Rio de Janeiro
Índios recusam proposta da Justiça sobre Museu do Índio
Grupo rejeita oferta de ficar hospedado em albergue e parte para local desconhecido
Indígenas discutem com policiais durante a desocupação da aldeia Maracanã, no RJ - Vanderlei Almeida/AFP
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Os indígenas reivindicam a reintegração de posse do terreno localizado ao lado do estádio do Maracanã, na zona norte da cidade, onde funciononou o Museu do Índio entre 1973 e 1978. O casarão foi construído em 1866 e está em ruínas. O governo discute como utilizar a área, enquanto os indígenas querem que o imóvel seja restaurado. "A nossa pauta é única. Queremos de volta a Aldeia Maracanã", afirmou Urutau Guajajara, de 53 anos.
Na última sexta-feira, depois de um cerco policial e de pelo menos cinco detenções, os indígenas que ocupavam o antigo museu concordaram em deixar o local. Na tarde do sábado, no entanto, eles invadiram o novo museu, em Botafogo, tentando forçar um acordo com o presidente da instituição, José Carlos Levinha. Sem sucesso, ficaram no local até a madrugada deste domingo.
O grupo se nega a aceitar a proposta do governo estadual de encaminhá-los a um terreno no bairro de Jacarepaguá. No local, foi construído um alojamento temporário com camas, cozinha e banheiros. Os indígenas criticam as condições da área, onde funcionava a Colônia Curupaiti, destinada a hansenianos. Eles afirmaram também que repudiam a hospedagem oferecida pela Prefeitura do Rio, no Hotel Acolhedor, destinado ao pernoite de população de rua.
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