quarta-feira, 27 de março de 2013

EUA condenam ameaças feitas pela Coreia do Norte

Ásia

EUA condenam ameaças feitas pela Coreia do Norte

Pentágono avisa: país está pronto para responder a “qualquer contingência”

Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte, juntamente com um comunicado, informa que os soldados estão preparados para o combate contra a Coreia do Sul e Estados Unidos
Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte, juntamente com um comunicado, informa que os soldados estão preparados para o combate contra a Coreia do Sul e Estados Unidos (KCNA/Reuters)
O departamento de Defesa americano condenou nesta terça-feira a retórica “belicosa” da Coreia do Norte e reafirmou que os Estados Unidos estão prontos para responder a qualquer eventualidade. O porta-voz do Pentágono, George Little, disse que as mais recentes ameaças do ditador Kim Jong-un seguem um padrão bem conhecido desenhado para elevar as tensões e intimidar. Bem conhecida foi também a reação americana, que não fugiu ao óbvio.
“Nós estamos preocupados com qualquer ameaça levantada pelos norte-coreanos”, disse Little, lembrando que o país asiático não tem apenas artilharia, mas também capacidade nuclear. “Eles precisam parar de ameaçar a paz na península, isso não ajuda ninguém. E nós permanecemos prontos para responder a qualquer contingência”.
A Coreia do Norte mostrou os dentes mais uma vez nesta terça, ao ordenar que mísseis e peças de artilharia sejam colocados em “posição de combate” para atacar a qualquer momento alvos americanos. Bases no Havaí, na ilha americana de Guam, no Oceano Pacífico, e também na área continental dos EUA são os alvos, segundo Pyongyang. Segundo o comando militar norte-coreano, as unidades de artilharia serão colocadas em “alerta máximo”. Nos últimos dias, EUA e Coreia do Sul discutiram como afinar uma reação em conjunto em caso de ataque do Norte.
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Na semana passada, o governo de Kim Jong-un já havia ameaçado atacar alvos dos EUA na Ásia em resposta ao voo de bombardeiros americanos B-52 na península coreana durante as manobras militares entre Washington e Seul. Horas antes da nova ameaça de Pyongyang, a imprensa oficial do regime comunista noticiou a realização de simulações de defesa no litoral leste do país, supervisionadas pessoalmente pelo jovem ditador.
Embora especialistas duvidem que a Coreia do Norte tenha capacidade para atingir a área continental dos Estados Unidos, as bases no Japão e na ilha americana de Guam estão dentro da área de alcance das armas convencionais de Pyongyang e são, portanto, um alvo realista. Diante do discurso norte-coreano, os EUA afirmaram recentemente que têm totais condições de proteger o seu território e o de seus aliados na Ásia.
As tensões aumentaram depois que Pyongyang anunciou a realização de um teste nuclear, em fevereiro deste ano, o terceiro da história norte-coreana. Depois do teste, a ONU ampliou as sanções contra o país, que passou a fazer ameaças a Washington e a Seul.

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