segunda-feira, 1 de abril de 2013

Prévia da inflação desacelera em fevereiro para 0,68%

Preços VEJA

Prévia da inflação desacelera em fevereiro para 0,68%

IPCA-15 ficou abaixo do registrado em janeiro, mas acima da previsão de especialistas. Em 12 meses, indicador acumula alta de 6,18%, informa IBGE

Consumidores observam preços em Supermercado
Aumento de preços está preocupando equipe econômica do governo Dilma Rousseff (AFP)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado prévia do indicador oficial de inflação, registrou alta de 0,68% em fevereiro, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma desaceleração dos preços em relação a janeiro, quando o indicador ficou em 0,88%. O índice, contudo, está bem acima do registrado no mesmo período do ano passado: 0,53%.
O IPCA-15 ficou acima da média das projeções de 33 analistas consultados pela agência Reuters, que apontava expansão de 0,61% para o indicador. Somando os indicadores de janeiro e fevereiro, o IPCA-15 já marca alta de 1,57% neste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta de preços medida pelo índice é significativa, de 6,18%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores, quando ficou em 6,02%.
Nesta segunda-feira o mercado reduziu levemente a projeção para o IPCA cheio de 2013 pela primeira vez no ano, passando-a para 5,7%, ante 5,71% projetados na pesquisa anterior, informou a pesquisa semanal Focus do Banco Central (BC). Para o ano que vem, o mercado espera IPCA em 5,5% - mesma previsão da semana anterior. Os analistas mantiveram também a perspectiva de manutenção da Selic, taxa básica de juros, em 7,25% ao ano.


Contudo, esta semana economistas começam a revisar suas projeções para a taxa básica de juros, após declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que "os ciclos monetários não foram abolidos". Tanto Tombini quanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já deixaram claro que o governo está desconfortável com o nível atual dos índices de preços e que os juros continuam a ser o principal instrumento de combate à inflação, ou seja, aumentos da Selic podem estar próximos.

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