segunda-feira, 15 de abril de 2013
A Guerra Fria na América Latina
Na verdade, no chamado Terceiro Mundo era a América Latina o principal foco de atenção das superpotências. Esse interesse, natural por causa da proximidade geográfica dos Estados Unidos, aumentou bastante a partir de 1959, quando Fidel Castro chegou ao poder em Cuba. A partir desse momento, não demorou para que as superpotências se preocupassem com o Brasil, o maior país da América Latina.
NIKS'
- Resistência à ditadura militar marca arte nos anos...
- Ditadura chilena
- O inicio do processo de redemocratização do Brasil...
- O Estado Novo (1937-1945)
- Populismo
- O Populismo na América Latina
O golpe militar no Brasil, em março de 64, atendia à estratégia
política dos Estados Unidos para a América Latina. A Casa Branca tinha
medo que de a revolução cubana, que resultou num regime socialista, se
espalhasse pelas Américas. Por causa disso, passou a patrocinar
ditaduras em toda a América Latina.
No Brasil, o quadro político e econômico favorecia os conspiradores.
O presidente João Goulart era apontado como simpatizante do socialismo e
a economia do país estava em crise, com índices elevados de inflação.
Nos anos que se seguiram ao golpe de 64, o regime militar tornou-se mais
forte e repressivo. O Ato Institucional número 5, de 1968, restringiu
as liberdades democráticas e deu ao regime poderes quase irrestritos
para governar, prender, torturar e eliminar adversários.
A ditadura militar, conseqüência direta da Guerra Fria, teve um
nítido impacto negativo na vida cultural. Durante duas décadas, o
governo censurou a imprensa, a literatura e as artes de um modo geral.
Experiências inovadoras, como o Tropicalismo, e o talento de artistas
como Chico Buarque, Geraldo Vandré e Augusto Boal, entre muitos outros,
foram sufocados pela censura imposta pelo regime.
Nos anos 80, ganharam força os movimentos pela democratização no
Brasil, com o movimento pelas Diretas-Já, e em outros países
sul-americanos, como o Paraguai, o Chile, o Uruguai e a Argentina. No
Brasil, o grande marco da volta à democracia foi o restabelecimento da
eleição direta para presidente da República, em 1989.
E também nos anos 80 começava a se configurar o quadro político
internacional que viria a culminar no fim da Guerra Fria, simbolizado
pela queda do Muro de Berlim, em 89. O fim do muro foi resultado do
intenso processo de reformas na União Soviética, iniciado em 85 pelo
dirigente Mikhail Gorbatchev.
Resistência à ditadura militar marca arte nos anos 60 e 70
Artistas de Recife e Olinda formaram pólos em defesa da produção artística local, como o Grupo da Ribeira
A sobrevivência da arte em tempos difíceis. O quinto fascículo da
Coleção Pernambuco Imortal Cultura - e o segundo de artes plásticas, que o Jornal do Commercio
encarta amanhã, lembra como o olhar contemporâneo da arte foi se
firmando pouco a pouco. O eixo Recife-Olinda é o ponto forte do período
que abrange as décadas de 50 a 70. Com a implantação do regime militar
no País, os artistas transformariam os ateliês em verdadeiros focos de
resistência da expressão do belo. No lugar de armas, pincéis e, em vez
de faixas e cartazes, telas que expressavam o sentimento comum na época.Revelando como o centro de produção das artes plásticas se consolidou entre as duas cidades e o crescimento do número de galerias e/ou espaços de ensino da arte, o fascículo dá um exemplo de como esses acontecimentos contribuíram para que se criasse um espírito crítico que preparasse terreno para encarar as artes plásticas em nosso Estado de forma muito mais séria.
A resistência de alguns artistas, conhecidos por formarem o Grupo da Ribeira, que transformariam compartimentos do Mercado da Ribeira em ateliês, ilustra bem essa passagem. Entre eles, Adão Pinheiro e João Câmara. “Aos poucos, esses artistas foram criando grupos, discutindo arte e não deixando que o trabalho de resistência e expressão morresse. Surgiram vários em Olinda, como o Ateliê 154 e, posteriormente, o Ateliê Coletivo de Olinda”, lembra a professora de História da Arte da UFPE, Marilene Almeida, que ajudou a pesquisar o material, apoiado pelo Governo do Estado.
Foram quatro meses de estudos sobre uma época bastante conturbada que preparou as duas cidades (Recife e Olinda) no campo artístico e chegou a colocá-las entre os maiores pólos de arte contemporânea do Brasil. “O mais difícil foi sintetizar as informações e não adquiri-las. Encontramos muitos fatos interessantes e o assunto era empolgante. Fomos peneirando e tivemos que orientá-los de forma didática”, explica o artista plástico e pesquisador Raul Córdula. O fascículo, além de explorar os primeiros movimentos de vanguarda no Nordeste, acontecidos no Estado, prepara o leitor para a Arte Contemporânea, tema do próximo número.
Jardim Cultural banca o seu próprio sucesso
Festival realizado com o apoio da iniciativa privada reuniu em média
40 mil pessoas por noite para ver nomes como Leonardo e Cidade Negra
JOSÉ TELESEnviado especial
BELO JARDIM – Uma média de 40 mil pessoas têm comparecido ao projeto Jardim Cultural, que se realiza pelo segundo ano em Belo Jardim, a 187 km do Recife. Na primeira noite do evento, quinta-feira, o público chegou a 50 mil pessoas, para assistir ao show do sertanejo Leonardo, com abertura de Flávio José e bandas locais.
Na sexta-feira, o Cascabulho antecipou as músicas do disco que está preparando, com o show Caco de Vidro Puro. Foi uma prova de fogo para a banda, já que as novas canções eram desconhecidas do público. Agora com um som mais encorpado, ao qual foram acrescentados toques de candomblé, a cargo de Guga Santos, pífanos e flautas. Kleber Magrão, que assumiu os vocais, intercalava as composições inéditas com clássicos de Jackson do Pandeiro (17 na corrente, de Edgar Ferreira), roda de coco e versões para Feira de Santana, de Tom Zé. O show foi dedicado ao patrono do grupo Jackson do Pandeiro, que completaria naquele dia 82 anos.
Embora um pouco prejudicado, por o som de palco às vezes embolar, os graves abafando os outros instrumentos, o Cascabulho mostrou que está no caminho certo e conseguiu dominar a platéia, já bem numerosa quando entrou no palco, às 22 horas.
Quando o cidade Negra foi anunciado pelo hiperativo Otto, era quase uma da manhã. A temperatura não ia além dos 15 graus, mas o público não arredava pé. Toni Garrido e sua turma esmeraram-se em mostrar os sucessos da banda, com direito a Onde ela mora (Carlinhos Brown/Herbert Vianna) em tratamento acústico. Estrela, Garrido, logo no início do show, mandou um segurança ao camarote, onde o câmera da TV Guararapes fazia tomadas da apresentação para exigir que a filmagem fossem interrompida.
