quarta-feira, 27 de março de 2013

Perda de habitat deve acelerar extinção na Amazônia

Ambiente     VEJA

Perda de habitat deve acelerar extinção na Amazônia

Estudo publicado na revista 'Science' localiza regiões em que espécies de mamíferos, aves e anfíbios estão fadadas à extinção nas próximas décadas

Marco Túlio Pires e Elida Oliveira
O desmatamento na região amazônica e a falta de chuvas poderá transformar, permanentemente, parte da floresta em savana
Impacto do desmatamento da Amazônia não é sentido imediatamente, mas representa ameaça para o futuro dos animais vertebrados da região (iStockphoto)
O desmatamento é uma bomba-relógio para o futuro dos animais vertebrados da Amazônia, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira na revista Science. Pesquisadores da Universidade Rockfeller, nos Estados Unidos, e do Imperial College London, da Inglaterra, criaram um método que prevê o impacto da perda de habitat para espécies de mamíferos, anfíbios e aves.
O grupo de pesquisadores liderado por Oliver Wearn dividiu a Amazônia em áreas de 50 x 50 quilômetros quadrados e estudaram o impacto do desmatamento em cada local, com dados de 1978 a 2008, sobre 204 mamíferos, 332 aves e 214 anfíbios. Como resultado, os cientistas conseguiram apontar quantos animais podem desaparecer em cada área, conforme o avanço do desmatamento.
Quando uma espécie desaparece de uma localidade, ela ainda pode se refugiar em outro local, mas a biodiversidade já estará comprometida. Caso a espécie tenha somente aquela região por área de vida, sua extinção já pode ser esperada. Isso cria o que os pesquisadores chamam de "débito de extinção". Essa "dívida" ocorre quando as espécies de plantas e animais perdem seu hábitat, mas não desaparecem. A extinção da espécie às vezes leva várias gerações, mesmo após a perda de seu ambiente natural.
Espécies perdidas Amazônia
A estimativa dos pesquisadores é de que cada região da Amazônia perca, em média, nove espécies de vertebrados e que outras 16 entrem na fila da extinção até 2050. O estado que mais acumula "débito de extinção" é Tocantins, com 28 espécies; seguido pelo Maranhão, com 20 espécies; Rondônia, com 16; e Mato Grosso, com 11 espécies.
Calote — "Ou tomamos uma medida para dar um calote nesse débito ou vamos perder espécies nessas localidades”, diz o ecólogo Thiago Rangel, professor e pesquisador da UFG (Universidade Federal de Goiás), revisor do artigo da Science (leia entrevista abaixo). O "calote" que ele propõe é ampliar medidas de preservação e recuperação de áreas degradadas para que a fauna e a flora se reestabeleçam.
Os pesquisadores britânicos concluem que os próximos anos oferecem uma janela de oportunidade. “É preciso concentrar esforços em áreas com o maior 'débito de extinção'. Isso poderia reduzir a dívida a ser paga", escreveram. "Assim seria possível ajudar as espécies que ainda persistem, antes que elas desapareçam para sempre."


Thiago Rangel, ecólogo, professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás
 

"Podemos reverter a extinção"

Thiago Rangel
ecólogo, professor e pesquisador da Universidade Federal de Goiás. Foi revisor do artigo publicado na Science e publicou, ao lado dos resultados da pesquisa britânica, um texto analítico sobre o tema no Brasil


O que esse estudo adiciona ao que já se sabe sobre o desmatamento da Amazônia? Os autores britânicos desenvolveram uma análise estatística inovadora, com base em dados preexistentes, para chegar ao número do 'débito de extinção', conceito que já existia há cerca de dez anos, mas que nunca havia sido calculado na região amazônica. O estudo não trata da extinção total e final de uma espécie, mas do desaparecimento dela em uma localidade. Se houver representantes da espécie em outro local, elas não serão extintas totalmente. Mas se ocorrem somente na Amazônia, será a extinção final.
O que é o débito de extinção? O débito de extinção é um conceito para medir quantas espécies serão afetadas pelo desmatamento já realizado, mas que ainda não foram extintas. É como se a gente “devesse” algumas espécies por causa do desmatamento. Isso acontece porque, ao devastar uma área, as espécies não deixam de existir imediatamente. Levam-se alguns anos para que o impacto seja sentido. O método mostra quantas espécies serão extintas, mas não quais delas.

Como os pesquisadores chegaram a esses números? Eles dividiram a Amazônia em localidades (quadrados de 50 x 50 quilômetros). Depois, pegaram dados de bancos já existentes, como a distribuição de aves, mamíferos e anfíbios que existem em cada região da Amazônia. No Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), analisaram dados de desmatamento dos últimos 30 anos. O que fizeram a partir daí foi estimar quantas espécies devem ser perdidas em função da proporção de desmatamento que já ocorreu em cada localidade.

Em que isso pode ajudar na preservação da Amazônia? Ele mostra quantas extinções ainda não aconteceram em cada localidade e o que acontecerá até 2050 diz que se nada for feito. Com este indicador, podemos tomar as medidas necessárias e evitar a extinção local das espécies. 
Como é possível reverter essa extinção? Podemos estabelecer unidades de conservação na região, fortalecer a fiscalização e aumentar a conectividade entre as áreas por meio de corredores ecológicos. Tudo isso vai aliviar a pressão do impacto sobre as espécies que habitam a região. A regeneração florestal tem a maior capacidade de reverter os danos do desmatamento. A floresta tem capacidade de, ela mesma, recuperar uma área degradada pela agricultura ou desmatamento. Não precisa de investimento: é só cercar a área e deixar que ela se recupere. Em 20 anos, em média – dependendo dessa conectividade entre a área preservada e a devastada – ela já recupera 50% da biodiversidade original. Em 40 anos, teremos de 70 a 80% dessa biodiversidade recuperada. É uma medida até mais econômica que fazer as unidades de conservação.

Por que chegamos a esse ponto? Os mapas do avanço do desmatamento mostram duas frentes. Primeiro houve devastação gradual ao redor dos centros urbanos, como Belém, Manaus, Rio Branco. Depois, após 1970, houve o avanço da agricultura. Criou-se a Transamazônica e as demais rodovias para ocupar aquele grande “oceano verde”. Mas também neste mesmo período, durante o governo militar, houve muito incentivo para a agricultura no cerrado – e lá já perdemos 90% desta vegetação para a soja ou o pasto. O Brasil precisa decidir: já que pagamos pela preservação da Amazônia com a devastação do cerrado, vamos pensar agora em agricultura mais eficiente e moderada ou vamos optar pelo caminho mais fácil, que é expandir a fronteira agrícola para a Amazônia? 
A devastação na Amazônia tem diminuído nos últimos anos. Isso deve se manter? O Brasil tem feito a lição de casa. Nos últimos dez anos, a taxa de desmatamento anual caiu de 30.000 quilômetros quadrados para 6.000 quilômetros quadrados. Isso aconteceu porque aumentou o monitoramento via satélite das queimadas e da devastação. Mas a medida mais efetiva foi cortar o crédito rural para o agricultor que fizesse desmatamento ilegal.

A extinção deve ocorrer mesmo com o desmatamento em baixa? Com certeza. As espécies entrarão em extinção nessas localidades se nada for feito. Não tem jeito de frear o débito de extinção. Ou tomamos uma medida para dar um calote nesse débito ou vamos perder espécies nessas localidades.

A construção de usinas como Belo Monte contribuem para essa extinção? Não existe medida científica para o efeito que essas construções causam, mas de fato são empreendimentos de grande impacto. Represar o rio bloqueia a migração de peixes durante anos. Uma barragem certamente vai impactar na sobrevivência das espécies da região. É o que ocorre quando se desloca unidades de preservação para construir barragens. Há cerca de dois meses, a Câmara alterou cerca de oito unidades de preservação para poder liberar área para alagamento. Como pensar na preservação desses locais se eles não são feitos para serem permanentes?
Existe uma estimativa de quantas espécies amazônicas já desapareceram recentemente? São poucas e pontuais, porque o desmatamento começou nos últimos 30 anos e, comparativamente, a região ainda é bastante preservada. Mas os cálculos dos pesquisadores britânicos mostram que, em Tocantins, por exemplo, três espécies de mamífero já foram perdidas. No Maranhão e em Rondônia, uma espécie em cada Estado.

