. rendem mesmo cadeia no Código Penal. Por mais criativo que seja o juiz, ele não pode impor uma pena que o legislador — deputados e senadores — não prescreveu no código legal.

Metade dos detentos federais mantém contato virtual com amigos e familiares

Justiça VEJA

Metade dos detentos federais mantém contato virtual com amigos e familiares

Objetivo da iniciativa é alimentar vínculos afetivos e facilitar ressocialização

Corredor do presídio que dá acesso à quadra de esportes, no bloco de celas
Corredor de presídio de São Paulo (Ivan Pacheco)
Metade dos presos das penitenciárias federais mantém contato virtual com parentes, cônjuges e amigos, revela levantamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Parceria entre o Depen e a Defensoria Pública da União (DPU), a iniciativa permite que os detidos nas quatro cadeias federais mantenham contato com mundo exterior, ainda que de forma virtual, com o objetivo de alimentar vínculos afetivos e facilitar a ressocialização. O projeto também serve para a realização de audiências judiciais por videoconferência, que já superam em número as audiências presenciais.
No ano passado, 232 presos de um total de 446 (52% do total, portanto) realizaram 870 contatos virtuais com 2.215 familiares. A maior parte dos contatos ocorre em Campo Grande e Porto Velho. Estão recolhidos em estabelecimentos federais de segurança máxima presos de alta periculosidade para a segurança pública.
Durante a visita virtual, o preso permanece com algemas nos tornozelos, acompanhado por um agente penitenciário — que não deve aparecer nas imagens. "O projeto da visita virtual humaniza o cumprimento da pena. O deslocamento dos presos federais para estados diversos dificulta o contato com a família", avalia o defensor público-geral federal Haman Córdova.


Parte dos cerca de 2.245 estrangeiros presos no estado de São Paulo pode começar a receber visitas virtuais dos parentes. A Secretaria da Administração Penitenciária está desenvolvendo estudos para que esses presos, a maioria recolhida na Penitenciária de Itaí, no interior do estado, possa utilizar o Skype para se comunicar com os familiares que residem em diversos países.
Segundo a secretaria, em um primeiro momento, os presos espanhóis devem experimentar o método, tendo em vista entendimentos que avançaram com o Consulado Espanhol em São Paulo. Atualmente, existem 106 espanhóis presos em São Paulo, conforme dados de junho.
Nas demais 155 unidades do sistema paulista, as visitas virtuais não foram implementadas. Segundo a assessoria da secretaria, o motivo é que em todos os fins de semana ocorrem visitas presenciais. As virtuais dos presídios federais se justificariam pela longa distância entre as unidades e o local de residência das famílias dos presos.

Motorista encontra estradas tranquilas no retorno a SP

Trânsito VEJA

Motorista encontra estradas tranquilas no retorno a SP

Previsão, contudo, é de lentidão nas vias no período da tarde

Trânsito congestionado na Rodovia Ayrton Senna sentido capital, na volta do feriado de carnaval, em São Paulo
Congestionamentos devem ocorrer no período da tarde (Nelson Antoine/Fotoarena)
O motorista que retorna a São Paulo encontra poucos pontos de lentidão nas principais rodovias paulistas no início da tarde deste domingo de Páscoa. A previsão, contudo, é que as vias apresentam tráfego carregado nas próximas horas.
No Sistema Anchieta-Imigrantes, a concessionária Ecovias informou que já implantou a Operação Subida (2x8). As rodovias têm tráfego normal, com exceção da pista Norte da Imigrantes, que tem lentidão entre os quilômetros 35 e 32. Quanto às rodovias restantes que compõem o sistema – a Padre Manoel da Nóbrega e a Cônego Domênico Rangoni –, a Ecovias informou que o tráfego está dentro da normalidade.
Nas rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto o motorista não enfrenta problemas e faz boa viagem de retorno à capital paulista, de acordo com a Ecopistas. Apenas na altura de Guarulhos, o tráfego é lento do quilômetro 23 ao 22, no sentido São Paulo. O tráfego é normal nas rodovias Dom Pedro I e Tamoios.
Dutra – Também na rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio, a concessionária Nova Dutra diz que o tráfego é normal nos dois sentidos. A exceção é nas proximidades de Nova Iguaçu, onde houve um acidente.
Nas Rodovias Castello Branco e Raposo Tavares, que ligam a capital ao oeste do estado, o tráfego também é normal nos dois sentidos na maioria dos trechos. A exceção fica com o trecho Itapevi-Itu, no sentido capital paulista, que já tem uma grande quantidade de veículos. Segundo a concessionária ViaOeste, as praças de pedágio atendem com capacidade plena nas cabines de arrecadação durante este feriado prolongado. O horário de pico deste domingo para a Castello Branco e Raposo Tavares está previsto para o período que vai das 16h às 22h.
(Com Estadão Conteúdo)

Permissão de pequenos canivetes em voos nos EUA traz de volta o fantasma de 11 de setembro

Estados Unidos    VEJA

Permissão de pequenos canivetes em voos nos EUA traz de volta o fantasma de 11 de setembro

Novas regras da agência que cuida da segurança dos transportes aéreos nos Estados Unidos começam a valer em 25 de abril