A noitada da sexta-feira acabou em forró com a banda Brasas do Forró botando o pessoal para forrozar até o dia amanhecer. O festival Jardim Cultura não se limita à parte musical. Há espaço para o circo, cinema fotografia, artesanato, teatro e dança.
GRANA – Milton Santana, coordenador do festival ressalta que o projeto é realizado sem recursos do Governo do Estado. Os custos, estimados em R$ 1,2 milhão é bancado por grandes empresas, entre as quais Petrobras, TIM, Peixe, Bompreço, entre outras: “As cidades do Agreste Central ficam bem próximas, então um evento desses atrai pessoas de Caruaru, Pesqueira, Garanhuns, e traz divisas para Belo Jardim. Não quero arriscar número, mas se levando em conta de que 40 mil pessoas comparecem por dia ao festival e que cada uma dessas pessoas consomem um mínimo de cinco reais, já dá para movimentar uma quantia considerável para a cidade”.
Não apenas isso. O Jardim Cultural começa a colocar Belo Jardim no circuito dos festivais, uma prova era que os seis hotéis locais não aceitavam reservas a partir desde o primeiro dia do festival. No sábado, as atrações foram bandas locais, Alcymar Monteiro, Lampiões e Maria Bonita, Otto (que apresentará músicas do seu novo disco, com lançamento previsto para outubro) e Elba Ramalho.
Ditadura chilena
A ditadura de Pinochet e o assassinato de Allende: capítulos trágicos da história chilena.
Passados os conflitos da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o
Chile viveu um período de expressivo desenvolvimento econômico calcado
na exportação de minérios e o desenvolvimento do parque industrial. Em
meio a esse processo de modernização econômica, diversas empresas
estrangeiras aproveitaram do bom momento do país para lucrar com a
exploração de suas riquezas. Entre outros interessados, destacamos o
papel exercido pelos Estados Unidos no interior da economia daquele
país.Chegada a década de 1960, a vida política do Chile se agitava com a consolidação de partidos políticos que discutiam os projetos que resolveriam as mazelas sociais que atingiam boa parte da população. Em linhas gerais, os movimentos de mudança se dividiam entre aqueles que apoiavam uma revolução aos moldes da experiência cubana e aqueles que defendiam a utilização das vias democrático-partidárias e das reformas políticas como instrumento de transformação.
Nesse mesmo período, o governo de Eduardo Frei chegou à presidência do Chile com um frágil conjunto de reformas que não alcançou os objetivos esperados. Dessa maneira, comunistas e socialistas se mobilizaram em torno da Unidade Popular, partido que acabou elegendo o presidente Salvador Allende. Após décadas de luta e mobilização, os setores de esquerda conseguiram se organizar e eleger uma figura comprometida com as lutas populares da nação.
Entre suas primeiras medidas no poder, Allende preferiu seguir uma política independente em relação aos Estados Unidos e defendeu a nacionalização das empresas norte-americanas que se encontravam no país. Imediatamente, setores políticos conservadores e as próprias autoridades estadunidenses passaram a ver com receio as propostas do novo presidente. Além disso, o governo de Allende teve que enfrentar uma crise do cobre no mercado internacional, que, na época, representava uma boa parcela da economia chilena.
A diminuição dos preços do cobre acarretou em uma elevação no preço dos alimentos mediante a forte dependência da economia chilena em relação a seus recursos minerais. Aproveitando da situação desfavorável, os EUA e os conservadores chilenos instigaram a organização de manifestações contrárias ao governo Salvador Allende. Em pouco tempo, um grupo de militares golpistas se formou com o objetivo de dar fim ao domínio dos socialistas.
Em setembro de 1973, as Forças Armadas do Chile – com expressivo apoio dos Estados Unidos – organizaram um golpe que pretendiam depor o presidente Salvador Allende. Resistindo até o ultimo momento, o presidente preferiu atentar contra a própria vida quando o grupo de militares promoveu a invasão do Palácio La Moneda. Com a morte do presidente Allende, uma junta militar liderada por Augusto Pinochet estabeleceu uma rígida ditadura militar dentro do Chile.
Seu governo ficou marcado como um dos mais violentos regimes ditatoriais latino-americanos. Dados indicam que cerda de 60 mil pessoas foram mortas ou desapareceram, e 200 mil abandonaram o país durante o período em que Pinochet esteve no poder. Apenas no final da década de 1980, as pressões políticas internacionais e internas passaram a desestabilizar a ditadura chilena. Em 1988, um plebiscito previsto na Constituição negou a renovação do mandato de Pinochet.
No ano seguinte, novas eleições presidenciais colocaram Patrício Aylwin Azocar, da frente política oposicionista, popularmente conhecida como “Concentración”, no poder. A partir de então, o Chile viveu um processo de redemocratização marcado pela denúncia e punição dos militares envolvidos com crimes políticos. Entretanto, Pinochet continuava no poder como chefe do Exército, cargo deixado em 1998 quando o mesmo assumiu o posto de senador vitalício.
Naquele mesmo ano, em uma missão diplomática na Inglaterra, Augusto Pinochet teve sua prisão decretada pelo juiz espanhol Baltasar Garzón. O pedido foi acatado pelas autoridades britânicas, mas, quinze meses depois, a prisão do ex-ditador conseguiu ser burlada com um pedido de licença médica. Voltando ao Chile, um forte movimento se organizou em favor do julgamento dos crimes políticos atribuídos ao antigo representante da ditadura chilena.
No ano de 2002, as autoridades judiciais chilenas decidiram arquivar o processo contra Pinochet, alegando o avançado estado de suas debilidades físicas. Pouco tempo depois, o ex-general de 86 anos de idade renunciou a seu cargo saindo finalmente da vida pública. Em 2004, novas denúncias indicavam a existência de contas secretas multimilionárias onde o ex-ditador acumulava os recursos provenientes das nações que apoiaram o golpe e outras transações ilegais. No final de 2006, Pinochet faleceu sem nunca ser efetivamente condenado pelos crimes que cometeu.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
O inicio do processo de redemocratização do Brasil após a Ditadura Militar: o nascimento de uma nova geração de direitos, vinte anos de Constituição Cidadã
Final dos anos oitenta, mas precisamente o ano era o de 1988. Ainda sentido a presença do fantasma, ainda não exorcizado, dos vinte anos de Ditadura Militar, os brasileiros passam a viver sob a égide da Constituição da Republica Federativa do Brasil, promulgada na Câmara dos Deputados, em Brasília pelo Presidente da Assembléia Nacional Constituinte o Deputado Ulisses Guimarães, em 5 de outubro de 1988.
Para ambientarmos dentro desse tema, necessário faz-se, relembrar um pouco da história política recente de nosso País.