Estudo mostra que indicadores utilizados em políticas de preservação da Amazônia são pouco eficazes

Meio ambiente

Estudo mostra que indicadores utilizados em políticas de preservação da Amazônia são pouco eficazes

Cientistas não encontram relação entre o estado real de conservação e a previsão fornecida por ferramenta criada para assessorar investimentos

Floresta amazônica
Floresta amazônica: autores do estudo afirmam que governo brasileiro deve resolver problemas de posse de terras da Amazônia para aumentar chances de preservação da região (Odair Leal/Folhapress)
Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no Brasil, estão questionando os indicadores utilizados atualmente para nortear a política de investimentos em áreas de preservação da Amazônia. Em um estudo publicado no periódico Environmental Research Letters, os autores mostram que não há uma associação significativa entre o estado de conservação de áreas e a previsão fornecida pela ferramenta Rapid Assessment and Prioritisation of Protected Area Management (Rappam).
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Setting priorities to avoid deforestation in Amazon protected areas: are we choosing the right indicators?

Onde foi divulgada: periódico Environmental Research Letters

Quem fez: Christoph Nolte, Arun Agrawal e Paulo Barreto

Instituição: Universidade Michigan e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)

Dados de amostragem: 66 áreas de preservação na Amazônia brasileira, comparadas com trechos de florestas com características semelhantes, mas fora de áreas de conservação

Resultado: Não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre o desflorestamento e os indicadores que, de acordo com o Rappam, tornam uma região alvo prioritário de investimentos de conservação. O único indicador do Rappam que foi fortemente relacionado à capacidade de evitar a devastação ambiental foi a ausência de conflitos pela posse da terra
Atualmente presente em mais de 50 países, o Rappam foi desenvolvido pelo World Wide Fund for Nature (WWF) que tem como objetivo ajudar a priorizar intervenções para melhorar o gerenciamento de áreas de preservação.  Ele funciona por meio de questionários enviados aos gestores das áreas preservadas, que devem avaliar 90 quesitos.
“Existem duas explicações possíveis para nossos resultados: ou o Rappam não mede corretamente os fatores ou o está medindo fatores que não são importantes para o sucesso da preservação das áreas”, explica Christoph Nolte, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores analisaram 66 áreas de preservação na Amazônia brasileira e as compararam com uma parcela de floresta semelhante, fora da área de preservação. Utilizando imagens de satélites, eles calcularam os níveis de devastação em cada uma dessas áreas e, assim, estimaram a quantidade de devastação que cada uma teria sofrido se não fosse protegida.
Diante disso, os autores verificaram se as pontuações fornecidas pela ferramenta estavam relacionadas ao sucesso em evitar a devastação apresentado pelas diferentes regiões. Os resultados, porém, mostraram que não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre o desflorestamento evitado e os indicadores que, de acordo com o Rappam, tornam uma região alvo prioritário de investimentos de conservação, como orçamento, equipe e ferramentas.

Inflação do aluguel desacelera em março para 0,21%

Preços        VEJA

Inflação do aluguel desacelera em março para 0,21%

IGP-M veio abaixo das expectativas. Contudo, a taxa acumulada em 12 meses até março é de 8,06%

Placa de aluguel no bairro Vila Mariana, São Paulo
IGP-M, inflação do aluguel, acumulada alta de 8,06% em 12 meses até março (Danilo Verpa/Folhapress)
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), usado em reajustes de contratos de alguéis, subiu 0,21% em março, ante elevação de 0,29% em fevereiro, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas. A desaceleração do índice se deu por causa da redução dos preços do atacado e da construção, que acabaram por compensar a alta no varejo. Também houve desaceleração em relação à segunda prévia de março (0,24%) e o resultado ficou abaixo da expectativa de analistas, que apontavam alta de 0,31%. A variação acumulada do IGP-M em 2013 é de 0,43%, mas a taxa acumulada em 12 meses até março sobe para 8,06%.
A inflação tem sido motivo de preocupação tanto do governo quanto do mercado, principalmente depois de o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, ter se aproximado no acumulado em 12 meses em março do teto da meta do governo, ao subir 6,43% em 12 meses.
Analistas acreditam que o início do ciclo do aperto monetário será logo. Os economistas ouvidos pelo Banco Central para o relatório Focus desta semana aumentaram de 8,25% para 8,5% sua projeção para a Selic, taxa básica de juros, neste ano. Este seria, na visão deles, o próximo instrumento que o governo vai usar para tentar frear a escalada de preços. Agora, a atenção se volta para a divulgação, na quinta-feira, do Relatório Trimestral de Inflação do BC, com projeções sobre inflação e atividade econômica.

Leia também: BC poderá tomar novas medidas para conter inflação, diz Tombini
Após ata do Copom, mercado eleva previsão para Selic a 8,25%

Segmentos - O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, ficou praticamente estável, a 0,22% em março, ante avanço de 0,21% em fevereiro. Os produtos industriais desaceraram para alta de 0,30% depois de subir para 0,82% em fevereiro. Já os agropecuários registraram queda de 0,70% em março, ante recuo de 1,31% no mês anterior.

Por sua vez, no varejo, o Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no índice geral, acelerou a alta para 0,72%, contra 0,30% visto anteriormente. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, com avanço de 0,48% em março, após ter registrado queda de 1,75% no mês anterior. Nesta classe de despesa, destacou-se o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de -16,14% para -1,62%.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que responde por 10% do IGP-M, registrou elevação de 0,28% no terceiro mês do ano, desacelerando ante alta de 0,80% em março. O indicador foi puxada pela mão de obra, com alta de 0,14% após avanço de 1%.

Além de medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel. Ele é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

(com agência Reuters)

Petraeus pede perdão em primeiro discurso após deixar CIA

Mundo

Petraeus pede perdão em primeiro discurso após deixar CIA

O general renunciou depois de reconhecer relação extraconjugal com a biógrafa

David Petraeus posa ao lado de sua biógrafa Paula Broadwell no Afeganistão
David Petraeus posa ao lado de sua biógrafa Paula Broadwell no Afeganistão (AFP)
O ex-chefe da CIA, o general David Petraeus, pediu perdão na terça-feira pelo erro que lhe custou seu cargo no ano passado, em seu primeiro discurso público desde que renunciou após reconhecer uma relação extraconjugal. Dirigindo-se a militares em Los Angeles, Petraeus lamentou a dor causada por ter mantido uma relação com sua biógrafa Paula Broadwell, ao mesmo tempo em que assegurou que tenta compensar os que feriu.
"Por favor, deixem-me começar meu discurso nesta noite reiterando o quão profundamente lamento e peço perdão pelas circunstâncias que me levaram a renunciar ao meu cargo na CIA e que causaram tanta dor a minha família, amigos e seguidores", manifestou Petraeus.
Saiba mais: Petraeus nega ter passado informações secretas à amante
A renúncia do general Petraeus, de 60 anos, no dia 9 de novembro de 2012, atingiu o governo do presidente Barack Obama, três dias após sua reeleição, ao coincidir com as investigações pela gestão da CIA após o ataque ao consulado americano em Bengasi (leste da Líbia) em setembro, no qual o embaixador e outros três funcionários morreram.
Em novembro do ano passado, Susan Rice, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, admitiu que a descrição que fez do atentado foi incorreta. À época, ela afirmou que o ataque não era "organizado ou premeditado", e sim resultado de uma manifestação "espontânea" contra o filme A Inocência dos Muçulmanos.
(Com agência France-Presse)

Kristen e Pattinson farão tour de van pela Europa, diz jornal

Gente        VEJA

Kristen e Pattinson farão tour de van pela Europa, diz jornal

O casal, que aparentemente superou a crise, pretende passear com os amigos assim que o ator terminar de gravar seu próximo filme, ‘The Rover’

Robert Pattinson e Kristen Stewart, na estreia do filme 'Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1'
Robert Pattinson e Kristen Stewart, na estreia do filme 'Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1' (Ian Gavan/Getty Images)
Depois de um ano turbulento para o casal da saga Crepúsculo Kristen Stewart e Robert Pattinson, que teve de superar a pulada de cerca da atriz com um homem casado, os protagonistas da série adolescente parecem ter resolvido suas diferenças. De acordo com o tabloide britânico The Sun, os atores vão fazer uma viagem de van pela Europa, junto com alguns amigos, entre eles a cantora Katy Perry.
“Robert tem planejado a viagem há algum tempo. Ele gostaria de ir para a Itália, França e Alemanha”, disse uma fonte ao jornal. “Eles vão com alguns amigos e pediram que Katy Perry os acompanhasse. Ela tem sido uma boa amiga de ambos nesse período difícil.”
Crise - A notícia confirma a reconciliação do casal, que passou um tempo separado novamente em janeiro, quando Pattinson terminou por não sentir que podia confiar em Kristen. O rapaz estava abalado desde julho do ano passado, quando seu relacionamento chegou ao fim por causa da traição da atriz com Rupert Sanders, que a dirigiu no filme Branca de Neve e o Caçador. O diretor, então casado com a modelo Liberty Ross, também sofreu com a pulada de cerca e viu seu casamento chegar ao fim em fevereiro.
Na última sexta-feira, Pattinson e Kristen foram vistos juntos passeando por Los Angeles, em mais uma indicação de que teriam dado uma nova chance ao namoro. Segundo o Sun, o casal vai cair na estrada assim que Pattinson terminar as filmagens de seu próximo filme, The Rover, do diretor australiano David Michôd. 