Agente da TSA espera para passar bagagens no raio-x, no aeroporto internacional de Los Angeles
Agente da TSA espera para passar bagagens no raio-x, no aeroporto internacional de Los Angeles (REUTERS/Mario Anzuoni)
Banidas desde os ataques terroristas contra as Torres Gêmeas, pequenos canivetes voltarão a ser permitidos em voos nos Estados Unidos a partir do dia 25 de abril. A decisão da Transportation Security Administration (Administração de Segurança do Transporte, em português), anunciada em 5 de março, trouxe de volta o fantasma do atentado de 11 de setembro de 2001. A preocupação não é infundada. Em 2004, a comissão responsável pela investigação disse que a melhor hipótese que explica como os sequestradores tomaram os aviões era a utilização de estiletes e alicates multifunções, itens permitidos pelo regulamento da época e que continuam vetados. .
A nova política da TSA permite facas com lâminas de até 6 centímetros de comprimento e 1,3 centímetro de largura (ver foto abaixo), desde que elas não possuam travas ou lâminas fixas nem cabos moldados. Equipamentos de esporte também serão liberados, como tacos de bilhar, bastões de esqui, tacos de golfe e bastões de beisebol menores que 61 centímetros e mais leves que 700 gramas. A proibição foi mantida para estiletes, giletes, alicates multifunções.
Reprodução TSA
Facas permitidas pela Transportation Security Administration
Facas permitidas pela Transportation Security Administration
Debate - As críticas foram muitas - e o assunto virou debate nacional. As companhias aéreas e organizações ligadas a comissários de bordo, pilotos e funcionários públicos questionaram a medida. Para eles, a TSA se preocupa com a manutenção da aeronave no ar, sem pensar na possibilidade de tripulação e passageiros serem vítimas de atos agressivos. O presidente da Associação de Comissários de Bordo do Sudoeste, Stacy K. Martin, disse que, enquanto os objetos oferecem pouco risco aos pilotos trancados em sua cabine, a decisão deixa a tripulação vulnerável a ataques. “Essa política foi formulada para facilitar a vida dos funcionários da TSA, mas não para tornar os voos mais seguros”, disse Martin. A opinião foi endossada pela Delta Airlines, que acredita que a permissão adiciona pouco valor para processo de segurança dos clientes em um voo em relação ao risco que adiciona sobre a tripulação e os passageiros.
O senador democrata Charles Schumer, de Nova York, enviou uma carga a John Pistole, chefe da TSA, dizendo que, em um ambiente confinado, qualquer objeto vira uma ameaça. “Os ataques de 11 de setembro mostraram que até uma pequena lâmina nas mãos de um terrorista pode levar ao desastre”, escreveu.

Schumer também questionou o fato de ser liberada a possibilidade de alguém portar uma pequena faca, mas não ser permitido levar uma embalagem grande de shampoo e ter de tirar os sapatos para passar pela segurança. A razão para isso, de acordo com a TSA, é o fato de existir explosivos líquidos e dispositivos não metálicos de detonação que podem ser escondidos nos sapatos. Durante uma audiência no Congresso na última semana, Pistole citou o exemplo de cartuchos de impressoras com materiais explosivos enviados do Iêmen a Chicago, em 2010.
O administrador da TSA defendeu a posição do orgão com o argumento que as mesmas críticas apareceram quando passou a ser permitido entrar nas aeronaves com agulhas de tricô, tesouras e chaves de fenda, em 2005. “Ainda não vimos um único incidente em que um passageiro foi ferido usando uma agulha de tricô ou tesouras. Pequenas facas são permitidas na Europa já há um tempo e não ficamos sabendo de nenhum incidente”, publicou no blog da agência. O antecessor do dirigente no cargo, Kip Hawley, o defendeu. “Você não pode prevenir agressões na aeronave, mas essa não é a missão da TSA. O objetivo da agência é prevenir um bem sucedido e catastrófico ataque terrorista e isso não é possível com uma pequena faca ou com um pequeno taco.”

De acordo com o site CNN, especialistas dizem que as melhorias na segurança desde os ataques, com portas reforçadas das cabines dos pilotos e passageiros mais atentos a movimentos suspeitos, fizeram com que a proibição de pequenas facas seja desnecessária. “Concordo com essa avaliação: um pequeno canivete não vai resultar em uma falha catastrófica de uma aeronave”, disse Pistole. Segundo o administrador da TSA as novas regras estão de acordo com os padrões internacionais e permitirão aos agentes “focar seus esforços em achar itens mais perigosos, como explosivos”. Para o presidente da House Homeland Security Committee, Michael McCaul, a prioridade da agência é proteger as aeronaves comerciais de ameaças e armas que possam derrubá-las.
A ameaça são as pessoas – O especialista em segurança Rafi Ron, presidente da New Age Security Solutions (Soluções de Segurança da Nova Era, em português) afirma que o foco central das preocupações com segurança deve estar nas pessoas e não nos objetos. “Risco não é mensurado por item, independente de ser uma faca ou uma arma. Ele é mensurado pela pessoa que o segura. Uma pessoa má com um canivete suíço ainda pode causar muito estrago para a tripulação e para os passageiros antes de o avião pousar”, disse.

