França
Nova proposta de Hollande para taxar ricos irrita empresários
Na quinta-feira à noite, o presidente francês apresentou uma nova versão de seu plano para taxar os mais ricos. Agora a proposta é que as empresas paguem os tributos e não as pessoas
François Hollande, presidente francês, quer que ricos ajudem a França a
sair da crise
Hollande: peço às Nações Unidas que forneçam imediatamente ao povo
sírio todo o apoio que ele nos solicita e proteja as zonas libertadas
(Eduardo Munoz / Reuters)
Com o novo plano ele quer obrigar os mais ricos a ajudarem a tirar a França da crise. Mas, além de o imposto reforçar a impressão de que Hollande é contra as empresas, a nova versão da proposta ainda projeta a geração de menos receita ao governo do que na versão anterior, que arrecadaria cerca de 200 milhões de euros (260 milhões de dólares) ao ano de cerca de 1.500 milionários franceses. "Não entendo o pensamento do presidente", disse Laurence Parisot, diretor da entidade empresarial Medef, qualificando a nova versão do superimposto como "um golpe ao setor empresarial."
Leia mais: Por que é ineficaz tributar pesadamente os mais ricos
Em 29 de dezembro do ano passado, o Conselho Constitucional francês, principal instância do Judiciário, anulou o imposto de 75% para os rendimentos superiores a um milhão de euros por dois anos, aprovado pelo governo de esquerda de Hollande. Isso aconteceu logo depois de o ator francês Gérard Depardieu se mudar para a Bélgica para pagar menos impostos. Na ocasião, o primeiro-ministro do país, Jean-Marc Ayrault, anunciara que o governo ia propor um novo dispositivo para poder aplicar o imposto.
Durante o Fórum Econômico de Davos, onde se reuniu com a elite empresarial do mundo em fevereiro, o ministro francês das Finanças, Pierre Moscovici, apresentou novamente a ideia do "super imposto", explicando os objetivos desta tributação "excepcional" e enfatizando sua natureza transitória.
Nenhum comentário:
Postar um comentário