sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sistema de refrigeração de Fukushima volta a funcionar

Japão


Usina atingida por tsunami sofreu dois apagões em menos de três semanas

Central nuclear de Fukushima Daiichi
Central nuclear de Fukushima Daiichi  (Reuters)
O sistema de refrigeração das piscinas de armazenamento para o combustível usado na central nuclear de Fukushima Daiichi voltou a funcionar, depois do segundo apagão que a usina sofreu em menos de três semanas, anunciou nesta sexta-feira a operadora TEPCO.

Entenda o caso


  1. • Em 11 de março, um tsunami, que se seguiu a um terremoto de 9 graus de magnitude, devastou o nordeste do Japão, resultando na morte de 15.000 pessoas.
  2. • O desastre natural atingiu a usina nuclear de Fukushima e deu origem à mais grave crise atômica desde Chernobyl, em 1986.
  3. • A partir de então, o mundo todo passou na discutir a real necessidade da energia nuclear, com o temor de que uma nova catástrofe possa colocar o mundo em risco.

Um porta-voz da TEPCO disse, em uma entrevista coletiva, que o sistema de resfriamento da piscina próxima ao reator 3 estava novamente operacional após parar de funcionar por várias horas. Os motivos da paralisação do sistema ainda não foram determinados, mas os peritos suspeitam que o problema possa estar relacionado com as constantes obras no complexo, devastado pelo terremoto e maremoto de 2011.
Um incidente similar aconteceu no início de março, quando ao que tudo indica um rato provocou um curto-circuito que interrompeu o funcionamento do sistema de refrigeração das piscinas. O problema foi solucionado em dois dias. Na ocasião, a TEPCO foi alvo de muitas críticas pela demora a reagir ao apagão.
Segurança - A situação na central de Fukushima é considerada estável desde dezembro de 2011, mas os reiterados problemas com o sistema de refrigeração das piscinas provoca dúvidas sobre a segurança de seu funcionamento.
O segundo blecaute em Fukushima deixa a usina em situação delicada e reaviva temores de uma nova crise nuclear dois anos após o tsunami de 2011 ter provocado vazamento radioativo na central, no pior acidente do tipo desde Chernobyl. Além do acidente nuclear, o terremoto e o tsunami provocaram evacuação de milhares de pessoas que viviam em torno da central e afetaram gravemente a agricultura, pecuária e pesca da região.
(VEJA Com agência France-Presse)

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