Filme


Justin Bieber é acusado de agressão por vizinho, diz site

Gente        VEJA

Justin Bieber é acusado de agressão por vizinho, diz site

O cantor ameaçou um homem quando confrontado por dirigir em alta velocidade nas ruas de seu bairro e colocar crianças e cachorros em risco

Show de Justin Bieber em Nottingham, Inglaterra
Show de Justin Bieber em Nottingham, Inglaterra (Neil H Kitson/Getty Images)
Em baixa, Justin Bieber parece ir de mal a pior. Não bastasse ter de superar o fim do namoro com Selena Gomez e ter sido vaiado pelos próprios fãs por atrasar um show em Londres, agora o cantor é acusado de agressão por um vizinho. Segundo o site TMZ, Bieber dirigia em alta velocidade nas ruas próximas de sua residência, em Calabassas, na Califórnia, e ao ser confrontado por um morador, discutiu e o ameaçou. Nesta terça-feira, o vizinho registrou um boletim de ocorrência contra Bieber por agressão.
De acordo com policiais ouvidos pelo site, o homem afirmou que o cantor dirigia sua Ferrari de forma imprudente antes das 9h. O vizinho, que disse ser conhecedor de corridas de carro, teria estimado que Bieber estava a mais de 160 quilômetros por hora, o que colocou em risco crianças e cachorros que estavam na rua – inclusive sua mulher, que levava o animal de estimação do casal para passear.
Festas - Membros da equipe de segurança do cantor alegaram que, na verdade, o vizinho estava com raiva por causa das inúmeras festas que amigos do cantor promoveram na casa durante a turnê de Bieber pela Europa, da qual ele voltou na terça-feira. O homem teria dito que não se importara com isso, mas sim com o barulho do carro e a ameaça à segurança do bairro. Ele afirma que, quando foi reclamar com o cantor, ele fez contato físico e o ameaçou.
Os seguranças do cantor afirmaram ao site The Huffington Post que eles conversaram com o homem e que não houve contato físico com Bieber, apesar de a polícia ter sido chamada ao local.

Litoral de SP ainda tem ameaça de queda de barreiras

Chuvas

Litoral de SP ainda tem ameaça de queda de barreiras

Local onde uma casa desabou no bairro Beira Rio, na Praia de Boiçucanga, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (18), após as fortes chuvas que atingiram a região nos últimos dias

Às vésperas do feriadão, estradas do litoral norte que estiveram interditadas na semana passada devido às chuvas continuam com risco de deslizamento


As estradas do litoral norte que chegaram a ser interditadas na semana passada por causa das chuvas continuam com risco de deslizamento e são locais em que os motoristas devem estar atentos durante o feriado prolongado da Semana Santa. A Rodovia Rio-Santos ainda apresenta pontos com riscos mesmo sem previsão de temporais. Os morros que circundam a rodovia ainda estão encharcados e algumas encostas podem ceder com pouca chuva.
Funcionários do DER trabalham na limpeza da pista da rodovia Rio-Santos, altura do quilometro 160, em Boiçucanga, município de São Sebastião, no litoral norte paulistaO Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informa que mantém técnicos de prontidão, já que há previsão de chuvas para os próximos dias. Motoristas também devem ficar atentos a deslizamentos nas Rodovias Mogi-Bertioga e Oswaldo Cruz. Na Rodovia Tamoios, a chuva e as obras de duplicação criam mais um obstáculo: a terra transportada pelos caminhões pode se transformar em lama e causar acidentes. A sinalização de pista é precária ou simplesmente não existe em alguns pontos.
Pessoas atravessam área alagada na praia de Camburi, cidade de São Sebastião, após fortes chuvas nos últimos diasLeia também: SP: já são 1.000 afetados pela chuva em São Sebastião
Interior – Cerca de 1,3 milhão de veículos devem usar as rodovias que cortam a região de Campinas em direção ao interior de São Paulo, sul de Minas Gerais e Vale do Paraíba durante o feriado. As concessionárias aconselham que os motoristas evitem as estradas na noite de quinta-feira e manhã de sexta-feira, quando deve haver pico de movimento.
Na Rodovia Dr. Adhemar Pereira de Barros (SP-340), a concessionária Renovias montou um cenário de velório com manequins no canteiro central, perto do pedágio de Jaguariúna. Com a mensagem "Imprudência mata", a exibição faz parte de uma campanha de conscientização sobre acidentes.
Rodovia Rio-Santos segue interditada na manhã desta segunda-feira (18) entre Maresias e Boiçucanga, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, após a forte chuva que atingiu a cidade durante o fim de semana
A Via Dutra, principal rota para Aparecida, cujo santuário deve receber milhares de católicos nesta Semana Santa, tem dois pontos em obras com restrição de tráfego. No km 64,3, em Guaratinguetá, o alargamento da ponte sobre o Rio São Gonçalo faz o tráfego fluir pela faixa da direita. No km 125, em Caçapava, o tráfego segue pela faixa da esquerda e acostamento por causa de obras na ponte sobre o Ribeirão dos Mudos. Quem decidir ir para Campos do Jordão vai enfrentar a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123) com obras de manutenção e requer atenção dobrada do motorista, principalmente nos trechos de serra.
A Climatempo prevê sol para todos os dias de feriado no interior, exceto no domingo, que tem possibilidade de chuva à tarde. Na capital, Grande São Paulo, Vale do Paraíba e litoral a temperatura vai ser amena e o afastamento de uma frente fria para o mar na sexta-feira vai causar nebulosidade, mas sem chuva forte.
(Com Estadão Conteúdo)

STJ nega pedido de habeas corpus para ex-juiz Nicolau

Justiça       VEJA

STJ nega pedido de habeas corpus para ex-juiz Nicolau

Defesa queria que ex-juiz condenado por desvios de dinheiro público voltasse para prisão domiciliar, benefício cassado na segunda-feira

Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT-SP, no congresso, julho de 2000
Exames médicos concluíram que Nicolau apresenta condições de saúde estáveis (Ed Ferreira/AE)
O ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Og Fernandes negou, na manhã desta quarta-feira, o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, o Lalau, de 84 anos. Os advogados queriam revogar a decisão que mandou o ex-magistrado de volta para a prisão em regime fechado. A resolução tem caráter liminar e o mérito do habeas corpus será analisado pela sexta turma do STJ. Ainda não há data marcada para este julgamento.
Lalau foi conduzido nesta segunda à carceragem da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, após o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) ter cassado a decisão que mantinha o ex-juiz em prisão domiciliar desde 2007.
Segundo nota divulgada pelo STJ, o ministro entendeu que o TRF3 "agiu dentro das possibilidades legalmente admitidas, diante do que considerou comportamento desviante do paciente – que se transmudou em fiscal do fiscal, no cumprimento da prisão domiciliar – possível de comprometer a eficácia da atividade processual". De acordo com a Polícia Federal, Nicolau inverteu os papéis: de condenado sob vigilância, ele teria espionado sua escolta por meio de uma câmera de circuito fechado que mandou instalar clandestinamente no cômodo da casa onde ficam alojados os federais.
Ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, na capital paulista, Nicolau dos Santos Neto foi condenado a 26 anos de prisão em maio de 2006 pelos crimes de peculato, estelionato e corrupção passiva. Foi acusado também de ser o principal responsável pelo desvio de 169,5 milhões de reais durante a construção do Fórum Trabalhista em São Paulo.
Seu advogado, Francisco de Assis Pereira, argumentou que não há condenação definitiva contra o ex-juiz e afirma que o benefício da prisão domiciliar é um direito de presos provisórios com mais de oitenta anos. "É a prisão preventiva mais longa do Brasil, nunca ninguém ficou treze anos nessa situação", sustentou, acrescentando que Lalau está com a saúde abalada, com entupimento de artérias e dificuldade de locomoção.