O parto normal em extinção no Brasil

Maternidade VEJA

O parto normal em extinção no Brasil

Ministério da Saúde prepara ação para reduzir em 10% os partos cirúrgicos e alerta: há uma epidemia de cesarianas antecipadas sem necessidade no país


A fisioterapeuta carioca Cintia Porto, 42 anos, fez questão de fazer parto normal
A fisioterapeuta carioca Cintia Porto, 42 anos, fez questão de fazer parto normal - Marcelo Régua
“O acompanhamento de um parto normal é complicado, principalmente nas grandes cidades, onde a vida do médico é corrida e ele tem vários empregos. Uma cesariana leva uma ou duas horas. Um parto normal pode demorar mais de seis horas, e a remunieração feita pelos planos de saúde é muito próxima. Isso passou a ser uma comodidade”, admite Desiré Callegari, do Conselho Federal de Medicina
Desde fins do século XIX, quando a medicina conseguiu finalmente difundir as técnicas de anestesia e os procedimentos para evitar infecções, realizar os partos por meio de um procedimento cirúrgico é uma opção ao alcance das mulheres em grande parte do planeta. Descoberta quase por acidente, quando em 1500 um castrador de porcos suíço conseguiu autorização para abrir a barriga da mulher, que reclamava de fortes dores, as cesarianas progressivamente tornaram os partos mais seguros e menos sofridos, principalmente quando há risco para gestantes e bebês. No ranking da Organização Mundial de Saúde  (OMS), o Brasil aparece em segunda colocação entre os países com mais cesarianas em relação ao total de nascimentos. De 2000 a 2010, dos novos brasileiros que vieram ao mundo, 43,8% foram partos por cesariana, deixando o país atrás apenas do Chipre, que teve 50,9%.
O Ministério da Saúde passou a ver com preocupação esse índice, que ultrapassa em muito os 15% considerados adequados pela OMS. A concentração maior se dá na rede privada, que atualmente faz 80% dos partos por cesariana. Na rede pública, os partos por cirurgia são 40%. “Há uma epidemia de cesarianas no Brasil”, afirma Dário Pasche, diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), do Ministério da Saúde. Para ele, há um misto de comodismo e questões de mercado por parte dos médicos, que acabam evitando o parto normal. Estados Unidos, França e Argentina tiveram, entre os anos de 2000 a 2010,  taxas de 31,8%, 20,2% e 22,7% de cesarianas, respectivamente.
Nos próximos meses, o Ministério da Saúde vai lançar um conjunto de ações para estimular os partos normais e evitar o que chama de cesarianas desnecessárias ou antecipadas na rede pública e conveniada ao SUS – aqueles hospitais particulares onde as internações são pagas pela saúde pública. Uma resolução que aguarda a assinatura do ministro Alexandre Padilha estabelece meta de redução de 10% em cada unidade da rede pública. Outra medida nesse sentido é um edital de pesquisa internacional, cuja criação está sendo auxiliada pela Fundação Bill e Melinda Gates. O objetivo do estudo é encontrar caminhos para reduzir os casos de partos cirúrgicos desnecessários – algo que passa tanto pelas políticas de saúde pública quanto pela transformação da cultura entre as gestantes.
“A cesariana salva vidas. É uma técnica que fez a humanidade prosperar. Mas quando se abusa desse recurso, criamos um outro problema”, avalia Pasche. O risco, como explica, não está na cesariana isoladamente, mas no efeito que tem a opção em massa por esse tipo de parto. Com os agendamentos, a tendência é de se encurtar a gravidez. E o índice de nascimentos prematuros também é alto no Brasil, de 10%, quando o aceitável internacionalmente é de 3%. “A quantidade de bebês que nasce prematuramente no Brasil tem aumentado assustadoramente. Reduzir esse número é um dos maiores desafios no campo da saúde da criança”, diz Pasche.
Os primeiros dias de vida recebem, no momento, atenção especial do ministério. Entre 2000 e 2010, o país derrubou a mortalidade infantil (de idades entre 29 dias e 1 ano), indo de 26,6 para 16,2 casos por mil nascidos vivos. Mas o Brasil não teve o mesmo êxito na redução da mortalidade neonatal, que está diretamente ligada à proporção de nascimentos prematuros e de cesarianas antecipadas.
Pela OMS são considerados prematuros bebês que nascem antes de 37 semanas completas – o natural são até 42. Passou a ser usual o agendamento já a partir da 37ª semana - o que aproxima o parto da prematuridade. Responsável pelo setor de medicina fetal do Instituto Fernandes Figueira, ligado à Fiocruz e dedicado à saúde da mulher e da criança, Paulo Nassar vê na antecipação dos partos um risco para a saúde dos bebês. “A ultrassonografia tem margem de erro de uma semana. Uma mãe que agende a cesariana para a 37ª semana pode, na verdade, estar abreviando o nascimento para a 36ª”, alerta.
Nascer antes do tempo traz riscos principalmente para o sistema respiratório. Os pulmões do bebê se formam quando ocorre o estouro da bolsa, que representa o “sinal verde” do corpo para o nascimento. “Quando a mulher entra em trabalho de parto, há uma série de substâncias que amadurecem vários órgãos, principalmente o pulmão”, explica Nassar. Incapazes de respirar sozinhos, os recém-nascidos são afastados de suas mães e mantidos em UTIs neonatais. Por ano, cerca de 15 milhões de crianças no mundo são prematuras. Ou seja, mais de um a cada 10 bebês nasce antes da marca das 37 semanas – o que representa a principal causa da morte de recém-nascidos. A estimativa é de que um milhão de prematuros morram anualmente de complicações.
Mães e médicos – Dois fatores são decisivos para que as cesarianas sejam cada vez mais a forma de nascer dos brasileiros. Um deles vem das próprias gestantes. Uma pesquisa da Agência Nacional de Saúde Suplementar feita nos consultórios médicos mostrou que 70% das gestantes têm, inicialmente, vontade de dar à luz pelo parto normal. No último trimestre, só 30% se mantêm com o propósito de esperar as contrações e enfrentar o processo natural. “Alguma coisa acontece durante o pré-natal e faz com que as mulheres mudem de ideia. Temos observado também que, muitas vezes, essas indicações de cesariana são feitas no primeiro trimestre de gravidez, quando a mulher não tem nenhuma indicação para cesariana”, afirma Karla Coelho, gerente de regulação assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “A comodidade do médico não é a única explicação. Muitas mulheres querem tecnologia, querem chegar e ter o bebê sem ficar horas em trabalho de parto. E, claro, também têm medo de sentir dor”, diz.
O segundo fator vem dos médicos. “O acompanhamento de um parto normal é complicado, principalmente nas grandes cidades, onde a vida do médico é corrida e ele tem vários empregos. Uma cesariana leva uma ou duas horas. Um parto normal pode demorar mais de seis horas, e a remuneração feita pelos planos de saúde é muito próxima. Isso passou a ser uma comodidade”, admite Desiré Callegari, primeiro secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM).
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Em busca de um médico