O Brasil, vivia desde 1964 sob o regime de ditadura militar, e após 1967 o Brasil foi assolado por atos institucionais que diminuam as liberdades individuais e as garantias fundamentais em nome da segurança nacional.
Afastada à oposição, do Congresso Nacional e sobre pressão militar foi elaborada uma carta constitucional que legalizou a ditadura no período de (1964 – 1985).
Dante de Oliveira, eleito deputado federal em 1982 pelo PMDB, apresenta o projeto de emenda constitucional que estabelecia eleições diretas. No dia 2 de março de 1983 finalmente apresentaram a Proposta de Emenda Constitucional n° 5.
Em 25 de abril de 1984, sob grande expectativa dos brasileiros, a emenda das eleições diretas foi votada. Devido a uma manobra de políticos contra a redemocratização do país, não compareceram 112 deputados ao plenário da Câmara dos Deputados no dia da votação. A emenda foi rejeitada por não alcançar o número mínimo de votos para a sua aprovação.
A mobilização popular, no entanto, força uma transição para a democracia, Tancredo Neves é eleito presidente da República pelo Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985. Tancredo adoece, não chega a tomar posse e morre em 21 de abril. Seu vice, José Sarney assume a Presidência.
A última eleição indireta marca o fim do regime militar, mas a transição para a democracia só se completa em 1988, no governo de José Sarney, com a promulgação da nova Constituição brasileira.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Com a promulgação das Constituição de 1988, os direitos e garantias fundamentais, juntamente com os direitos civis e políticos, passa a ser a bandeira do Estado Democrático de Direito, como assevera o doutrinador Manoel Gonçalves Ferreira Filho quando aduz: “Na visão ocidental de democracia, governo pelo povo e limitação de poder estão indissoluvelmente combinados”.[1] A regulamentação de leis especiais que garantissem a dignidade da pessoa humana, as relações de consumo o direito a tratamento especial aos hipossuficientes, em todas as esferas de direito, tornam-se a preocupação de juristas e doutrinadores, os projetos apresentados pelos parlamentares, com o fito de regular estes direitos, advindos da Carta Magna, mas ainda sem regulamentação especifica, torna-se prioridade nos gabinetes dos Parlamentares.
Dentre as leis criadas em obediência as normas elencadas no artigo 5º, da Constituição Federal de 1988, - que trata dos direitos e garantias fundamentais -, podemos destacar o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso.
Os princípios constitucionais que norteiam nosso ordenamento jurídico, como o princípio da razoável duração do processo o principio da isonomia, da celeridade processual da autonomia das decisões judiciais, independência dos atos da Magistratura e do Ministério Público, são exemplos das conquistas que beneficiaram o povo brasileiro nesses vinte anos de processo de redemocratização da nação.
Dentre os direitos civis e políticos, os avanços foram ainda mais significativos como as garantias que permeiam as tutela constitucional das liberdades que garantem aos cidadãos direitos tais como: Habeas Corpus, Habeas data, mandado de segurança, mandado de segurança coletivo, Mandado de injunção, Direito a certidão, Direito a Petição aos órgãos governamentais, Ação popular etc. Atos que antes do processo de redemocratização do País, eram institutos, que, se quer, poderiam ser comentados, pois era assuntos que feriam a Segurança Nacional e ensejaram prisões arbitrarias e torturas inúmeras contra aqueles que ousassem manifestar suas opiniões.
A GERAÇÃO “CIDADÔ
As conquistas trazidas pela carta Magna de nosso País, diga-se de passagem, “uma Constituição considerada por juristas de renome internacional, como sendo extremamente avançada”, formou nesses vinte anos uma nova geração de cidadãos, que expressão seus pensamentos políticos, culturais e sociais sem o temor da repressão, que outrora, assombrou seus ascendentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de redemocratização fruto da luta de homens como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves e Dante de Oliveira dentre outros heróis anônimos que entregaram suas vidas na luta pela libertação política do Brasil, mostra hoje, alguns de seus resultados. Hoje podemos contar com um processo de eleições democráticas onde escolhemos nossos governantes, os direitos e garantias fundamentais são protegidos, A liberdade de expressão é assegurada – fato que nos permite expor nosso pensamento neste trabalho.
O processo de democratização ainda caminha a passos lentos, muito das garantias assegurados pela Constituição Federal, ainda não foram implantadas, por falta de vontade política, mas como diria o Dr. Ulisses Guimarães “O poder não corrompe o homem; é o homem quem corrompe o poder. O homem é o grande poluidor”.[2]
O fato é que estamos vivendo uma nova era de direitos e o processo democrático se consolida.
O Estado Novo (1937-1945)
Conheça as principais características do Estado Novo (1937-1945)
O Estado Novo (1937-1945)
Roteiro de Estudo: O Estado Novo (1937-1945)
1. (Unicamp) Em 10 de novembro de
1937, Getúlio Vargas discursava à nação através do rádio: "A disputa
presidencial estava levando o país à desordem. Os comunistas infiltravam-se dia
a dia nas instituições nacionais. A Nação corria perigo de uma luta de classes
e os partidos políticos inquietavam o nosso povo"
a) Que argumentos Vargas usou
para implantar o Estado Novo?
b) Cite duas características do
Estado Novo.
resposta:
a) Vargas usou para implantar o
Estado Novo o Plano Cohen, que foi utilizado pelo governo federal com o
objetivo de aterrorizar a população e justificar um golpe de Estado, o objetivo
desse plano era tomar o poder.
b) Regime autoritário, marcado
pelo nacionalismo, pela censura entre outros.
2. (Puc-rio) Em novembro de 1937,
o golpe que implantou o "Estado Novo" viabilizou a permanência de
Getúlio Vargas no poder. Em abril de 1964, outro golpe depôs o presidente João
Goulart, iniciando um período da história da República no Brasil marcado pela
presença de militares no controle do poder executivo federal (1964-1985). A
partir de seus conhecimentos a respeito do Estado Novo (1937-1945) e do período
dos governos militares (1964-1985),
a) IDENTIFIQUE uma semelhança
entre os regimes políticos que vigoraram em cada um daqueles momentos.
b) EXPLIQUE uma diferença entre
as ações do governo do Estado Novo e as que foram promovidas pelos governos
militares, no que se refere aos direitos dos trabalhadores.
resposta:
a) O candidato deverá identificar
uma entre as seguintes semelhanças:
- a natureza autoritária de ambos
regimes políticos;
- o fortalecimento do poder
executivo central em detrimento tanto dos poderes legislativo e judiciário
quanto do poder executivo dos Estados;
- a restrição às liberdades de
manifestação, organização e associação, expressa na censura à imprensa, no
controle sindical e na limitação do direito de greve, entre outros;
- o caráter expressamente
anticomunista.
b) Durante o Estado Novo foram
implementados e difundidos direitos sociais para os trabalhadores urbanos, cuja
maior expressão foi a Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943. Podemos
compreender, em grande parte, essas medidas como um desdobramento das demandas
do movimento operário durante a Primeira República e como elemento essencial da
política levada a cabo pelo governo, que objetivava, através do reconhecimento
de direitos aos trabalhadores urbanos, submetê-los a seu controle e, ao mesmo
tempo, angariar seu apoio como forma de legitimação do regime implantado. Após 1964,
os governos militares, respondendo à gritante insatisfação dos movimentos
sociais rurais (Ligas camponesas, sindicalismo rural, MASTER, entre outros), estenderam
os direitos sociais aos trabalhadores rurais.