Leia também: Na Rede de Escândalos, entenda o caso do desvio de verbas do TRT-SP
A defesa de Nicolau dos Santos Neto sustentou no agravo de execução penal – pedido pelo Ministério Público Federal – que o ex-juiz, tendo mais de oitenta anos de idade e com problemas de saúde, deveria continuar em sua casa, onde pudesse ser atendido caso houvesse necessidade de intervenção médica.
O acórdão fundamentou que o preso já havia sido submetido a exames médicos que concluíram por condições estáveis de saúde e, assim, a situação da prisão domiciliar não mais se justificava. O ministro do STJ observou que a decisão do TRF3 teve o cuidado de determinar que Nicolau fosse recolhido em condições "adequadas a sua peculiar situação pessoal (pessoa com mais de oitenta anos)", ou transferido para "hospital penitenciário que possibilite adequado tratamento de saúde, caso necessário”.
(Com Estadão Conteúdo)

Filme


Engenheiros ainda não sabem como consertar o Engenhão

Futebol

Engenheiros ainda não sabem como consertar o Engenhão

Laudo de empresa alemã alerta para risco de queda da cobertura com ventos a partir de 63 km/h. Inspeção para descobrir a solução pode levar até 60 dias

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Estádio do Engenhão é interditado por problemas estruturais Estádio do Engenhão é interditado por problemas estruturais - Ricardo Moraes/Reuters
 Estádio do Engenhão é interditado por problemas estruturais Os engenheiros sabem que a cobertura do estádio João Havelange, o Engenhão, pode ruir. E só. O que causa o problema, e até que ponto o teto resiste, é um mistério que só será solucionado num prazo que pode chegar a 60 dias. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Prefeitura do Rio, Armando Queiroga, presidente da RioUrbe, unidade da Secretaria de Obras do Rio de Janeiro, e Marcos Vidigal, representante do Consórcio Engenhão, admitiram não saber as causas que levam ao risco de desabamento.

"Acabamos de receber um relatório que não vem atrelado a soluções. É um problema sério. Não consigo prever tempo. Primeiro vamos nos debruçar. Posso falar em 30, 45, 60 dias para identificar o problema e começar a executar uma solução", disse Queiroga. Segundo ele, os trechos com oxidação aparente, exibidos pela TV Globo, não têm relação com o problema identificado agora. A deficiência da cobertura está no movimento além do previsto, ressaltou.
A montagem da cobertura do Engenhão, em 2007
Prefeitura interdita Engenhão por problemas estruturais

A interdição segue a lógica de que, se não se conhece a fundo o problema, não se conhece também o risco. A única informação disponível – ou pelo menos a única divulgada até o momento – é a de que um laudo emitido pela empresa alemã SBP indica que a estrutura da cobertura pode ruir com ventos de velocidade superior a 63 km/h.

De acordo com a análise alemã, o projeto original previa que o arco da estrutura metálica que sustenta as quatro coberturas sofresse um deslocamento natural após a retirada das escorar utilizadas durante a obra. Em 2007, uma medição indicou que o deslocamento era maior do que o esperado. Agora, a empresa alemã afirmou que o deslocamento de duas das quatro estruturas é 50% maior do que a previsão inicial.
Estádio do Engenhão é interditado por problemas estruturais
Leia também:
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“Não podemos dizer se houve problemas de projeto ou de execução. Também não sabemos o que será preciso fazer com a estrutura. Nem quanto tempo a obra vai levar. No primeiro momento, queremos identificar o problema, descobrir as responsabilidade. Depois, ver quem vai pagar a conta”, afirmou Queiroga, acrescentando que nesta quarta-feira técnicos começaram a avaliar a estrutura do estádio.

Representante do consórcio, Vidigal argumentou que o “ineditismo” do projeto é uma dificuldade para se chegar à causa. Segundo ele, na época da construção do estádio, o Engenhão era “o maior arco aberto construído sobre uma estrutura de concreto no mundo”.

Originalmente orçado em 60 milhões de reais, o Estádio Olímpico João Havelange é projeto dos arquitetos Carlos Porto, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raymundo Ferreira Gomes. A RioUrbe, da Secretaria de Obras do Município do Rio de Janeiro, foi a responsável pela fiscalização da construção, que teve consórcio vencido pela Odebrecht e OAS. Uma das sedes dos Jogos Olímpicos de 2016, o Engenhão não será excluído. A competição, que será realizada entre 5 e 21 de agosto, terá o estádio como sede das disputas de atletismo. Faltando mais de três anos para o evento, Eduardo Paes negou a chance de demolir a construção.

Conheça o roteiro e as exigências de Tom Cruise no Rio

Conheça o roteiro e as exigências de Tom Cruise no Rio

Visita começa hoje
Tom Cruise desembarca no Rio de Janeiro hoje com uma lista de exigências – típica das celebridades que vem ao Brasil.
O ator, que vem ao país para divulgar o seu novo filme, pediu uma academia particular em uma suíte presidencial do Copacabana Palace. Às 19h30, Tom Cruise estará no tapete vermelho do Cine Odeon, na Cinelândia. Mais de 200 fãs se cadastraram para recebê-lo.
Na quinta-feira, Tom Cruise visitará o Maracanã e dará entrevista para Glenda Kozlowski. Na sexta e no sábado, a agenda ainda não está definida.
Por Lauro Jardim

Países Brics voltam a criticar política monetária dos EUA e da Europa

Durban

Países Brics voltam a criticar política monetária dos EUA e da Europa

Em comunicado oficial, países entoam coro da presidente Dilma e criticam desequilíbrios causados pelos planos de estímulo do Fed e do Banco Central Europeu

Os países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)
Os países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) (Sabelo Mngoma/AP)
O grupo dos países dos Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, voltou a criticar os movimentos dos bancos centrais dos Estados Unidos, Europa e Japão para estimular a atividade econômica no mundo desenvolvido. Em comunicado divulgado ao final do encontro dos países em Durban, na África do Sul, os líderes entoaram o mantra há anos proferido pela presidente Dilma, de que a injeção de divisas para estimular o crescimento dos países em crise tem "efeitos negativos" nos chamados emergentes. Os governantes também apelaram para que essas economias façam mais para impulsionar o crescimento global - sem usar política monetária expansionista.
Os bancos centrais de países desenvolvidos injetaram trilhões de dólares na economia global nos últimos dois anos com o objetivo de estimular o crescimento econômico por meio do aumento do crédito. A grande crítica dos emergentes, sobretudo do governo petista, é de que essas divisas acabaram sendo direcionadas para investimentos especulativos em países emergentes, criando desequilíbrios nos fluxos de capitais e descompasso cambial. Os países desenvolvidos vêm rebatendo tais argumentos ao longo dos últimos anos, avisando que não há muito que possam fazer além de, literalmente, colocar dinheiro na economia para fazê-la acordar.
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Diz o comunicado: "os bancos centrais nas economias avançadas responderam com ações não convencionais de política monetária que aumentaram a liquidez global. Grandes bancos centrais deveriam evitar as consequências não intencionais dessas ações na forma de volatilidade crescente dos fluxos de capitais, moedas e preços de commodities, que podem ter efeitos negativos sobre o crescimento em outras economias, em particular os países em desenvolvimento".
Sob a gestão petista, o Brasil foi o grande idealizador de políticas protecionistas, além de criar entraves para os poucos acordos comerciais que o país detém. E é justamente o Brasil o maior defensor, em Durban, para que o próximo dirigente da Organização Mundial do Comércio (OMC) venha de um país em desenvolvimento - em especial o próprio candidato brasileiro, Roberto Azevêdo. O país não chegou a sugerir oficialmente seu candidato como sendo a opção oficial do grupo, mas conversas foram levadas adiante neste sentido.
Os cinco países dos Brics fracassaram em apoiar um candidato único para liderar o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial quando os cargos de direção dessas instituições ficaram vagos no ano passado.
Eles também expressaram "preocupação profunda com a deterioração da situação humanitária e de segurança na Síria" e defenderam uma solução para as disputas sobre o programa nuclear do Irã por meio de negociações e não pela força. "Estamos preocupados com ameaças de ação militar, bem como sanções unilaterais", diz o comunicado do grupo.
(Com Estadão Conteúdo)

Dilma descarta medidas contra inflação com impacto no PIB

Economia

Dilma descarta medidas contra inflação com impacto no PIB

Em cúpula dos Brics, presidente afirma que não acredita em ações para conter preços que reduzam o crescimento do país. E afirma: inflação está controlada

Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante reunião do bloco Brics (Brasil, Índia, China e África do Sul) em Durban, na África do Sul
Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante reunião dos Brics (Brasil, Índia, China e África do Sul) em Durban, na África do Sul (Alexander Joe/AFP)
A presidente Dilma Rousseff falou à imprensa nesta quarta-feira durante a 5ª cúpula dos Brics, na África do Sul e afirmou que não tomará quaisquer medidas de combate à inflação que possam desacelerar o crescimento da economia brasileira. Segundo ela, essa é uma questão "datada". "Esse receituário que quer matar o doente, em vez de curar a doença, é complicado. Vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado. Isso eu acho que é uma política superada", afirmou a presidente após encontro de chefes de estado dos países dos Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Sobre o crescimento da economia, Dilma afirmou que o ano de 2013 será "um pouco mais promissor do que 2012".
Como de praxe, Dilma aproveitou para criticar os analistas que pensam de maneira diferente da dela: "São sempre as mesmas vozes, você não ouviu isso do governo (que seria preciso reduzir o crescimento para combater a inflação). Não achamos que há essa relação". Ainda sobre o aumento de preços, afirmou: "Isso não significa que o governo não esteja atento. Não só estamos atentos como acompanhamos diuturnamente a questão da inflação. Não achamos que a inflação esteja fora de controle. Pelo contrário, ela está controlada. O que há são alterações e flutuações conjunturais. Mas nós estaremos sempre atentos".
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Dilma também atribuiu ao setor externo parte da culpa pela inflação registrada no ano passado: de 5,84%. Próximo ao teto da meta do governo, o indicador deixou a luz amarela acesa em 2013 para elevadas pressões sobre os preços. Há três anos, a inflação oficial do país tem ficado próxima ao topo da meta de tolerância. Em 2011, o IPCA fechou exatamente no teto de 6,5%, enquanto que em 2010, em 5,91%. "Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a redução do crescimento econômico. Até porque temos a contraprova dada pela realidade: tivemos um baixo crescimento no ano passado e houve um aumento de inflação porque teve um choque de oferta devido à crise, e um dos fatores é externo. Não tem nada que possamos fazer a não ser expandir a nossa produção para conter o aumento dos preços das commodities derivado da quebra de safra nos Estados Unidos", afirmou a presidente.

Com relação à eventual necessidade de se aumentar a taxa de desemprego para reduzir a inflação, ela disse que o problema do pleno emprego será resolvido com aumento da capacitação. "Você vai resolver, não é reduzindo o crescimento. Nós temos uma demanda grande por emprego mais especializado, de maior qualidade, e temos uma sobra de emprego menos especializado. Estamos fazendo junto com o setor privado um grande programa de especialização."

Crescimento - A presidente também afirmou que a economia brasileira vem se recuperando das desacelerações de 2011 e 2012. E creditou o cenário à "vontade política" do governo. Ela salientou que a recuperação do crescimento econômico brasileiro não foi espontânea, mas fruto de iniciativas federais, como estímulos financeiros, tributários e monetários.

Dilma também ressaltou a contribuição da queda do desemprego para o fortalecimento do mercado interno e enfatizou a importância de investimento em infraestrutura. Segundo ela, as oportunidades de investimentos devem ser ampliadas e, se há escassez de financiamentos, "vamos criar financiamentos de longo prazo".
FMI - A presidente também repetiu sua defesa por reformas nos organismos internacionais para refletir a maior representatividade econômica atual dos países emergentes. Brasil e China há muito afirmam que o sistema atual de votação do Fundo Monetário Internacional (FMI) concede injustamente benefícios à Europa e aos Estados Unidos, que dominam o Fundo desde sua fundação na década de 1940. Um acordo fechado em 2010 para implementar mudanças, inclusive elevando a China ao posto de terceiro país-membro com mais poder de voto na instituição financeira, deveria ter sido aprovada por todos os países-membros do FMI em outubro do ano passado, mas ainda não passou pelo Congresso dos EUA. "Seguimos unidos na defesa de reformas das estruturas de governança global. É necessário urgentemente atualizar e torná-las mais legítimas e representativas do mundo de hoje", afirmou.
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Catar entrega embaixada da Síria no país à principal coalizão opositora

Atualizado: 27/03/2013 09:09 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia

Catar entrega embaixada da Síria no país à principal coalizão opositora




Catar entrega embaixada da Síria no país à principal coalizão opositora
Catar entrega embaixada da Síria no país à principal coalizão opositora
Cairo, 27 mar (EFE).- O Catar entregou nesta quarta-feira o edifício da embaixada síria em Doha à opositora Coalizão Nacional Síria (CNFROS), que é reconhecida pelo país como representante do povo em substituição do regime do presidente sírio, Bashar Al Assad.
Em comunicado, a principal aliança opositora disse que realizou uma cerimônia oficial na capital do país por conta da entrega da embaixada da Síria, a primeira que passa para as maõs dos rebeldes.
A bandeira da revolução síria foi içada no imóvel depois que os opositores tomaram, ontem, o assento da Síria na cúpula de chefes de Estado e Governo da Liga Árabe, realizada nessa mesma cidade.
No ato desta quarta, estiveram presentes o presidente da CNFROS, Muaz al-Khatib, o primeiro-ministro do Governo interino opositor, Ghassan Hitto, o embaixador dos opositores sírios no Catar, Nizar al Haraki, e outros responsáveis da coalizão como Sohair al Atase e George Sabra.
Por sua vez, a delegação catariana foi liderada por Rachid Khalifa, assistente do ministro das Relações Exteriores, Hamad bin Jassim Al-Thani.
'Somos um povo unido', afirmou al-Khatib, que também lamentou a morte dos soldados sírios que combatem contra os grupos revolucionários sob as ordens de Assad.
Com a entrega oficial da sede diplomática, os opositores passarão a atender os sírios e oferecer outros 'serviços de enlace' com esse país do Golfo, explicou à Agência Efe o membro da CNFROS Khaled al Saleh.
O dirigente destacou que seu papel frente à embaixada será 'limitado', já que não poderá realizar certos trâmites como emitir passaportes para cidadãos sírios no Catar.
Em fevereiro, os opositores anunciaram que o Catar tinha aceitado Al Haraki como embaixador em Doha, um título que já ostentam outros representantes da CNFROS em países como a França, Inglaterra e Hungria.
Os países-membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), entre eles Catar, decidiram retirar em fevereiro de 2012 os embaixadores da Síria devido ao aumento da violência e à rejeição de Damasco à iniciativa árabe para buscar uma solução ao conflito.
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Especialista do governo não espera aumento do desemprego entre domésticas | Agência Brasil

Atualizado: 27/03/2013 09:20 | Por Agência Brasil, Agência Brasil

Especialista do governo não espera aumento do desemprego entre domésticas | Agência Brasil




Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A proposta de emenda à Constituição (PEC) que aumenta os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, conhecida como PEC das Domésticas, não deve gerar desemprego e aumentar a informalidade, mesmo ampliando os custos da contratação para os empregadores, avalia a secretária de Avaliação de Políticas e Autonomia Econômica das Mulheres, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Tatau Godinho.
Aprovada ontem (26) em segundo turno pelo Senado, a PEC garante o direito, entre outras coisas, a ter recolhido o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), receber indenização em caso de demissão sem justa causa, salário-família e seguro-desemprego. Esses itens ainda dependem de regulamentação.
'Não acredito que haja uma ampliação da demissão, como as pessoas têm dito. Acho que isso é mais uma resistência grande, manifestada por uma camada da sociedade que toda vez que se fala em ampliação de direitos fala que vai ter demissão', disse Tatau Godinho.
A PEC também assegura que os empregados que trabalham em domicílios, caso de faxineiras, jardineiros, motoristas, cozinheiras e babás, por exemplo, passem a ter a jornada máxima de trabalho estabelecida em oito horas diárias e 44 horas semanais.
Para a secretária de Avaliação do Trabalho da Secretaria de Políticas para Mulheres, a aprovação da PEC é uma das garantias de direito mais importantes ocorridas no Brasil nas últimas décadas. Tatau Godinho ressalta que o índice de informalidade entre os trabalhadores domésticos é elevado, por isso acredita que a lei não vá ampliar ainda mais essa realidade.
'Atualmente, dois terços das trabalhadoras domésticas no Brasil não têm carteira assinada. O que esperamos é que a legislação nova faça ampliar na sociedade brasileira a consciência para assinar a carteira dessas trabalhadoras. Tem que formalizar a relação', disse.
Edição: Davi Oliveira
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GM prevê que vendas da Cadillac na China tripliquem em 3 anos

Atualizado: 27/03/2013 09:25 | Por Reuters, Reuters

GM prevê que vendas da Cadillac na China tripliquem em 3 anos




Por Ben Klayman
NOVA YORK, 27 Mar (Reuters) - O diretor da marca Cadillac, da General Motors, espera que as vendas na China, maior mercado mundial de carros de luxo, subam até 66 por cento este ano e tripliquem até 2016.
A GM, montadora líder nos Estados Unidos, quer elevar as vendas da Cadillac na China este ano para cerca de 50 mil veículos ante os 30 mil vendidos no ano passado, disse Bob Fergunson a repórteres em um evento para lançar um novo modelo de sedan. A GM é líder de mercado na China.
Ele acrescentou prever que as vendas da Cadillac para o restante do ano no mercado dos Estados Unidos superem os 32 por cento de crescimento registrados nos dois primeiros meses.