Encontrar um médico disponível para realizar um parto normal, disposto a ser tirado de casa a qualquer hora para acompanhar o procedimento, vem se tornando algo mais difícil a cada ano. Moradora de São Paulo, Liliane Meira, de 34 anos, descobriu que estava grávida pela segunda vez há quatro anos. Percorreu dez médicos, recebeu dez respostas negativas. Parte deles alegava que Liliane tinha feito uma cesariana cinco anos antes da segunda gestação e, por isso, seria preciso usar o mesmo método no próximo parto. Outros três médicos argumentaram que a cesárea era mais segura e que trabalhavam exclusivamente com essa opção. “Falaram das probabilidades da falta de oxigenação e da fragilidade do parto normal”, relata Liliane, que já tinha passado por uma cesárea de gêmeos complicada, com inflamação e abertura dos pontos. Pela internet, Liliane encontrou uma equipe de médicos que fazia o que é chamado de parto humanizado – uma maneira de dar à luz com a menor intervenção médica possível, mas que leva em conta os recursos disponíveis em uma unidade hospitalar. “No dia em que a bolsa estourou, fiquei 20 horas no hospital em trabalho de parto para ter meu bebê da maneira mais natural possível, sem anestesias e intervenções que acelerassem o processo de contração”, conta Liliane. A experiência a empurrou para uma nova carreira: a de doula – profissional encarregada de acalmar a gestante, fazer massagens e orientar a respiração durante o trabalho de parto.

Roo Panes, a nova estrela da Burberry

Música VEJA

Roo Panes, a nova estrela da Burberry

O músico inglês novato foi escolhido pela grife inglesa, que já revelou talentos do cinema, da moda e da música, para representá-la neste ano


O músico inglês Roo Panes é a nova aposta musical da Burberry
O músico inglês Roo Panes é a nova aposta musical da Burberry - Divulgação
Cabelos desgrenhados, barba por fazer e camisa milimetricamente aberta o suficiente para ser cool, mas sem mostrar demais. Assim é o visual de Roo Panes, 24 anos, músico inglês de folk contratado para ser o novo rosto da marca de luxo Burberry no mundo. O posto é cobiçado. A grife, famosa por seus impecáveis trench coats (casacos compridos de chuva), é conhecida também por apadrinhar artistas em início de carreira que acabam estourando depois. Só para citar alguns exemplos recentes de gente que estrelou campanhas da marca: a atriz Emma Watson (de Harry Potter), a modelo Rosie Huntington-Whiteley (uma das “angels” da Victoria’s Secret) e o ator Eddie Redmayne (de Sete Dias Com Marylin e Os Miseráveis).
O músico diz ter conquistado os diretores da Burberry enviando um e-mail com algumas fotos suas e elogiando um vídeo feito pela marca com outro artista, Johnny Flynn, de quem ele é fã. “Mas nunca pensei que eles fossem querer algo comigo. Eu sou baixinho, tenho 1,77m, e quando eles me chamaram para uma reunião, eu tinha acabado de voltar de uma turnê em Edimburgo, na Escócia. Estava até com os cabelos despenteados. Mas eles gostaram. Acharam ‘cool’”, conta Panes. E “cool”, certamente, ele é.