3. (Ufc) O período do governo de
Getúlio Vargas de 1937 a
1945 é conhecido na história do Brasil como "Estado Novo", em que:
a) os movimentos sociais contra o
nazi-fascismo ganharam as ruas, com o apoio do governo.
b) os comunistas ocuparam vários
cargos burocráticos e assumiram órgãos de propaganda política.
c) os partidos políticos foram
fechados e as bandeiras estaduais, queimadas, como símbolo do centralismo do
poder.
d) o sistema parlamentarista foi
fortalecido pelo fechamento do Congresso Nacional e pela intervenção nos
Estados.
e) a elite industrial brasileira
tornou-se hegemônica, pondo fim, dessa forma, à política do "café com
leite" da aristocracia rural.
resposta:[C]
4. (Ufrn) Observe a charge a
seguir.
No contexto da evolução do
cenário político mundial, esta charge faz alusão
a) à radicalização integralista
do estado Novo.
b) ao processo de esquerdização
de Getúlio Vargas.
c) ao dogmatismo político de
Getúlio Vargas.
d) à inflexibilidade ideológica
do Estado Novo.
e) ao pragmatismo político de
Getúlio Vargas.
resposta:[E]
5. (Ufrs) Com a instituição do
Estado Novo em 1937, Getúlio Vargas inaugurou um novo regime político no
Brasil, marcado pelo autoritarismo. Entre as características e mecanismos de
controle da ditadura varguista, pode-se citar.
a) a mobilização das massas em
grande escala através da atuação de um partido único controlado pelo líder do
governo.
b) a opção pelo modelo de
desenvolvimento econômico liberal, com a privatização dos meios de produção e a
abertura do mercado ao capital internacional.
c) a difusão e veiculação de
propagandas e ideais do novo regime através de programas de rádio como o
"Repórter Esso" e a "Hora do Brasil".
d) o alinhamento contínuo e incondicional
da política externa do país às diretrizes norte-americanas.
e) o reforço das unidades
federativas, que passaram a dispor de ampla autonomia político-econômica e
administrativa, com vistas a garantir a soberania e a integridade territorial
frente a ameaças imperialistas.
resposta:[C]
6. (Fatec) O Departamento de
Imprensa e Propaganda (DIP), criado em 1930 por Getúlio Vargas,
a) era um órgão que garantia a
liberdade artística, jornalística e dos demais meios de comunicação do Brasil
na era Vargas.
b) promovia manifestações
cívicas, nas quais os sindicatos de esquerda tinham um papel importante de
conscientização das massas.
c) estimulava a produção de
filmes nacionais e concursos de música e defendia o direito de os sindicatos
realizarem seus comícios e suas greves.
d) aproveitou-se do programa Hora
do Brasil, que, além de transmitir notícias políticas e informações, servia
como porta de entrada para as idéias liberais de Vargas.
e) era responsável por controlar
os meios de comunicação e promover a propaganda do Estado Novo.
resposta:[E]
7. (Ufc) Leia o texto abaixo.
"O par de interlocutores legítimos estava formado: de um lado o povo, a
quem se apelava como fonte e base do governo e que era identificado na
população de trabalhadores corporativamente hierarquizada; de outro, o Estado,
corporificado funcional e pessoalmente na figura do presidente Getúlio
Vargas." (GOMES, Ângela de C. "A política brasileira em busca da
modernidade: na fronteira entre o público e o privado". ln SCHWARCZ, Lilia
M. (org.) "História da Vida Privada no Brasil". Vol. 4: Contrastes da
intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.525.)
A partir da citação acima,
assinale a alternativa que indica corretamente as relações mantidas, no
contexto do trabalhismo, entre a população trabalhadora no Brasil e o
presidente Vargas.
a) As campanhas destinadas aos
trabalhadores enfatizavam a necessidade de organização em torno dos sindicatos
e partidos políticos, principais interlocutores do Presidente.
b) As liberdades políticas
permitiam o estabelecimento, durante o Estado Novo, de uma permanente
negociação entre os trabalhadores e o governo através do Parlamento.
c) O sindicalismo corporativo era
combatido pelo governo, pois permitia a livre expressão das lutas de classes e
dos conflitos no interior da sociedade brasileira.
d) A ideologia do Estado Novo
pretendia estabelecer uma ligação direta entre o governante e o povo, através
de cartas, programas de rádio e outros mecanismos de comunicação.
e) Getúlio Vargas fazia chegar
até a população, através dos programas "A Voz do Brasil", mensagens
de estímulo à organização sindical livre, combatendo assim o comunismo.
resposta:[D]
8. (Uerj) A ilustração a seguir e
a canção composta por Ataulfo Alves e Felisberto Martins foram importantes
instrumentos da propaganda do governo Vargas.
É NEGÓCIO CASAR O Estado Novo
veio Para nos orientar No Brasil nada falta Mas precisa trabalhar Tem café,
petróleo e ouro Ninguém pode duvidar E quem for pai de quatro filhos O
presidente manda premiar É negócio casar (Citado por PILETTI, N. "História
do Brasil. São Paulo": Ática, 1997.)
a) Identifique o papel da
propaganda no governo de Getúlio Vargas.
b) Indique duas características
econômicas do período do Estado Novo.
resposta:
Na alternativa “a” você pode
responder que, de modo geral, a propaganda foi uma importante chave para a
consolidação da figura de Vargas como líder e responsável pelo crescimento do
Brasil.
Na “b”, dentre outras
características salientamos: planejamento da economia; investimento do Estado
na indústria de base; desencadeamento da industrialização brasileira; criação
de órgãos públicos para promover fomento de atividades econômicas: Instituto do
Açúcar e do Álcool, Instituto do Chá e do Mate, Conselho Nacional do Petróleo.
9. (Ufla) Sobre o Populismo
presente no Brasil durante o Estado Novo, as alternativas a seguir estão
corretas, EXCETO:
a) No governo de Getúlio Vargas,
ao perceber a força do operariado brasileiro, elaborou-se a política
trabalhista para o país, que pode ser encarada como uma maneira de conquistar a
simpatia dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, exercer um domínio sobre eles,
controlando os sindicatos.
b) O populismo é acompanhado de
várias medidas de cunho paternalista, em que o líder é visto como alguém que dá
"as coisas" à população mais pobre, sejam coisas concretas ou não.
