segunda-feira, 1 de abril de 2013

Mercado aposta em crescimento de 3,01% e juros a 8,5%

Banco Central  VEJA

Mercado aposta em crescimento de 3,01% e juros a 8,5%

Economistas mantiveram também sua expectativa para a inflação em 5,71%

Mercado de pescados no CEAGESP
Aumento de preços ao consumidor esperado pelo mercado está em linha com o do BC (Reinaldo Canato)
Analistas do mercado financeiro elevaram levemente a projeção para o crescimento da economia em 2013, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira. A previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 3% para 3,01%, de acordo com o Banco Central. Contudo, a projeção ainda está abaixo da esperada há quatro semanas, de 3,09%. Para 2014, a expectativa se manteve em 3,5%.
Já a previsão para os juros manteve-se inalterada, após três semanas de alta consecutivas. Os especialistas apostam em uma Selic a 8,5% no final deste ano. A projeção de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2013 foi mantida em 5,71%
 Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,70%. Para 2014, a projeção subiu pela terceira semana consecutiva, passando de 5,60% para 5,68%. Há quatro semanas, estava em 5,50%. A projeção de alta da inflação para os próximos 12 meses subiu de 5,42% para 5,43%, conforme a projeção suavizada para o IPCA. Há quatro semanas, estava em 5,62%.
Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2013 no cenário de médio prazo subiu de 5,72% para 5,79%. Para 2014, a previsão dos cinco analistas segue em 6,05%. Há um mês, o grupo apostava em altas de 5,57% e de 6,20% para cada ano, respectivamente. Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA em março de 2013 segue em 0,50%, acima do 0,43% previsto há quatro semanas. Para abril de 2013, segue em 0,40%. Há quatro semanas, estava em 0,51%.
Para a produção industrial e o dólar, as estimativas dos analistas estão em 3,12% (ante 3% na semana anterior) e 2 reais. No ano que vem, a expectativa é que finalizem o ano em 3,95% e 2,05 reais.

Preços ao consumidor - Apesar de a estimativa para o IPCA ter sido mantida nesta semana, os preços ao consumidor ainda preocupam o governo, ainda mais depois de o relatório trimestral de inflação mostrar que o índice vai estourar o teto da meta de 6,5% e finalizar o ano distante do centro da meta (4,5%), a 5,7% - condizente com a projeção do mercado).

Na quinta-feira passada, um discurso mal interpretado da presidente Dilma Rousseff causou um alvoroço no mercado. Dilma declarou, ainda na África do Sul, quando participava da reunião dos Briscs, que não tomaria quaisquer medidas de combate à inflação que possam desacelerar o crescimento da economia brasileira. Ao explicar, horas depois, que havia sido um mal entendido, a presidente chamou a imprensa de manipuladora. Nem mesmo a declaração posterior do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a instituição está acompanhando de perto a evolução da inflação acalmou os mercados e os títulos atrelados à inflação de longo prazo subiram.

(com agências Reuters e Estadão Conteúdo)

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