quinta-feira, 11 de abril de 2013

Senadores dos EUA anunciam acordo bipartidário sobre controle de armas

Atualizado: 10/04/2013 15:27 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia





Senadores dos EUA anunciam acordo bipartidário sobre controle de armas
Senadores dos EUA anunciam acordo bipartidário sobre controle de armas
Washington, 10 abr (EFE).- Os senadores americanos Pat Toomey e Joe Manchin anunciaram nesta quarta-feira um acordo bipartidário para reforçar o controle de antecedentes em todas as vendas comerciais de armas como meio de reduzir a violência armada no país.
A proposta de Toomey, republicano, e Manchin, democrata, tem apoio suficiente para ser aprovada tanto no Senado como na Câmara de Representantes, segundo disseram em entrevista coletiva.
Há um número substancial de republicanos na câmara que apoiam nossa proposta', disse Toomey perante os jornalistas.
Desde o massacre de Newtown, ocorrido em dezembro, foi reaberto nos EUA o debate sobre o controle de armas, um assunto que passou a ser uma das prioridades na agenda do presidente americano, Barack Obama.
Em comunicado, Obama felicitou ambos os senadores 'pela liderança em fazer um acordo bipartidário de bom senso em torno das verificações de antecedentes', pois farão com que as pesoas perigosas tenham mais dificuldade para ter acesso às armas.
'Esta não é a minha lei e há aspectos do acordo que preferiria que fossem mais estritos. Mas o acordo representa um progresso bipartidário bem-vindo e importante. Mostra que há gente boa em ambos os lados com relação ao assunto, e que embora não tenhamos que estar de acordo com tudo, sabemos que temos que fazer algo para deter a onda de violência armada', disse o presidente.
Obama ressaltou que ainda falta 'muito trabalho por fazer', um trabalho que tem que passar pelo Congresso, especialmente pelo Senado, para que finalize o debate do controle de armas.
Se for aprovada, a proposta bipartidária seria considerada como uma emenda à atual legislação sobre armas.
O acordo faria mais estrito o controle de antecedentes que a lei atual, mas é menos duro que o originalmente solicitado por Obama e os democratas do Congresso, que tratavam que fossem obrigatórias as revisões para quase todo tipo de vendas.
Segundo explicou Manchin, a proposta prevê também aumentar o financiamento para a segurança nas escolas e impor mais restrições ao tráfico de armas.
'Esta emenda não aliviará a dor das famílias que perderam seus filhos nesse dia horrível ', disse Manchin sobre as 20 crianças e seis adultos que morreram na escola Sandy Hook de Newtown pelos disparos de Adam Lanza, um jovem que horas antes matou a sua própria mãe e acabou se suicidando.
'Mas ninguém, nem um de nós neste grande Capitólio, com boa consciência, pode sentar-se e não tentar prevenir que outro dia como aquele volte a acontecer', acrescentou.
Sob os termos do acordo alcançado pelos senadores, todas as verificações de antecedentes serão realizadas por comerciantes com licença federal de armas de fogo.
Esses comerciantes deverão verificar a validade da licença de armas de um comprador e comprovar seu registro.
Também será solicitado um registro das compras realizadas nas feiras de armas.
Além disso, a proposta estabelece a criação de uma comissão bipartidária para estudar os casos de massacres por violência armada e apresentar ao Congresso propostas legislativas que possam fazer frente a este tipo de incidentes.
'Temos uma cultura da violência e toda uma geração que fundamentalmente se desistabilizou. Temos que encontrar a maneira de mudar isto', acrescentou Manchin.
O líder da maioria democrata do Senado de EUA, Harry Reid, disse na terça-feira que programará para quinta-feira um voto de procedimento chave para iniciar o debate formal sobre o controle das armas, apesar da objeção dos opositores da medida.
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