Esse paternalismo esteve muito presente na política brasileira.
c) O Ato Institucional era uma
medida utilizada pelos governos militares com o objetivo de atender aos
interesses da população trabalhadora e de garantir a luta por seus direitos
trabalhistas.
d) Com relação às leis
trabalhistas, implantadas pelo governo getulista, podem-se destacar como
medidas populistas: salário mínimo, férias remuneradas, jornada diária não
superior a oito horas, proteção ao trabalho da mulher, estabilidade no emprego.
Essas medidas garantiram a Getúlio Vargas o título de "pai dos
pobres".
resposta:[C]
10. (Unicamp-SP/2001) O ato mais
importante do Estado Novo foi a construção de uma usina siderúrgica em Volta
Redonda, no Estado do Rio de Janeiro. Em fevereiro de 1938, Vargas declarou que
a indústria do aço era uma necessidade urgente. Embora o Estado Novo levasse
quase dois anos e meio para decidir-se por uma fórmula apropriada à indústria
siderúrgica, o projeto parecia bem concebido.
(Adaptado de Warren Dean, A
industrialização de São Paulo, Difel, 1971, p.230-231)
a) Qual o contexto internacional
que propiciou a construção da indústria siderúrgica no Brasil?
b) Qual foi a política
internacional adotada pelo governo Vargas para a criação da usina de Volta
Redonda?
c) Qual seria a crítica do modelo
econômico neoliberal à política econômica de Vargas?
resposta:
a) A Companhia Siderúrgica
Nacional começou a ser construída no ano de 1942, durante o período do chamado
Estado Novo. O contexto internacional é o da Segunda Guerra Mundial e da
entrada dos Estados Unidos na guerra contra as potências do Eixo (Alemanha, Itália
e Japão).
b) Getúlio Vargas, durante o
final da década de 1930, mantinha intensas relações militares e comerciais com
a Alemanha nazista e também com os Estados Unidos, declarando-se neutro no
início do conflito e mantendo uma política dúbia entre os beligerantes. Em 1942,
o torpedeamento de navios brasileiros resulta na declaração de guerra aos
países do Eixo. O Brasil passa a compor o bloco dos Aliados; é organizada a FEB
(Força Expedicionária Brasileira) que lutará na Itália. Getúlio Vargas utiliza
sua aproximação com os americanos e consegue o financiamento para a construção
da siderúrgica.
c) Durante a chamada Era Vargas, ocorre
um grande fortalecimento do papel do Estado como regulador e investidor na
economia. O chamado modelo econômico neoliberal critica o peso do Estado na
economia.
resposta:
11. (Uerj) Reprodução da primeira
Carteira Profissional emitida no Brasil, em nome de Getúlio Vargas. ("O
Globo", 22/08/2004) O objetivo do governo Lula com a reforma trabalhista
(...) é (...) adequar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), criada por
Getúlio Vargas em 1943, à nova realidade do país. Esta será a posição do
secretário de Relações do Trabalho, Osvaldo Bargas, na coordenação do Fórum
Nacional do Trabalho (FNT). (...) - A reforma trabalhista não é para ampliar
direitos. Isso se conquista na luta. Foi assim que aprendi - disse Bargas,
ex-sindicalista que se iniciou nas greves do ABC. ("Jornal do
Brasil", 22/08/2004)
A legislação trabalhista e
sindical brasileira, cuja base foi criada durante o primeiro período em que
Getúlio Vargas governou o país (1930-1945), foi fruto, dentre outros, da luta
organizada dos trabalhadores brasileiros. O Brasil tem hoje como presidente da
república um ex-operário que começou a se destacar no cenário brasileiro como
líder sindical em meados da década de 1970. Cite:
a) uma característica da
legislação trabalhista-sindical aprovada durante o primeiro governo Vargas e
uma mudança da legislação em vigor nessa área que esteja sendo proposta pelo
governo Lula;
b) duas características que
diferenciem o movimento sindical na primeira metade da década de 1940 daquele
verificado nos anos de 1970.
resposta:
a) Uma dentre as características:
• criação do salário mínimo
• criação da Justiça do Trabalho
• implantação da carteira de
trabalho
• regulamentação do trabalho
feminino
• fixação do direito a férias
remuneradas
• proibição do trabalho do menor
de 14 anos
• unicidade sindical por
categoria profissional
• estabelecimento da data-base
por categoria profissional
• estabelecimento da jornada de
trabalho de 48 horas semanais
• criação do imposto sindical
obrigatório para todos os trabalhadores
Uma dentre as mudanças:
Uma dentre as mudanças:
• fim do imposto sindical
• fim do dissídio coletivo
• fim da unicidade sindical
• fim da aplicação da data-base
• negociação para o pagamento do 13º
salário
• negociação para a remuneração
de horas extras
• fim do poder normativo da
Justiça do Trabalho
• flexibilização da multa
rescisória de 40% sobre o FGTS nas demissões sem justa causa
• aumento ou redução da jornada
de trabalho de acordo com a demanda de produtividade da empresa
b) Duas dentre as características:
- grau de autonomia das
lideranças sindicais em relação ao Estado
- apoio à ditadura, que foi
corrente em 1940, e não existiu na década de 1970
- nível de participação autônoma
dos trabalhadores sindicalizados na elaboração de suas reivindicações
12. (cftpr) O período da história
brasileira conhecido como "Estado Novo" (1937-1945), pode ser
caracterizado:
a) por um período de plena
democracia no Brasil com base na Constituição de 1937.
b) por uma ditadura instaurada por
Getúlio Vargas.
c) pelo governo de Juscelino
Kubitschek, pautado no slogan "50 anos de realizações em 5 anos de
governo".
d) pela ditadura militar,
justificada por uma intensa disputa pelo poder entre capitalistas e
socialistas.
e) pelo retorno à democracia após
muitos anos de governos militares.
resposta:[B]
13. (ufc) A criação e a
consolidação de uma política trabalhista, no governo de Getúlio Vargas
(1930-1945), estiveram diretamente ligadas ao crescimento da classe
trabalhadora urbana, a partir das primeiras décadas do século XX.
a) Nesse contexto, como reagiram
os industriais e comerciantes à implantação da legislação trabalhista? Qual o
motivo dessa reação?
b) Identifique os grupos
políticos que tiveram forte presença nos sindicatos, antes de 1930. Aponte a
diferença entre os projetos políticos, presentes nos sindicatos, antes e depois
da lei sindical, criada no governo Vargas.
resposta:
a) A princípio a legislação foi
combatida pelas associações de industriais e comerciantes, pois eram contrários
à concessão de direitos aos trabalhadores, tais como as férias, descanso
semanal remunerado, jornada de 8 horas de trabalho. Muitos foram os casos de
não cumprimento das leis, levando os trabalhadores a recorrer à Justiça do
Trabalho.
b) A origem da organização
sindical está ligada à formação da classe trabalhadora urbana. O sindicato era
um espaço assistencialista e também político. Através dele os trabalhadores
buscavam se organizar a fim de lutar por melhores condições de vida e de
trabalho. Os socialistas, os anarquistas e, a partir da década de 1920, os
comunistas tinham grande espaço nos sindicatos. A partir de Vargas, o sindicato
transforma-se numa base de poder do governo. O rígido controle do Estado
esvazia o sindicato de seu antigo conteúdo político e o
transforma num espaço de disciplinarização do trabalhador. A direção do sindicato
fica nas mãos dos chamados pelegos, que buscam manter a coesão dos
trabalhadores em torno do governo
14. (Cftmg) "Getúlio Vargas
foi o político que por mais tempo conduziu os destinos do Brasil Republicano.