Roo é o apelido “fofo” que Panes, cujo nome verdadeiro é Andrew, ganhou quando ele ainda era criança. “Eu joguei um graveto dentro de um rio e caí junto com ele, exatamente igual ao personagem Guru faz em Ursinho Puff”, diz o músico, que cresceu na cidade de Dorset, no interior da Inglaterra, se referindo ao canguru do desenho animado, cujo nome na versão original, em inglês, é Roo. O apelido pegou, e o rapaz decidiu usá-lo quando se mudou para Londres (a 200km de sua cidade natal), cerca de dois anos atrás, para tentar a sorte na música.
“Sempre gostei de música, mas não sabia muito que caminho queria seguir. Aos 13 anos, comecei a tocar violão e compor minhas próprias músicas, mas meu estilo mudou muito desde então”, diz Panes, que cresceu ouvindo os discos de Bob Dylan de seu pai, os concertos da avó, que era pianista, e aprendeu a cantar na igreja. A paisagem bucólica litorânea de Dorset também foi parte do processo, segundo ele. “É uma paisagem muito propícia para pensar na vida”. O resultado são músicas delicadas, dedilhadas no violão, levemente orquestradas, e com letras românticas, que lembram o artista Bon Iver, vencedor do Grammy de artista revelação no ano passado. “Eu tirarei o peso do mundo dos seus ombros, garota”, canta ele em Weight of Your World, faixa que dá título ao seu último EP, lançado em dezembro – o disco, ainda sem título, deve vir em algum momento desse ano.
E, quando vier, tudo indica que Panes será um nome em ascensão na música. O lado bom de estar vinculado a uma marca grande é um “upgrade” instantâneo na carreira – o dele foi passar a ser agenciado por Raye Cosbert, ex-empresário de Amy Winehouse que levou a cantora à fama mundial. Quem sabe isso não aconteça com ele?
Olheiros – A julgar pelo empurrão que vários artistas ganharam após virarem garotos-propaganda da Burberry, a marca certamente tem um bom olho para achar novos talentos. Periodicamente, a grife escolhe um casal para ser o rosto da campanha. Panes faz par com a modelo e também novata Gabriella Wilde. Antes deles, foram Eddie Redmayne e Cara Delevingne – ele anda em alta no cinema, após estrelar os longas Sete Dias Com Marylin, ao lado de Michelle Williams, e Os Miseráveis, no qual fez par romântico com Amanda Seyfried. Já Cara, 20 anos, é hoje uma das modelos mais bem cotadas da indústria fashion, em 17º lugar no site models.com.
A marca também ajudou a mudar o rumo da carreira da atriz Emma Watson, que ficou famosa como a bruxinha Hermione nos filmes da franquia Harry Potter. Após estrelar uma campanha da grife, em 2010, então aos 20 anos, Emma se desvencilhou da imagem de garota: cortou os cabelos bem curtinhos para evitar o estigma dos cabelos longos da série infanto-juvenil, e passou a se vestir de forma mais “mulherão”. E, recentemente, vários músicos também se beneficiaram da parceria com a grife, entre eles, estão dois dos principais novos artistas do ano no Reino Unido: Jake Bugg (cujo disco de estreia, que leva seu nome, ficou entre os melhores de 2012 em listas do jornal The Guardian e a revista NME) e Tom Odell (que lança seu primeiro álbum neste ano; leia mais abaixo). Se tudo correr como planejado, no ano que vem será Panes.

