quarta-feira, 27 de março de 2013

Barra do Piraí de luto pelo menino João Felipe

Crime

Barra do Piraí de luto pelo menino João Felipe

Crime brutal chocou a cidade. Menino de 6 anos foi encontrado morto em uma mala. Segundo a polícia, assassina é uma manicure, amiga da mãe da vítima

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Enterro do menino João Felipe, em Barra do Piraí
Enterro do menino João Felipe, em Barra do Piraí (João Marcos Coelho/Diário do Vale/Ag. O Dia)
Este é o segundo episódio bárbaro na vida da família. Há 18 anos, Vanuza Bichara Braga, tia de João Felipe, foi assassinada a tiros pelo marido. Na época, Vanuza tinha 23 anos e deixou um filho de 1 ano, que foi criado pelo avô materno
A cidade de Barra do Piraí, no Sul Fluminense, terá três dias de luto. O prefeito Maércio de Almeida tomou a decisão em razão da grande comoção causada pelo assassinato do menino João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, encontrado em uma mala na tarde de segunda-feira. A assassina, segundo a Polícia Civil, seria a manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, amiga da mãe do menino. De acordo com o delegado Mário Omena, da 88ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí), o crime foi premeditado. Suzana, diz Omena, ligou para a escola do menino se passando por uma tia do garoto, dizendo que ia busca-lo. A manicure levou a criança para o Hotel São Luiz, no Centro da cidade, e o asfixiou até a morte com uma toalha.
João Marcos Coelho/Diário do Vale/Ag. O Dia
A manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, acusada de matar o menino João Felipe, em Barra do Piraí
A manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, acusada de matar o menino João Felipe, em Barra do Piraí
O enterro de João Felipe foi realizado na tarde desta terça-feira, sob forte emoção. Este é o segundo episódio bárbaro na vida da família. Há 18 anos, Vanuza Bichara Braga, tia de João Felipe, foi assassinada a tiros pelo marido. Na época, Vanuza tinha 23 anos e deixou um filho de 1 ano, que foi criado pelo avô materno.
Avô de João Felipe, Heraldo Bichara, 71 anos, expressou a dor da família. “Está sendo muito difícil. Era um menino que tinha a vida toda pela frente, tinha tudo para ter uma vida feliz. Foi como se tivesse caído uma bomba atômica na nossa cabeça”, disse Heraldo, pouco antes do sepultamento.
A polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por vingança. O crime chocou a população da pacata Barra do Piraí, de cerca de 95.000 habitantes. A segurança da delegacia precisou ser reforçada para evitar que a suspeita fosse linchada. João Felipe sumiu por volta das 14h30 de segunda-feira, após ser buscado na escola onde estudava, o Instituto de Educação Franciscana Nossa Senhora Medianeira, escola religiosa de classe média alta da região.
Segundo o delegado Mário Omena, da 88.ª Delegacia de Polícia (Barra do Piraí), Suzana teria ligado para o colégio se passando por uma tia do garoto, dizendo que ia buscá-lo porque ele tinha uma consulta médica. Ela foi à escola de táxi. "Quando estava perto do colégio, ela simulou que estava falando ao celular e pediu ao taxista para pegar o garoto. Em seguida, o taxista os levou ao Hotel São Luiz, no centro da cidade, onde Suzana asfixiou o menino até a morte com uma toalha no rosto", contou o delegado.
Segundo Omena, cerca de 20 minutos depois de dar entrada, Suzana saiu do hotel carregando o menino nos braços, como se ele estivesse dormindo. Ela pegou outro táxi e voltou para sua casa, na Rua Cristiano Otoni, também no centro. Lá, a manicure despiu o menino e o colocou dentro de uma mala. Depois, saiu para confortar Aline, mãe de João Felipe.
(Com Estadão Conteúdo)

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