Getúlio é considerado o grande mito político da nossa história recente. Seu
suicídio, ocorrido há cinqüenta anos, foi um acontecimento trágico e único na
História do Brasil, razão pela qual vem sendo recordado e reforçado por
múltiplos mecanismos da memória." In:- "Revista Nossa História".
Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, v.1,n. 10, ago. 2004. A política
desenvolvida por Getúlio Vargas no Brasil é caracterizada pela (o)
a) alinhamento político
incondicional à Alemanha nazista.
b) adoção da reforma agrária em
todo o território nacional.
c) extensão dos direitos
trabalhistas para os trabalhadores rurais.
d) presença do Estado como agente
do desenvolvimento econômico.
resposta:[D]
15. (Pucrs) "Aquarela do
Brasil", de Ary Barroso, foi um samba-exaltação composto num contexto
caracterizado pela censura às letras de música que falassem da malandragem e
pela utilização política do samba através do rádio - inclusive com a composição
de marchinhas de carnaval - no sentido de forjar o consenso político ao redor
de um projeto de modernização populista e autoritário, que caracterizou o
governo de
a) Juscelino Kubitschek
b) Eurico Gaspar Dutra
c) Castelo Branco
d) Jânio Quadros
e) Getúlio Vargas
resposta:[E]
16. (pucrio) Nos anos de 1941 e
1942, houve mudanças na configuração das alianças políticas e militares que
então caracterizavam a Segunda Grande Guerra (1939-1945). Frente a tais
alterações, o governo do Presidente Getúlio Vargas imprimiu novos rumos à
política externa brasileira. Sobre esses acontecimentos, podemos afirmar que:
I
- o ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941, deflagrou a participação militar
ostensiva dos EUA na guerra.
II - a invasão alemã, na União Soviética, em 1941,
interferiu, entre outros aspectos, na aproximação diplomática e militar entre EUA,
URSS e Inglaterra.
III - a crescente aproximação diplomática com os EUA
condicionou a declaração de guerra ao Eixo, por parte do governo Vargas, em
1942.
IV - a participação militar brasileira na guerra, associada ao envio da
FEB, conjugou-se à ofensiva das tropas aliadas, no front europeu, em meados de
1944.
Assinale a alternativa correta.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e III
estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e II
estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e IV
estão corretas.
d) Apenas as afirmativas I, III e
IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão
corretas.
resposta:[E]
17. (FGV) Em 21 de dezembro de
1941, Getúlio Vargas recebeu Osvaldo Aranha, seu ministro das Relações
Exteriores, para uma reunião. Leia alguns trechos do diário do presidente:
"À noite, recebi o Osvaldo. Disse-me que o governo americano não nos daria
auxílio, porque não confiava em elementos do meu governo, que eu deveria
substituir. Respondi que não tinha motivos para desconfiar dos meus auxiliares,
que as facilidades que estávamos dando aos americanos não autorizavam essas
desconfianças, e que eu não substituiria esses auxiliares por imposições
estranhas."
VARGAS, Getúlio, Diário. São Paulo/Rio de Janeiro, Siciliano/
Fundação Getúlio Vargas, 1995, vol. II, p. 443.
A respeito desse período, podemos afirmar:
A respeito desse período, podemos afirmar:
a) As desconfianças
norte-americanas eram completamente infundadas porque não havia nenhum
simpatizante do nazi-fascismo entre os integrantes do governo brasileiro.
b) Com sua política pragmática,
Vargas negociou vantagens econômicas com o governo americano e manteve em seu
governo simpatizantes dos regimes nazi-fascistas.
c) Apesar das semelhanças entre o
Estado Novo e os regimes fascistas, Vargas não permitiu nenhum tipo de
relacionamento diplomático entre o Brasil e os países do Eixo.
d) No alto escalão do governo
Vargas havia uma série de simpatizantes do regime comunista da União Soviética
e de seu líder Joseph Stalin.
e) As pressões do governo
norte-americano levaram Vargas a demitir seu ministro da Guerra, o general
Eurico Gaspar Outra, admirador dos regimes nazi-fascistas.
resposta:[B]
18. (Fgv) "A organização do
trabalho, no sentido que se deve dar, num momento conturbado e de profundas
transformações como o atual, não pode realizar-se, com proveito para as classes
patronais e benefícios para os operários, senão mediante inteligente, ponderada
e sistemática coordenação para conciliar e garantir os seus mútuos interesses.
(...) No Brasil, onde as classes trabalhadoras não possuem a poderosa estrutura
associativa nem a combatividade do proletariado dos países industriais e onde a
desinteligência entre o capital e o trabalho não apresentam, felizmente,
aspecto de beligerância, a falta, até bem pouco, de organizações e métodos
sindicalistas determinou a falsa impressão de serem os sindicatos órgãos de
luta, quando realmente o são de defesa e colaboração dos fatores capital e
trabalho com o poder público."
(Getúlio Vargas. "Mensagem
presidencial", 15 de novembro de 1933.)
A partir dos documentos
anteriores:
a) identifique um acontecimento
do cenário internacional da época relacionado ao "momento conturbado e de
profundas transformações", mencionado no texto;
b) explique um princípio que
orientou a política do presidente Getúlio Vargas em relação à organização
sindical dos trabalhadores.
resposta:
a) Foram acontecimentos marcantes
na década de 1930 no contexto internacional: a ascensão do nazifascismo e o
aprofundamento da crise econômica nos Estados Unidos.
b) A política trabalhista
de Getúlio Vargas foi baseada no princípio corporativista de que os sindicatos
são órgãos de colaboração direta do Estado e não instrumento de luta e
resistência dos trabalhadores.
19. (Unifesp) "O
Secretariado do CSN (Conselho de Segurança Nacional), em 11.05.1939, admite a
indústria estatal como solução para o problema em decorrência da imperiosa
força maior e em caráter transitório."
