sexta-feira, 5 de abril de 2013

Coreia do Norte propõe retirada de embaixadas da capital

Diplomacia


Motivo seria aumento da tensão na península coreana, segundo diplomata

Tanques sul-coreanos passam por uma ponte temporária perto da fronteira com a Coreia do Norte. Nova presidente da Coreia do Sul prometeu forte resposta militar a qualquer provocação da Coreia do Norte depois que Pyongyang anunciou que os dois países estavam agora em estado de guerra
Tanques sul-coreanos passam por uma ponte temporária perto da fronteira com a Coreia do Norte. Nova presidente da Coreia do Sul prometeu forte resposta militar a qualquer provocação da Coreia do Norte depois que Pyongyang anunciou que os dois países estavam agora em estado de guerra - Kim Jae-Hwan/AFP
A Coreia do Norte disse a embaixadas estrangeiras para considerarem a possibilidade de retirada de pessoal caso as tensões aumentem, informou nesta sexta-feira a agência de notícias oficial da China, Xinhua, citando fontes diplomáticas. A Rússia já havia informado que Pyongyang pediu a retirada dos funcionários de sua embaixada na capital em função do aumento da tensão na península coreana.
"Em 5 de abril, um representante da chancelaria da Coreia do Norte propôs que a Rússia estude a evacuação dos funcionários de sua embaixada diante do agravamento da situação na península coreana", disse o diplomata Denis Samsonov. Ele acrescentou que Moscou atualmente estuda que decisão adotará.


Samsonov ressaltou que a situação na capital norte-coreana é de normalidade. "Não está ocorrendo nada de extraordinário. A não ser por hoje ser feriado. A embaixada trabalha de forma habitual", disse. As embaixadas da Rússia, China e Cuba estão entre as poucas credenciadas a funcionar na Coreia do Norte.
Crítica - A Rússia, que compartilha apenas 20 quilômetros de fronteira com a Coreia do Norte, considera inadmissível a decisão de Pyongyang de buscar meios para legitimar seu status de país nuclear. "Intenções como essa complicam gravemente, se não chegam a fechar, as perspectivas de reatamento das conversas de seis lados para a solução do problema nuclear na península de Coreia", disse na quinta-feira o porta-voz da chancelaria russa, Aleksandr Lukashevich. A China, considerada a principal aliada do regime comunista norte-coreano, pediu cautela às duas partes.


Em 26 de março, a Coreia do Norte anunciou que havia colocado seus mísseis e unidades de artilharia "em posição de combate", com mira na Coreia do Sul, no território continental dos Estados Unidos e nas bases militares americanas no Pacífico. Em seguida, em 30 de março, Pyongyang declarou estado de guerra contra a Coreia do Sul.
Nesta sexta-feira, a Coreia do Sul deslocou dois navios de guerra com capacidade para interceptar mísseis balísticos para sua costa, depois de detectar indícios de que a Coreia do Norte pode estar preparando um ataque nos próximos dias. Citando um alto oficial militar, a agência Yonhap aponta que, após um mês de ameaças, a Coreia do Norte transferiu de trem, no início desta semana, dois mísseis Musudan e os colocou em plataformas de lançamento móveis na costa leste, no que seria um dos últimos preparativos antes de um lançamento surpresa.
(Com agência EFE)

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