terça-feira, 26 de março de 2013

Institutos federais têm déficit de 8.000 professores

Ensino profissionalizante    VEJA

Institutos federais têm déficit de 8.000 professores

Auditoria do TCU aponta carência de 20% dos profissionais necessários

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB)
Institutos de Brasília apresentam um dos maiores déficits de professores do país. Na imagem, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB) (Divulgação)
Os institutos federais de educação técnica têm déficit de quase 8.000 professores - o equivalente a 20% dos profissionais necessários. Esta é conclusão de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que teve como objetivo avaliar as ações de estruturação e expansão do ensino técnico profissionalizante no país.

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O relatório do órgão indica que a rede vive sua maior expansão histórica, mas sem acompanhamento do quadro docente. Segundo o TCU, a falta de professores atinge todos os 442 campi em funcionamento. Os institutos com maior carência de docentes são os do Acre (com 40,1% de vagas ociosas), seguidos por Brasília, Mato Grosso do Sul e Amapá. Os institutos federais do estado de São Paulo aparecem em quarto, com um déficit de 32,7% de profissionais.

Os institutos federais sofrem ainda com problemas para a contratação de profissionais técnicos, o que se reflete no atendimento diário de laboratórios. Há 5.702 cargos técnicos ociosos no Brasil, o que representa 24,9% do total necessário. Os dados do TCU são de abril de 2012, mas só foram divulgados agora. Para o TCU, a falta de atratividade da carreira é a principal causa para a carência de profisisonais.

A pró-reitora de ensino do Instituto Federal de Roraima, Débora Soares Alexandre Melo Silva, levanta ainda outra dificuldade envolvendo os câmpus localizados no Norte e Nordeste do País. "Nós dependemos da liberação de vagas do governo. Quando temos, os candidatos aprovados voltam para o local de origem assim que conseguem uma redistribuição de vaga", diz. Segundo ela, a qualidade das instituições fica comprometida. "Temos que priorizar o ensino e, por causa disso, fica difícil cumprir as missões de extensão e pesquisa", afirma.

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