Com base no texto, pode-se afirmar
que
a) o regime do Estado Novo
decidiu-se pela construção da siderúrgica de Volta Redonda, por causa da
pressão do Exército brasileiro, então sob controle de generais progressistas.
b) Getúlio Vargas aproveitou-se
das circunstâncias favoráveis da época, como a iminência da guerra entre as
potências capitalistas, para implantar no país a indústria de base.
c) o Exército acabou por
concordar com a criação de uma indústria estatal de base, em troca de sua
permanência no poder e da garantia dada por Getúlio Vargas de que o Brasil não
entraria em guerra.
d) o país estava seguindo uma
tendência dominante naquele momento, estimulada pelos Estados Unidos, visando
criar infra-estrutura econômica para absorver seus produtos.
e) o projeto visando criar a
primeira companhia estatal brasileira, no ramo da siderurgia, resultava tanto
da abundância do minério de ferro no país quanto da pressão da opinião pública
nesse sentido.
resposta:[B]
20. (Uel) A política social,
implementada durante a Era Vargas (1930-1945), legou-nos o ditado "Getúlio,
pai dos pobres". Assim, é correto afirmar que:
a) O populismo favorecia a
população com bolsas e isenções tarifárias.
b) O regime autoritário era
promovido pelas elites em troca de favores políticos.
c) A política social favorecia a
riqueza dos pais em detrimento das mães de família.
d) Vários direitos foram
garantidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
e) O governo proletário
enfatizava o patriarcado nas famílias brasileiras.
resposta:[D]
21. (pucpr) Outorga de uma
Constituição, organização das leis trabalhistas, participação na Segunda Guerra
Mundial, são alguns fatos que lembram a figura de:
a) Juscelino Kubitschek.
b) João Goulart.
c) Eurico Dutra.
d) Getúlio Vargas.
e) Café Filho.
resposta:[D]
22. (Pucmg) "O meu candidato
é o Eurico. Mas, se houver oportunidade, eu mudo uma letra: Eu fico." A
anedota popular, muito em voga nos anos 40 no Brasil, quando estava em curso o
processo de democratização do país, reflete:
a) vontade do ditador Getúlio
Vargas de permanecer no poder com o apoio da população brasileira, diante da
vitória dos países aliados na Segunda Guerra.
b) estratégia política de Vargas
para conseguir o apoio da oposição liderada pela UDN (União Democrática
Nacional) para sua candidatura à Presidência da República.
c) manobra do governo para
anunciar ao povo brasileiro a ameaça representada pelo candidato Dutra,
contrário à abertura democrática.
d) pretexto utilizado por Vargas
para manter a ditadura do Estado Novo vencendo a resistência da oposição, que
apoiava a candidatura Dutra.
resposta:[A]
23. (Mackenzie) Dentre as causas
que levaram ao fim do Estado Novo, instituído por Getúlio Vargas, destacam-se:
a) o atentado da Rua Toneleiros
contra o líder de oposição, Carlos Lacerda, que levou Vargas ao suicídio.
b) a insatisfação popular contra
Getúlio Vargas, expressa no movimento queremista, e a privatização da
Petrobrás.
c) a formação da Aliança Liberal
e o Golpe Militar promovido pelo General Góes Monteiro.
d) a aliança entre U.D.N. e
militares contra o queremismo e o golpe militar que levou Vargas à renúncia.
e) a recusa de Getúlio Vargas em
sancionar a Lei Antitruste, aprovada pelo Congresso e o Golpe dos Tenentes.
resposta:[D]
24. (PUC-RJ) Consideramos cidadania um conjunto de direitos
que integram indivíduos e grupos à comunidade. Os direitos civis relacionam-se
à liberdade de manifestar opinião e de se associar em grupos, além de se
movimentar livremente; os direitos políticos concernem à participação na tomada
de decisões para a comunidade; e os direitos sociais devem garantir o bem estar
dos indivíduos e dos grupos: moradia, educação, saúde e trabalho, entre outros.
Na experiência histórica do
Brasil independente, esses direitos civis, políticos e sociais foram criados, por
vezes restringidos e por vezes ampliados.
Durante a ERA VARGAS (1930-1945),
alguns direitos foram restringidos enquanto outros foram criados e ampliados.
A) IDENTIFIQUE um direito civil e
um direito político que sofreram restrições durante a Era Vargas, RELACIONANDO-OS
a acontecimentos significativos da época.
B) IDENTIFIQUE dois direitos
sociais que foram criados e/ou ampliados durante a Era Vargas, RELACIONANDO-OS
à política do Estado varguista referente às questões trabalhistas.
resposta:
a) O candidato poderá identificar,
por exemplo, as seguintes restrições:
- censura à imprensa
- controle sobre as associações
civis
- controle sobre os sindicatos
- proibição de organização de
partidos políticos
- ausência de eleições para os
Poderes Legislativo e Executivo, quer no plano da União, dos Estados ou dos
Municípios
- proibição do ensino em língua
estrangeira nas escolas
- proibição de circulação de
jornais em língua estrangeira.
Essas medidas, em sua maioria, foram
vigentes durante o Estado Novo (1937-1945). Em 1937, o governo Vargas outorga
uma nova Constituição autoritária para o país. Como desdobramento, o Estado
aprofunda os instrumentos de controle e intervenção. O Estado deveria conduzir
a sociedade na direção de um Brasil moderno e unificado nacionalmente, no plano
da cultura, do trabalho, da política e da economia.
b) O Ministério do Trabalho, da
Indústria e do Comércio foi uma das principais criações da Revolução de 1930. Criado
em fins de 1930, junto com o Ministério da Educação e da Saúde Públicas, foi o
instrumento para a implementação e fiscalização da legislação social que irá
regulamentar as relações de trabalho. Diversas leis trabalhistas e
previdenciárias são implementadas durante a década de 1930 e consolidadas em 1943,
através da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Na primeira metade da década
de 1940, o governo, através do Ministério do Trabalho, irá propagandear essas
realizações, na tentativa de aproximar os trabalhadores ao Estado. Nesta
direção irá elaborar a chamada "ideologia da outorga" e o "mito
Vargas", sugerindo que o conjunto da legislação social foi uma doação do
Presidente Vargas aos trabalhadores brasileiros.
Os candidatos poderão identificar,
por exemplo, os seguintes direitos, concretizados na legislação:
- salário mínimo
- previdência social (aposentadoria,
pensões)
- assistência médica legal
- jornada de trabalho máxima de 8
horas, ao dia
- lei de férias
- regulamentação do trabalho da
mulher e do menor.
25. (UFMG) Leia estas duas letras de
samba, comparando-as:
"Eu passo gingando
Provoco e desafio
Eu tenho orgulho
De ser tão vadio.
Sei que eles falam
Deste meu proceder
Eu vejo quem trabalha
Andar no miserê."
"Lenço no pescoço"
(1933), de Wilson Batista.
"Quem trabalha é que tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde São Januário
Leva mais um operário: Sou eu que
vou trabalhar.