Lista põe 3 exposições no Brasil entre as mais vistas do mundo em 2012

Atualizado: 29/03/2013 09:20 | Por BBC, BBC Brasil

Lista põe 3 exposições no Brasil entre as mais vistas do mundo em 2012





"Pirâmide do Louvre (AP)"
O Brasil teve três exposiçõe entre as mais vistas em todo o mundo no ano passado, segundo um ranking publicado pela revista especializada The Art Newspaper.
De acordo com a publicação, a segunda mostra mais vista em 2012 em foi Amazônia: Ciclos de Modernidade, exibida no Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro, entre maio e junho, que recebeu uma média de 7.928 visitantes diários.
A mostra brasileira ficou atrás apenas de Antigos Mestres Holandeses, a exposição mais popular do ano, que percorrerá diversos países, mas que foi inaugurada no Museu de Arte Metropolitana de Tóquio, com uma média de público diária de 10.573 pessoas.
O Brasil contou com outras duas exposições entre as 20 mais vistas do ano, segundo a lista. Antony Gormley: Corpos Presentes, na sétima posição, também exibida no CCBB carioca, entre agosto e setembro de 2012, foi vista por uma média de 6.909 visitantes/dia.
Lista põe 3 exposições no Brasil entre as mais vistas do mundo em 2012A 17ª mostra mais visitada também foi brasileira e, assim como as outras duas na lista, exibida no Centro Cultural Banco do Brasil, desta vez no de São Paulo: Impressionismo: Paris e a Modernidade, exibida entre agosto e outubro do ano passado, foi presitigiada por cerca de 5.660 pessoas por dia.
'O apetite dos brasileiros pelas exposições é extraordinário', diz reportagem da The Art Newspaper.
Brics e Louvre
Os demais países que compõem com o Brasil o bloco Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) também ocuparam algumas das primeiras posições na lista do The Art Newspaper.
A terceira exposição mais vista foi apresentada no Hermitage, de São Petersburgo, na Rússia. A China contou com duas exposições entre as 20 mais visitadas, na 14ª e na 16ª posições.
Curiosamente, as exibições que lideram o ranking não constam dos museus mundiais mais visitados em 2012. O museu internacional que mais recebeu visitantes em 2012 foi o parisiense Louvre, com um total de público de mais de 9,7 milhões de pessoas.
Desde que a Art Newspaper começou a divulgar a lista, em 2007, o Louvre comanda o ranking de museus mais visitados. O número de visitantes do museu teria sido impulsionado, recentemente, pela sua nova ala de arte islâmica.
Em segundo, ficou o Metropolitan, de Nova York, com mais de 6,1 milhões de visitantes, seguido do British Museum, em Londres, que teve um público superior a 5,7 milhões.
'Ordem mundial'
Segundo o editor de arte da BBC, Will Gompertz, há alguns anos o ranking de mostras mais visitadas era inteiramente dominado por exposições sediadas em instituições da Europa e dos Estados Unidos.
A novidade, afirma ele, ''é um reflexo das mudaças na ordem mundial, com o Brasil e a China aparecendo na relação das 20 mais visitadas''.
''Em breve, o Louvre e o Guggenheim abrirão filiais em Abu Dhabi; o México tem planos ambiciosos e a Índia vem se tornando uma potência emergente na cena de museus. Nos próximos anos, a relação de potências globais do circuito de exposições deverá mudar ainda mais'', comenta Gompertz.
Essa mudança, afirma ele, poderá se dar por meio de ''países que resolvam construir e/ou modernizar seus museus ou, cada vez mais, por corporações com um talento tanto para farejar arte como para promover suas próprias marcas''.
Esse, comenta, ''é o caso do CCBB, que está por trás de recentes exibições de sucesso na América do Sul, e empresa Samsung, que construiu um impressionante complexo de museus em Seul (Coreia do Sul)''.
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Hollywood quer criar dublês virtuais de atores

Atualizado: 30/03/2013 07:37 | Por BBC, BBC Brasil

Hollywood quer criar dublês virtuais de atores




Hollywood quer criar dublês virtuais de atores
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Animações em 3D podem provocar grandes mudanças no modo de trabalho dos estúdios de Hollywood, graças à criação de versões digitais dos atores que vemos na tela - especialmente para fazer o papel de dublês em cenas de ação.
Para acertar nos detalhes faciais, os animadores precisam de centenas de fotos do rosto original, por diferentes ângulos, mas todas tiradas exatamente no mesmo momento.
Um palco de luz, com quase 7 mil lâmpadas LED, tem sete câmeras que fotografam o rosto do ator sob diversas luzes e com variadas expressões faciais.
Os animadores levam essas expressões a um computador e as combinam para criar um mapa digital facial, que serve de base para o modelo 3D.
Apesar de essa tecnologia ser focada no cinema, ela também tem espaço na nossa casa. Por exemplo, nos jogos de videogame, que em breve podem ter versões digitais de nós mesmos.
Essa tecnologia futurista também está nos conectando ao nosso passado. O palco de luz está sendo usado para coletar depoimentos de sobreviventes do Holocausto. O objetivo é criar um modelo holográfico interativo que possa ser levado a diferentes escolas e até mesmo responder às perguntas dos alunos.
Esses hologramas ainda não existem, mas estão sendo elaborados por pesquisadores.
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sábado, 30 de março de 2013

Pesquisadores criam formigas-robô que reproduzem comportamento de colônias

Tecnologia    VEJA

Pesquisadores criam formigas-robô que reproduzem comportamento de colônias

Os micro-robôs se deslocaram por um labirinto utilizando os mesmos mecanismos de orientações dos insetos

Alice
As formigas robóticas Alice: micro-robôs em forma de cubo de aproximadamente 21 milímetros (Divulgação)
Pesquisadores conseguiram reproduzir o comportamento de uma colônia de formigas utilizando robôs em miniatura em forma de cubos com cerca de 2 centímetros, batizados de Alice. O estudo, publicado no periódico PLoS Computational Biology, procurava entender como as formigas se orientam nos diversos túneis criados por elas, que formam verdadeiros labirintos que ligam o ninho até as fontes de alimento.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Do Ants Need to Estimate the Geometrical Properties of Trail Bifurcations to Find an Efficient Route? A Swarm Robotics Test Bed

Onde foi divulgada: periódico Plos Computational Biology

Quem fez: Simon Garnier, Maud Combe, Christian Jost e Guy Theraulaz

Instituição: Universidade Paul Sabatier, na França

Resultado: Os robôs reproduziram a forma que as formigas se deslocam por seus túneis, se guiando por trilhas deixadas por outros robôs (que, no caso das formigas, são feromônios) e escolhendo o caminho mais curto em bifurcações.