Petrobras quer vender blocos na Nigéria por US$5 bi, dizem fontes

Atualizado: 27/03/2013 08:53 | Por Reuters, Reuters

Petrobras quer vender blocos na Nigéria por US$5 bi, dizem fontes




Por Denny Thomas e Joe Brock
HONG KONG/ABUJA, 27 Mar (Reuters) - A Petrobras lançou um leilão para vender suas participações em campos de petróleo na Nigéria, em uma operação que pode alcançar até 5 bilhões de dólares, em meio aos planos da companhia para levantar recursos para seu plano de investimento, disseram fontes próximas do assunto.
A companhia contratou a Standard Chartered para conduzir o processo, que deve começar nos próximos dois meses, segundo as fontes. Companhias petrolíferas da Ásia devem participar do leilão.
Representantes da Petrobras e da Standard Chartered não comentaram o assunto.
A Petrobras iniciou operações na Nigéria em 1998, em águas profundas do Delta do Níger. Os parceiros da Petrobras nos dois projetos nigerianos são Total e Chevron.
A estatal brasileira do petróleo detém uma participação de 8 por cento nos blocos em mar de Agbami, que são operados pela norte-americana Chevron, e 20 por cento de participação no projeto de Akpo, operado pela francesa Total.
A produção de petróleo nos campos de Agbami começou em 2008. A extração na área pode atingir 250 mil barris por dia, num projeto com reservas estimadas em 900 milhões de barris.
Akpo começou a produção em 2009 e a produção pode atingir 175 mil barris diários de condensado de óleo leve e 9 milhões de metros cúbicos de gás. O ativo tem reservas provadas e prováveis de 620 milhões de barris de condensado e mais de 28 bilhões de metros cúbicos de gás, de acordo com a Total.
A Petrobras tem um programa de desinvestimentos de 9,9 bilhões de dólares, de acordo com o plano de negócios de cinco anos atualizado neste mês. A estatal indicou os recursos totais das vendas de ativos devem entrar no caixa da empresa principalmente em 2013.
Os recursos das vendas de ativos ajudarão a Petrobras a fazer frente ao seu plano de negócios de 236,7 bilhões de dólares, o maior programa de investimentos corporativos do mundo.
No plano anunciado em 13 de março, a Petrobras indicou que focará a exploração e produção no Brasil, onde a estatal enfrenta o desafio de explorar as reservas do pré-sal.
Do total de investimentos em cinco anos, o segmento de Exploração & Produção (E&P) receberá 147,5 bilhões de dólares e, diferentemente do plano anterior, os recursos serão direcionados exclusivamente para o Brasil. O objetivo, segundo a empresa, é a "manutenção das metas de produção de óleo e gás natural".
No plano de negócios, a meta de produção de petróleo e gás foi mantida, com expectativa de que em 2016 chegue a 3 milhões de barris de óleo equivalente/dia no Brasil, ante os 2,36 milhões de barris de janeiro. Para 2017, esse volume deverá subir para 3,4 milhões de barris (com 35 por cento tendo origem no pré-sal). E, para 2020, a extração está prevista para subir a 5,2 milhões de barris.
REALISMO
A decisão de vender ativos na Nigéria aponta para um recuo na estratégia da companhia para mercados externos, antes considerados estratégicos, em favor dos objetivos do governo do Brasil em busca de uma autossuficiência em energia.
A venda de ativos, no entanto, não tem sido fácil, com compradores potenciais detectando a necessidade de a empresa fazer dinheiro, e realizando lances baixos.
A empresa recentemente cortou sua meta de venda de ativos para 9,9 bilhões de dólares ante quase 15 bilhões de dólares, após não conseguir receber ofertas atraentes para seus ativos de energia no Golfo do México.
A ConocoPhillips, por sua vez, está vendendo seu negócio na Nigéria para a Oando Energy por cerca de 1,79 bilhão de dólares, a fim de conseguir focar seus projetos de menor custo de gás de xisto norte-americano e gás natural.
(Reportagem adicional de Jeb Blount e Guillermo Parra-Bernal)

Maior ataque cibernético da História' atinge internet em todo o mundo

Atualizado: 27/03/2013 09:15 | Por BBC, BBC Brasil

'Maior ataque cibernético da História' atinge internet em todo o mundo




'Maior ataque cibernético da História' atinge internet em todo o mundo
"AP"
A internet ficou mais lenta ao redor do mundo nesta quarta-feira devido ao que especialistas em segurança chamaram de maior ciberataque da História.
Uma briga entre um grupo que luta contra o avanço do spam e uma empresa que abriga sites deflagrou ataques cibernéticos que atingiram a estrutura central da rede.
O episódio teve impacto em serviços como o Netflix - e especialistas temem que possa causar problemas em bancos e serviços de email. Cinco polícias nacionais de combate a crimes cibernéticos estão investigando os ataques.
O grupo Spamhaus, que tem bases em Londres e Genebra, é uma organização sem fins lucrativos que tenta ajudar provedores de email a filtrar spams e outros conteúdos indesejados.
Para conseguir seu objetivo, o grupo mantém uma lista de endereços que devem ser bloqueados - uma base de dados de servidores conhecidos por serem usados para fins escusos na internet.
Recentemente, o Spamhaus bloqueou servidores mantidos pelo Cyberbunker, uma empresa holandesa que abriga sites de qualquer natureza, com qualquer conteúdo - à exceção de pornografia ou material relacionado a terrorismo.
Sven Olaf Kamphuis, que diz ser um porta-voz da Cyberbynker, disse em mensagem que o Spamhaus estava abusando de seu poder, e não deveria ser autorizado a decidir 'o que acontece e o que nao acontece na internet'.
O Spamhaus acusa a Cyberbunker de estar por trás dos ataques, em cooperação com 'gangues criminosas' do Leste da Europa e da Rússia.
A Cyberbunker não respondeu à BBC quando contactada de forma direta.
'Trabalho imenso'
Steve Linford, executivo-chefe do Spamhaus, disse à BBC que a escala do ataque não tem precedentes.
'Estamos sofrendo este ciberataque por ao menos uma semana'. 'Mas estamos funcionando, não conseguiram nos derrubar. Nosso engenheiros estão fazendo um trabalho imenso em manter-nos de pe. Este tipo de ataque derruba praticamente qualquer coisa'.
Linford disse à BBC que o ataque estava sendo investigado por cinco polícias cibernéticas no mundo, mas afirmou que não poderia dar mais detalhes, já que as polícias envolvidas temem se alvos de ataques também.
Os autores da ofensiva usaram uma tática conhecida como Negação Distribuída de Serviço (DDoS, na sigla em inglês), que inunda o alvo com enormes quantidades de tráfego, em uma tentativa de deixá-lo inacessível.
Os servidores do Spamhaus foram escolhidos como alvo.
Linford disse ainda que o poder do ataque é grande o suficiente para derrubar uma estrutura de internet governamental.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Especialista do governo não espera aumento do desemprego entre domésticas | Agência Brasil

Atualizado: 27/03/2013 09:20 | Por Agência Brasil, Agência Brasil

Especialista do governo não espera aumento do desemprego entre domésticas | Agência Brasil




Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A proposta de emenda à Constituição (PEC) que aumenta os direitos trabalhistas dos empregados domésticos, conhecida como PEC das Domésticas, não deve gerar desemprego e aumentar a informalidade, mesmo ampliando os custos da contratação para os empregadores, avalia a secretária de Avaliação de Políticas e Autonomia Econômica das Mulheres, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Tatau Godinho.
Aprovada ontem (26) em segundo turno pelo Senado, a PEC garante o direito, entre outras coisas, a ter recolhido o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), receber indenização em caso de demissão sem justa causa, salário-família e seguro-desemprego. Esses itens ainda dependem de regulamentação.
'Não acredito que haja uma ampliação da demissão, como as pessoas têm dito. Acho que isso é mais uma resistência grande, manifestada por uma camada da sociedade que toda vez que se fala em ampliação de direitos fala que vai ter demissão', disse Tatau Godinho.
A PEC também assegura que os empregados que trabalham em domicílios, caso de faxineiras, jardineiros, motoristas, cozinheiras e babás, por exemplo, passem a ter a jornada máxima de trabalho estabelecida em oito horas diárias e 44 horas semanais.
Para a secretária de Avaliação do Trabalho da Secretaria de Políticas para Mulheres, a aprovação da PEC é uma das garantias de direito mais importantes ocorridas no Brasil nas últimas décadas. Tatau Godinho ressalta que o índice de informalidade entre os trabalhadores domésticos é elevado, por isso acredita que a lei não vá ampliar ainda mais essa realidade.
'Atualmente, dois terços das trabalhadoras domésticas no Brasil não têm carteira assinada. O que esperamos é que a legislação nova faça ampliar na sociedade brasileira a consciência para assinar a carteira dessas trabalhadoras. Tem que formalizar a relação', disse.
Edição: Davi Oliveira
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil
Agência Brasil - Todos os direitos reservados.