Antigamente eu não tinha juízo
Mas resolvi garantir meu futuro
Vejam vocês: Sou feliz, vivo
muito bem
A boemia não dá camisa a ninguém
É, digo bem."
"O bonde São
Januário" (1940), de Wilson Batista e Ataulfo Alves.
A partir dessa leitura
comparativa e considerando-se o período em que foram escritas, bem como outros
conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que, nas duas letras, se torna
evidente
a) o aumento do poder de compra
dos salários no período, com a garantia da estabilidade da moeda pelo Governo.
b) a liberdade criativa do
artista popular, o que possibilitava um debate aberto de temas polêmicos da
realidade nacional.
c) a adequação da produção
musical urbana ao contexto político, caracterizado pelo crescente
intervencionismo estatal.
d) o crescimento da capacidade de
poupança, como conseqüência do poder de pressão de sindicatos autônomos.
resposta:[C]
26. (Ufg) O bonde de São Januário
leva mais um sócio otário sou eu que não vou trabalhar. BATISTA, W.; ALVES, A. In:
BERCITO, Sônia de Deus Rodrigues. "Nos tempos de Getúlio": Da
Revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo: Atual, 1990. p. 43.
O trecho acima é um samba de
Wilson Batista e Ataulfo Alves, composto em 1940, cuja letra evidencia uma
forma de resistência política ao
a) contrapor-se à cultura do
trabalho, principal foco de intervenção estadonovista.
b) associar trabalho e música na
constituição da identidade nacional.
c) conciliar trabalho e cultura
popular, articulando as relações entre Estado autoritário e trabalhadores.
d) estabelecer relação entre
símbolos da modernização com a valorização do trabalhador.
e) criar uma relação de
cumplicidade entre o Estado autoritário e os dissidentes da sociedade
brasileira.
resposta:[A]
27. (Fuvest) Com meu chapéu de lado, tamanco
arrastando Lenço no pescoço, navalha no bolso Eu passo gingando, provoco e
desafio Eu tenho orgulho de ser vadio.
(Wilson Batista, 1933)
Quem trabalha é quem tem razão Eu
digo e não tenho medo de errar o bonde de São Januário leva mais um operário
sou eu que vou trabalhar.
(Wilson Batista / Ataulfo Alves, 1940)
Da comparação entre as letras desses
sambas, depreende-se que:
a) as mudanças visíveis nos
conteúdos dos sambas sugerem adesão à ideologia do Estado Novo.
b) as mudanças significativas de
conteúdo decorrem da valorização do trabalho industrial no Rio de Janeiro.
c) as datas das composições
correspondem ao mesmo período do governo de Vargas, indicando que as mudanças
são mera coincidência.
d) as mudanças das letras não são
significativas, já que ambas as composições tratam de problemas de gente pobre
e humilde.
e) as letras das músicas estão
distantes dos interesses políticos do Estado Novo, que não se preocupava em
fazer propaganda.
resposta:[A]
28.(Uerj) Para nos orientar
No Brasil não falta nada
Mas precisa trabalhar (...)
E quem for pai de quatro filhos
O presidente manda premiar
É negócio casar.
(Ataulfo Alves / Felisberto
Martins – 1941)
Acertei no milhar
Ganhei 500 contos
Não vou mais trabalhar
E me dê toda a roupa velha aos
pobres
E a mobília podemos quebrar.
(Wilson Batista / Geraldo Pereira
– 1940)
Quem trabalha é quem tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde de São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
(Wilson Batista / Ataulfo Alves -
1940)
E se é grande o céu, a terra e o
mar
O seu povo bom não é menor (...)
Quem vê o Brasil que não tem fim
Não chega a saber por que razão
Este país tão grande assim
Cabe inteirinho em meu coração!
(João de Barro / Alberto Ribeiro /
Alcir Pires Vermelho - 1940)
A leitura desses fragmentos
permite depreender valores sociais e políticos predominantes no país na Era
Vargas (1930-1945). Utilizando-se da música em seu favor, o governo Vargas
adotou a seguinte postura:
a) popularizou o chorinho e
determinou a produção de chanchadas
b) estimulou o teatro de revista
e reprimiu a música clássica nas escolas
c) valorizou o samba-exaltação e
oficializou o desfile das escolas de samba
d) permitiu a ascensão do jongo e
impôs caráter didático aos sambas-enredo
resposta:[C]
29. (Uerj)
I
Quem trabalha é quem tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde de São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar
(Wilson Batista / Ataulfo Alves -
1940)
II
E se é grande o céu, a terra e o
mar
O seu povo bom não é menor (...)
Quem vê o Brasil que não tem fim
Não chega a saber por que razão
Este país tão grande assim
Cabe inteirinho em meu coração!
(João de Barro / Alberto Ribeiro /
Alcir Pires Vermelho - 1940)
III
Para nos orientar
No Brasil não falta nada
Mas precisa trabalhar (...)
E quem for pai de quatro filhos
O presidente manda premiar
É negócio casar.
(Ataulfo Alves / Felisberto
Martins – 1941)
IV
Acertei no milhar
Ganhei 500 contos
Não vou mais trabalhar
E me dê toda a roupa velha aos
pobres
E a mobília podemos quebrar.
(Wilson Batista / Geraldo Pereira
– 1940)
A difusão de uma ideologia
disciplinadora sobre o cotidiano dos indivíduos, promovida pelo governo Vargas,
e a resistência popular a essa ideologia são expressas, respectivamente, pelos
fragmentos de números:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) III e IV
resposta:[D]
30. (UFF-RJ/2002) O Estado Novo, identificado à primeira grande experiência autoritária brasileira, terminou em 1945, quando, então, verificou-se a chamada redemocratização.
a) Associe o fim do Estado Novo
ao da Segunda Guerra Mundial.
b) Explique por que a
redemocratização brasileira de 1945 pode ser analisada, ao mesmo tempo, como
ruptura e como continuidade.
resposta:
a) A participação do Brasil na
Segunda Guerra Mundial, ao lado das forças aliadas, defensoras dos valores
liberais e da democracia, era incompatível com a preservação de um regime
autoritário no país, o que levaria ao fim do Estado Novo.
b) A redemocratização, como ruptura,
representou o fim do regime ditatorial de Getúlio Vargas, mediante o retorno ao
Estado de Direito e à legalização dos partidos políticos. No entanto, ao mesmo
tempo, esse processo foi marcado pelo continuísmo do grupo de Vargas no poder, já
que sob sua influência pessoal foram criados dois partidos políticos: o PSD e o
PTB, assim como a política brasileira continuava a ter como característica
principal o populismo varguista.
Falar em Getúlio Vargas sem
lembrar da questão da implantação das leis trabalhistas é impossível. E, é
claro, os vestibulares também costumam saber qual é o seu conhecimento sobre
este tema.
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