Saiba mais

Como funciona a orientação pelos feromônios
Se existe, por exemplo, um caminho A, mais curto, e um caminho B, mais longo, ligando o ponto de partida até o alimento, as formigas que seguirem pelo caminho A vão conseguir ir e voltar mais rapidamente. Isso significa que a quantidade de feromônios acumulados nesse trajeto será maior do que no outro caminho, mais longo. Com isso, mais formigas vão escolher o caminho A, e vão progressivamente deixar mais feromônios nele, até que o caminho mais longo seja abandonado.
Os insetos utilizados como referência foram as formigas argentinas (Linepithema humile), que se guiam na natureza por trilhas de feromônios (substância química que permite o reconhecimento de animais da mesma espécie) deixadas por outros indivíduos. Esse comportamento foi reproduzido nos robôs por meio de uma trilha de luz emitida por eles e captada pelos outros “Alices” por meio de dois sensores de luz que mimetizam as antenas das formigas.
No início do experimento, como não havia nenhuma trilha de luz no labirinto criado para reproduzir os túneis das formigas, os robôs tendiam a escolher, a cada bifurcação, os caminhos que os desviavam menos da trajetória inicial. Mas ao detectar uma trilha de luz, eles passavam a segui-la. O mesmo é observado nas formigas: elas tendem a escolher, em bifurcações, o caminho que se desvia menos de onde elas estão vindo, por ser a opção que requer um esforço menor. Porém, quando há feromônios, elas passam a seguir a direção na qual a presença dessa substância é mais intensa.
“Em resumo, de um lado está o feromônio, que permite que as formigas escolham um caminho — frequentemente o mais curto —, e do outro lado está a geometria assimétrica das bifurcações, que reduz as chances de que as formigas escolham o caminho errado e se percam. A combinação dos dois fatores aumenta a habilidade da colônia de selecionar o caminho correto mesmo em ambientes complexos”, disse Bem Hinnant, um dos autores do estudo, ao site de VEJA.
Dessa forma, os pesquisadores descobriram que os robôs não precisavam estar programados para calcular a geometria das bifurcações, e conseguir, assim, se deslocar pelo labirinto numa reprodução do comportamento dos insetos. As formigas argentinas têm visão ruim e se movem rápido demais para poder fazer cálculos sobre suas decisões de caminhos. O fato de os robôs, que não foram programados para realizar cálculos, terem se comportado da mesma forma que as formigas mostra que um processo cognitivo complexo não é necessário para que os membros das colônias se movam de forma eficiente em seus complexos labirintos.
 

Cientistas exploram fundo do mar sul-africano em busca de peixe mítico

Exploração marítima

Cientistas exploram fundo do mar sul-africano em busca de peixe mítico

Equipe de mergulhadores fará buscas diárias às grutas de Jesser Canyon, localizadas na baía de Sodwana, no Oceano Índico sul-africano

Celacanto capturado por pescadores na costa do Quênia em abril de 2001
Celacanto capturado por pescadores na costa do Quênia em abril de 2001 (Simon Maina/AFP)
Uma equipe de mergulhadores e cientistas franceses e sul-africanos vai lançar, nas próximas semanas, uma expedição na África do Sul em busca do celacanto, peixe mítico das grandes profundezas considerado desaparecido há muito tempo. A expedição Gombessa, como o celacanto é chamado localmente, está prevista para se estender de 5 de abril a 15 de maio, informou nesta sexta-feira o Museu Nacional de História Natural (MNHN) de Paris.
A empreitada reunirá em torno do mergulhador e naturalista francês Laurent Ballesta uma equipe de mergulhadores especialmente treinados para alcançar grandes profundidades, cientistas do Instituto Sul-africano para a Biodiversidade Aquática (SAIAB) e seis cientistas do MNHN e do Centro Nacional de Pesquisas Científicas francês (CNRS). Um gigante pacífico com 2 metros de comprimento, o celacanto foi reencontrado em 1938, na costa leste da África do Sul. "Nós acreditávamos que ele tivesse desaparecido há 70 milhões de anos. O achado é considerado a grande descoberta zoológica do século XX", afirmou o museu em comunicado.
O celacanto "traz em si os traços da mudança dos peixes para os primeiros vertebrados terrestres de quatro patas": esboços de membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria o vestígio de um pulmão primitivo. Ele é, segundo o museu, "a testemunha viva e inesperada da saída das águas há 370 milhões de anos". Entretanto, muito pouco se sabe hoje sobre o modo de vida deste animal raro que vivia a mais de 100 metros de profundidade, e do qual poucas observações diretas puderam ser feitas.
Para chegar até o peixe, Laurent Ballesta e sua equipe de mergulhadores deverão, diariamente, retornar às grutas de Jesser Canyon, na baía de Sodwana (Oceano Índico), a 120 metros de profundidade. Assim que tiverem feito contato com o animal, eles colocarão em andamento os protocolos científicos concebidos pela equipe de cientistas do MNHN e do CNRS, chefiada pelo paleontólogo Gael Clément, e os biólogos sul-africanos Kerry Sink e Angus Paterson. A expedição pode ser acompanhada pelo site www.coelacanthe-projet-gombessa.com.
(Com agência France-Presse)

