Paleontologia
Terceiro maior pterossauro do mundo é descoberto no Brasil
Esqueleto apresentado no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, mede 8,26 metros de envergadura e é o pterossauro gigante mais completo já encontrado

O esqueleto
estará exposto a partir desta sexta-feira no Museu Nacional de
Universidade Federal do Rio de Janeiro - Ricardo Moraes/Reuters
A partir da análise da anatomia do esqueleto, os cientistas identificaram os fósseis como pertencentes a um pterossauro da espécie Tropeognathus mesembrinus, descoberta na década de 1980. Segundo os paleontólogos, o fóssil é o mais completo esqueleto de um pterossauro gigante já encontrada no mundo — os dois animais maiores que o exemplar brasileiro são conhecidos por meio de apenas alguns ossos. “O esqueleto está 60% completo, com partes significativas do crânio, da mandíbula, coluna e asas”, diz Alexander Kellner, paleontólogo da Universidade Federal do Rio de Janeiro responsável pela descoberta.
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Répteis voadores enormes, que viveram na mesma época dos dinossauros. Alguns chegaram a ter 20 metros de envergadura de uma asa à outra. Nenhum outro animal voador foi tão grande. Desapareceram há cerca de 65 milhões de anos, juntos com todos os dinossauros não-avianos.
Segundo os pesquisadores, a pesquisa é importante por mostrar que os pterossauros gigantes já existiam há cerca de 110 milhões de anos. “Até agora, só se conheciam evidências do final do Período Cretáceo, há cerca de 70 milhões de anos. Esse fóssil mostra que eles são muito mais antigos”, afirma o paleontólogo.
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Bacia do Cariri – Os ossos descritos pelos pesquisadores foram descobertos há cerca de 30 anos por habitantes da Bacia da Araripe, uma região no Cariri extremamente rica em fósseis pré-históricos. A grande quantidade de restos de pterossauros encontrados ali coloca a região entre as mais importantes do mundo para a pesquisa desse tipo de animal. “O esqueleto foi entregue ao Museu Nacional por habitantes da região há cerca de 10 anos, o que fez com que perdêssemos informações importantes sobre as rochas onde ele foi encontrado. Isso mostra a importância de que realizemos escavações contínuas na região”, diz Alexander.
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