sábado, 30 de março de 2013

Coreia do Norte anuncia 'estado de guerra' com Sul

Extremo Oriente

Coreia do Norte anuncia 'estado de guerra' com Sul

Pyongyang ameaça reagir a qualquer provocação militar na região fronteiriça

Soldados norte-coreanos compareceram à praça Kim Il Sung, no centro de Pyongyang, nesta sexta-feira (14), para comemorar sucesso do lançamento do foguete Unha-3
Soldados norte-coreanos compareceram à praça Kim Il Sung, no centro de Pyongyang, nesta sexta-feira (14), para comemorar sucesso do lançamento do foguete Unha-3 (Ng Han Guan/AP)
A Coreia do Norte reforçou sua retórica beligerante e provocativa na manhã neste sábado, horário local. O governo de Kim Jong-un anunciou que o país entrou em 'estado de guerra' com a Coreia do Sul. Os dois países estão tecnicamente em guerra desde 1953 pois o conflito entre as duas nações foi encerrada por meio de um armistício e não de um tratado de paz.
"Qualquer provocação militar próxima às fronteiras terrestres e marítimas levará a um conflito em grande escala e a uma guerra nuclear", advertiu o comunicado oficial. "A partir de agora, todas as questões de estado entre as duas Coreias serão tratadas sob o protocolo de guerra. A situação que prevaleceu por muitos anos em que a península da Coreia não estava nem em paz nem em guerra acabou."
Os norte-coreanos elevaram o tom nos últimos dois dias por causa das manobras militares realizadas pelos Estados Unidos e Coreia do Sul em região fronteiriça, inclusive com uso dos bombardeiros amercianos B-2, de capacidade nuclear. Na sexta-feira, Jong-Un ordenou que as plataformas de mísseis entrassem em estado de alerta e que os foguetes fossem posicionados contra alvos dos Estados Unidos na Coreia do Sul e no Pacífico.
Protesto - Na tarde de sexta-feira, dezenas de milhares de militares e civis norte-coreanos marcharam no centro de Pyongyang em uma demonstração de apoio ao governo, afirmou a imprensa estatal. A magnitude da manifestação não pode ser confirmada por meios independentes, já que a censura no país é generalizada. O ato teria sido realizado na praça Kim Il-sung, e o ditador Kim Jong-un não estava presente.
Sob as imagens gigantes do pai de Kim Jong-un, Kim Jong-il, e de seu avô, Kim Il-sung, civis e soldados juraram obediência ao presidente. "A declaração foi um ultimato do Exército coreano contra os imperialistas americanos", declarou um porta-voz no início da manifestação. "Vamos pegar em armas e bombas por nosso respeitado líder Kim Jong-un."
Desde o início de março, quando a ONU adotou sanções contra a Coreia do Norte, o país vem aumentando sua retórica belicista. Embora especialistas duvidem que o país tenha capacidade para atingir a área continental dos EUA, afirmam que bases no Japão e na ilha americana de Guam estão no alcance das armas convencionais de Pyongyang. Washington, por sua vez, afirma que tem total condição de proteger seu território e o de seus aliados.
(Com Agência France-Presse)

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