Allianz fecha acordo de US$833 mi por maior seguradora turca

Atualizado: 27/03/2013 09:02 | Por Reuters, Reuters

Allianz fecha acordo de US$833 mi por maior seguradora turca



Por Jonathan Gould e Ludwig Burger
FRANKFURT, 27 Mar (Reuters) - A Allianz assegurou a posição de liderança no mercado de seguros turco ao concordar com a compra da Yapi Kredi Sigorta (YKS) por cerca de 1,6 bilhão de liras turcas (833 milhões de dólares).
A maior seguradora da Europa disse nesta quarta-feira que estava comprando uma participação de 93,9 por cento na seguradora turca do banco local Yapi Kredi Bank. Após fechar o negócio, o grupo alemão fará uma oferta pública obrigatória para a fatia de 6,1 por cento restantes.
A população crescente da Turquia e padrões de vida em ascensão ocasionaram um aumento abrupto na demanda por seguros de carros, propriedades, saúde e de vida, mas a competição de preços entre seguradoras é intensa e muitas sofreram perdas em anos recentes.
A aquisição é o maior negócio da Allianz desde 2007 e utiliza mais de dois terços dos cerca de 1 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares) que o grupo separou como orçamento para aquisições.
O Yapi Kredi Bank, pertencente ao grupo turco Koc Holding e à italiana UniCredit, disse na terça-feira que negociações sobre a venda de sua unidade de seguros continuavam, após fontes terem dito à Reuters que a Allianz havia concordado em comprá-la.

Número de adoções por estrangeiros cai no Brasil

Atualizado: 27/03/2013 02:38 | Por BBC, BBC Brasil

Número de adoções por estrangeiros cai no Brasil





A burocracia e a mudança do perfil socioeconômico dos brasileiros vêm reduzindo o número de adoções de menores brasileiros por estrangeiros.
Representantes de organizações que lidam com essas adoções relataram à BBC Brasil que esse tipo de adoção tende a deixar de ser realizado no país. Estatísticas dos últimos 30 anos também reforçam essa percepção.
As restrições à adoção internacional estão presentes na própria lei brasileira. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em vigor desde 1990, estabelece como prioridade que menores disponíveis à adoção sejam destinados a famílias no próprio Brasil e, apenas em caráter excepcional, a estrangeiros.
Na prática, isso tem feito com que apenas crianças mais velhas, com deficiências ou com irmãos igualmente procurando por uma família sejam oferecidas a casais no exterior, já que crianças com esses perfis atraem menos brasileiros interessados em adotar.
Convenção de Haia
O governo só tem dados consolidados sobre adoção internacional no Brasil de 2003 a 2011. Os números oficiais mostram que, desde 2007 até 2011, houve uma queda de 31,67%, de 461, há seis anos, para 315 adoções, há dois anos.
Mas levantamentos independentes, realizados por acadêmicos, indicam que houve uma queda bem mais acentuada em relação a décadas anteriores.
Além de ter adotado o ECA, o Brasil promulgou em 1999 a Convenção internacional de Haia sobre adoções internacionais, que contém regras mas rigorosas para esse tipo de procedimento, visando proteger as crianças de ameaças como o tráfico internacional de menores.
O tratado estabeleceu a criação de órgãos centrais encarregados de adoções internacionais, que, no Brasil, existem nas esferas federal e estadual. Além disso, a Convenção exigiu a emissão de novos documentos para efetivar o processo de adoção.
Jane Prestes, secretária da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Paraná, ressalta as dificuldades impostas pela convenção. 'Não podia mais fazer adoção por procuração, com advogados. Todas as organizações que ajudavam estrangeiros a adotar crianças no Brasil tiveram que ser recredenciados em Brasília', explica.
O aumento da burocracia fez com que algumas organizações deixassem, na prática, de operar no país. Segundo Jane, algumas delas 'fugiram' para países onde a burocracia é menor, como os que não ratificaram a Convenção de Haia, como o Haiti e a Rússia.
Maristela Vilhena, advogada que trabalha há mais de 30 anos com adoções internacionais, elogia a legislação atual. 'Antes era uma terra de ninguém. A questão não é só fazer adoção, tem que fazer adoção bem feito', opine.
Segundo ela, as normas adotadas pelo Brasil 'prejudicam, em última instância', os menores esperando por adoções por pessoas no exterior, mas elas são 'necessárias' para protegê-los.
Demora
Tanto Maristela quanto Jane salientam, porém, que o principal problema que emperra as adoções no Brasil é o mesmo tanto para as feitas por adotantes brasileiros quando por estrangeiros: a demora da justiça em liberar as crianças para adoção.
Para que isso aconteça, as autoridades judiciais precisam eliminar as possibilidade de que um membro da família da criança possa ficar com ela, o que é prioridade pela lei brasileira.
Esperando pela chamada destituição do poder familiar, muitos menores passam mais tempo nos abrigos do que os dois anos máximos previstos em princípio pela lei brasileira.
O Conselho Nacional de Justiça estima que 44.313 crianças estavam em centros de acolhimento em todo o país, mas só 5.487 delas estavam disponíveis para adoção.
'Muitas vezes demoram anos para colocar para adoção internacional, tentando reinserção na família de origem, avaliando, checando', diz a psicóloga Cintia Reis da Silva, da organização italiana de adoção internacional Senza Frontiere Onluz.
'Quando disponibilizam para adoção já tem mais de nove anos de idade, não conseguem a (adoção) nacional e continuam tentando, e só quando a criança está maiorzinha é que colocam para a internacional. Deveriam ter um bom senso', opina.
Crianças com deficiências ou que tem irmãos - devendo então ser adotadas com eles - acabam encontrando um caminho mais rápido rumo à adoção por estrangeiros por, em geral, não se encaixarem no perfil procurado por brasileiros.
Mas a adoção desses menores também é difícil no exterior, o que gera um desestímulo para organizações internacionais que atuam com adoções no Brasil.
Kathleen Nelson, diretora da Hands Across the Water, uma organização americana que deixou de atuar no Brasil, disse que a decisão ocorreu porque a entidade 'não podia encontrar famílias que queriam adotar as crianças disponíveis' no país.
'Embora as famílias estivessem interessadas em crianças mais velhas, as que nos eram indicadas tinham deficiências físicas significativas. Sabemos que essas crianças também precisam de famílias, mas o sistema parecia segurar as mais jovens e saudáveis, e estas também permaneciam nos orfanatos até que tivessem mais problemas e ficassem mais difíceis de adotar', explicou.
'Mudança de paradigma'
Questionada pela BBC Brasil sobre a queda no número de adoções internacionais no Brasil, a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos reconheceu que 'todos os programas governamentais priorizam a recolocação de crianças em sua família de origem'.
'No momento, não existe uma meta formal para acabar com a adoção internacional, o que vem ocorrendo é uma mudança no paradigma socioeconômico do país, com redução do número de crianças abrigadas, em consequência direta da melhoria dos indicadores socioeconômicos', diz uma nota divulgada pela secretaria.
Dora Martins, secretária da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional de São Paulo, reforça essa visão.
'Fato é que o Brasil tenta e vai continuar tentando 'acabar' com a adoção internacional na medida em que, combatendo a pobreza, quer evitar a desintegração familiar e a ida de crianças para abrigos.'
'Por certo, vai demorar', afirma. 'Mas, e ao mesmo tempo, temos tido uma mudança no perfil dos adotantes brasileiros que, cada vez mais, estão aceitando crianças maiores, negras e com problemas de saúde para adoção. Isso, por certo, diminui a necessidade de buscar pretendentes internacionais para elas.'
Maristela Vilhena se diz cética quando ao fim da adoção internacional no Brasil, ainda que veja o procedimento como um problema para o governo, na medida que indica um falha na tentativa de resolver internamente o problema dos menores sem família.
'As adoções internacionais atrapalham o marketing político do governo. São um sinal de que tem algo errado', avalia.
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Argentina reivindica as Malvinas na ONU, mas Reino Unido rejeita mediação