Governo chinês abre guerra contra a Apple

Consumo

Governo chinês abre guerra contra a Apple 

Pequim ameaça ação regulatória se empresa não melhorar seu pós-venda no país

Criança na China utiliza o iPad
Criança na China utiliza o iPad (Andy Wong/AP)
O governo chinês intensificou uma campanha pública contra a Apple: os chineses chamaram a empresa americana de "desonesta", "gananciosa" e "incomparavelmente arrogante". Pequim ameaçou com uma ação regulatória caso a companhia não melhore seus serviços de pós-venda no país.
Leia também:

Segundo anúncio da Administração Estatal para Indústria e Comércio, realizado nesta quinta-feira na rádio nacional, a Apple sofrerá severas consequências, asseguradas por leis e regulamentações, se não alterar, por exemplo, a política de garantia de seus produtos.
A ação, de acordo com o governo chinês, é uma resposta às reclamações dos consumidores. Segundo uma reportagem veiculada na emissora estatal de televisão China Central, a Apple trata seus clientes de forma inadequada e com indiferença. Um dos descasos é a dificuldade que os consumidores do país têm encontrado para trocar os dispositivos com defeitos.
Para analistas, a estratégia do governo é comprometer a atuação da Apple no país. Atualmente, a China é o segundo maior mercado da Apple depois dos Estados Unidos. Tim Cook prevê que os asiáticos vão superar os americanos em volume de vendas. Essa é a razão pela qual especialistas chineses acreditam que a campanha é uma manobra estatal para beneficiar marcas locais de inovação, como a Lenovo, a Huawei e a ZTE.

Filme


Ataque sofrido pela web foi robusto, mas localizado

Internet

Ataque sofrido pela web foi robusto, mas localizado

Apesar de ter utilizado um tráfego gigantesco, com picos de 300 gigabytes por segundo, o episódio afetou apenas alguns países. O Brasil escapou

Rafael Sbarai
Hacker em um teclado luminoso
(Thinkstock)
Um conflito digital entre o grupo inglês Spamhaus, organização sem fins lucrativos que combate o spam na internet, e a companhia holandesa Cyberbunker, especializada na hospedagem de serviços on-line, estremeceu o mundo digital nas últimas semanas. De acordo com informações publicadas na rede britânica BBC desta quarta-feira, um conflito entre as partes provocou uma operação na rede conhecida como ataque de negação de serviço (DDoS) – conhecida por causar o engarrafamento de dados na rede – provocando lentidão no acesso à internet por milhões de usuários ao redor do planeta. A história, contudo, não teve esse desfecho. A operação em destaque foi vigorosa - a maior já registrada na história da rede -, mas restrita a alguns países. Brasileiros conectados, por exemplo, não foram afetados.


Segundo informações da rede britânica, a organização Spamhaus sofreu uma série de ataques crackers entre os dias 18 e 26 de março depois de adicionar os serviços da Cyberbunker a uma lista de bloqueio de spam, alegando que a companhia holandesa e seus clientes eram uma fonte de mensagens indesejadas e infectadas por vírus. Assim, os usuários não conseguiriam mais acessar sites hospedados no serviço.

A Cyberbunker, por sua vez, emitiu um comunicado oficial acusando a organização de abuso de poder por decidir quais dados poderiam ou não trafegar pela internet. Horas depois, foi iniciado um ataque para derrubar o Spamhaus ação que, segundo o grupo inglês, foi coordenada pelo o próprio Cyberbunker, com a ajuda de crackers. O objetivo era liberar serviços on-line indesejados que usem a internet para distribuir vírus aos usuários de internet.

De acordo com relatório divulgado pela CloudFare, empresa de proteção contra esses ataques – e contratada nos últimos dias pela própria Spamhouse para proteger as operações on-line da companhia –, o ataque apresentou um volume médio de tráfego de 75 gibabits por segundo (Gpbs) e atingiu um pico de 300 Gbps por segundo – em média esses ataques chegam a 50 Gbps por segundo. “Publicamente, é algo sem precedentes na história da internet”, explica Fabio Assolini, analista sênior de malware da Kaspersky Brasil, empresa que atua no desenvolvimento de soluções de segurança e de administração contra ameaças. “O volume corresponde a mais de 300.000 vezes uma conexão de 10 mbps, comum em residências e empresas”, garante.

Apesar da escala grandiosa do ataque, o problema não foi global – e não fez a internet parar. Segundo o CloudFare, apenas uma das mais de dez empresas que fazem parte do Tier 1 – companhias que mantém de fato a internet em funcionamento, como Telefonica, AT&T e Verizon – sofreram problemas de rede. “Esse fato já nos mostra que o problema foi localizado e não global”, explica Assolini. Relatório de monitoramento divulgado nesta semana pela Akamai, empresa americana que presta serviços de infraestrutura web, mostra que Reino Unido, Holanda, Alemanha e Estados Unidos foram os países mais afetados.

Aos usuários – maiores prejudicados nesses conflitos virtuais – há recomendações. “Eles devem se certificar a atualização dos sistemas operacionais de computadores e apresentar um serviço de antivírus para que a máquina não seja usada para esses ataques”, explica Satnam Narang, pesquisador da comunidade de segurança da Norton. "Além disso, evite clicar em links de e-mail com fontes desconhecidas", finaliza.