Atualizado: 26/03/2013 19:00 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia

Argentina reivindica as Malvinas na ONU, mas Reino Unido rejeita mediação





Emilio López Romero.
Nações Unidas, 26 mar (EFE).- A Argentina voltou a levar nesta terça-feira às Nações Unidas sua histórica reivindicação pelas Malvinas, ato no qual contou com o respaldo 'unânime' da América Latina para exigir que o Reino Unido negocie a soberania das ilhas.
O chanceler argentino, Héctor Timerman, se reuniu hoje com o secretário-geral da ONU para pedir novamente que exerça seus bons ofícios perante as autoridades britânicas, em um encontro no qual disse que Ban Ki-moon confirmou que o Reino Unido já rejeitou a mediação oferecida.
'É lamentável que, havendo 40 resoluções da ONU para que os dois países negociem um acordo pacífico e definitivo sobre a soberania das ilhas, o Reino Unido tenha rejeitado', afirmou em entrevista coletiva o chefe da diplomacia argentina.
Ao término da reunião, e enquanto Timerman e seus colegas latino-americanos compareciam perante a imprensa, o escritório do porta-voz de Ban emitiu um breve comunicado no qual disse tomar nota do 'forte respaldo regional' ao governo argentino e no qual reiterou seus bons ofícios 'se as partes estão dispostas a aceitá-los'.
Timerman esteve acompanhado na sua visita à ONU pelo chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, que foi ao encontro com Ban Ki-moon em representação da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac); de seu colega uruguaio, Luis Almagro, pelo Mercosul, e do vice-ministro das Relações Exteriores do Peru, José Beraún Aranibar, em nome da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
O representante do governo argentino voltou a repetir hoje que o referendo realizado nas ilhas em março 'foi ilegal' e disse que 'a ONU também não o reconhece' porque se trata de uma consulta organizada por uma potência colonizadora.
Por sua parte, o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, lamentou que o ministro argentino e seus colegas da América Latina dediquem 'tão pouco tempo' a falar sobre os moradores das ilhas e a 'expressão legítima de seu direito à livre determinação e a escolher seu próprio destino'.
Perguntado por uma possível mediação do papa Francisco, Timerman lembrou que a presidente argentina, Cristina Kirchner, já se reuniu com o santo padre e lhe pediu sua intervenção.
'Quando o papa Francisco era o cardeal (argentino) Jorge Mario Bergoglio já disse que as Malvinas eram argentinas', acrescentou o chanceler.
A Guerra das Malvinas começou em abril de 1982 com o desembarque de tropas argentinas no arquipélago e terminou em junho do mesmo ano com sua rendição perante as forças enviadas pelo Reino Unido, depois de um conflito no qual morreram 255 britânicos, três ilhéus e 649 argentinos. EFE
elr/rsd
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BCE dá ultimato ao Chipre sobre resgate, bancos encaram cortes

Atualizado: 21/03/2013 06:34 | Por Reuters, Reuters

BCE dá ultimato ao Chipre sobre resgate, bancos encaram cortes




BCE dá ultimato ao Chipre sobre resgate, bancos encaram cortes
REUTERS
Por Michele Kambas e Paul Carrel
NICÓSIA, 21 Mar (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) deu ao Chipre até segunda-feira para levantar bilhões de euros com o objetivo de acertar um resgate internacional, ou enfrentará a perda de recursos emergenciais para seus bancos e o inevitável colapso.
O ultimato foi dado no momento em que os líderes da ilha realizam discussões sobre um "Plano B" para tentar levantar 5,8 bilhões de euros exigidos pela União Europeia (UE) segundo um resgate de 10 bilhões de euros, depois que parlamentares chamaram um imposto sobre depósitos bancários de "roubo bancário".
O governo disse que os líderes partidários concordaram em criar um "fundo de solidariedade" que reuniria ativos estatais como base para uma emissão emergencial de bônus, mas o porta-voz do Parlamento, Yiannakis Omirou, insistiu que um imposto revisado sobre depósitos maiores, muitos deles de russos, não está em discussão.
O BCE, que tem mantido os bancos do Chipre operacionais com uma linha de liquidez, afirmou que o governo tem até segunda-feira para conseguir um acordo, ou os recursos serão cortados.
"Depois disso, a Assistência de Liquidez Emergencial (ELA, na sigla em inglês) só poderá ser considerada se um programa da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) estiver em vigor que garanta a solvência dos bancos em questão" informou o banco.
O presidente do banco central do Chipre, Panicos Demetriades, afirmou que espera fechar um pacote de suporte financeiro até segunda-feira. Ele não disse como.
O governo ordenou que os bancos permaneçam fechados até terça-feira. A bolsa de valores também suspendeu as negociações pelo resto da semana.
Havia longas filas em algumas agências bancárias em Nicósia, uma vez que os funcionários reabasteceram os caixas eletrônicos, que continuam a operar enquanto os bancos estão fechados desde a semana passada.
Em Moscou, o ministro das Finanças cipriota, Michael Sarris, afirmou que estava discutindo possíveis investimentos russos nos bancos e em recursos energéticos da ilha para reduzir o peso de sua dívida, assim como uma extensão de um atual empréstimo russo de 2,5 bilhões de euros.
(Reportagem adicional de Karolina Tagaris e Costas Pitas em Nicósia, Georgina Prodhan em Viena, Lidia Kelly e Darya Korsunskaya em Moscou)

Modelo de ajuda ao Chipre gera temores na Europa

Atualizado: 25/03/2013 20:50 | Por BBC, BBC Brasil

Modelo de ajuda ao Chipre gera temores na Europa




Modelo de ajuda ao Chipre gera temores na Europa
"Banco no Chipre"
Os mercados da Europa e dos EUA registraram movimento de queda nesta segunda-feira depois que o ministro de Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, líder do Eurogrupo, disse que o acordo para ajudar o país representa um novo modelo para resolver problemas futuros no sistema bancário da zona do euro.
Dijsselbloem desempenhou um papel crucial nas negociações sobre a crise no Chipre como líder do Eurogrupo, que reúne ministros de Finanças da zona do euro.
O modelo do pacote de resgate do Chipre, negociado com União Europeia e FMI (Fundo Monetário Internacional), envolve a cobrança de imposto sobre depósitos bancários.
Serão afetados os depósitos superiores a 100 mil euros. Segundo o governo, os clientes com depósitos nessa faixa - que são russos, na maioria - deverão sofrer perdas de cerca de 30%.
O editor de Economia Internacional da BBC, Andrew Walker, observa que, no acordo sobre o Chipre, o fardo recai sobre acionistas e credores, e não sobre o governo e os contribuintes.
Segundo Walker, na atual crise econômica que aflige diversos países da zona do euro, o mais comum é que os governos injetem capital nos bancos.
As declarações de Dijsselbloem geraram temores de que outros países europeus com bancos em dificuldade possam ser submetidos à mesma solução encontrada no Chipre.
Horas depois, Dijsselbloem esclareceu o comentário, e disse que o Chipre é 'um caso específico com desafios excepcionais'.
'Doloroso'
O acordo vai garantir ao Chipre um resgate de 10 bilhões de euros. Em troca, o país concordou em reestruturar seus sistema bancário.
O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, disse em um pronunciamento à nação transmitido pela TV que o acordo era 'doloroso', mas o melhor que se pode obter diante das circunstâncias.
Anastasiades disse que as restrições à movimentação de capital serão temporárias e prometeu proteger os fracos, ao afirmar que os pagamentos de benefícios sociais serão cumpridos.
O Banco Central do Chipre informou que os bancos do país ficarão fechados até quinta-feira, para garantir que funcionem com tranquilidade quando reabrirem.
Quando reabrirem, medidas temporárias serão colocadas em prática sobre as transações, disse o Banco Central.
Apesar do tamanho reduzido da economia do Chipre, a crise despertou temores de que a possível saída do país da zona do euro provocasse uma onda de desconfiança em relação ao bloco.
Analistas afirmam que agora, apesar de permanecer na zona do euro, o país ainda tem pela frente várias dificuldades enquanto tenta se recuperar da crise.
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