terça-feira, 2 de abril de 2013

EUA movem navio de guerra e radar para monitorar Coreia do Norte

Extremo Oriente VEJA

EUA movem navio de guerra e radar para monitorar Coreia do Norte

Coreia do Sul também revelou plano para neutralizar possíveis ataques

Imagem divulgada nesta terça-feira (12), mostra o líder norte-coreano Kim Jong Un acenando ao lado de militares durante inspeção a um dos departamentos de defesa do país
Imagem divulgada nesta terça-feira (12), mostra o líder norte-coreano Kim Jong Un acenando ao lado de militares durante inspeção a um dos departamentos de defesa do país - KCNA/AP
A marinha americana posicionou um navio de guerra e um radar de plataforma marítima perto da costa da Coreia do Norte. A informação foi divulgada nesta segunda-feira por uma fonte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. O objetivo é monitorar os movimentos militares do governo de Pyongyang, incluindo possíveis lançamentos de mísseis. Essa decisão pode ser a primeira de outras movimentações navais, informou a rede CNN.
O Pentágono também informou que os EUA vão continuar a realizar exercícios militares com a Coreia do Sul como parte de seu compromisso em manter a paz e a estabilidade na península coreana. Esses exercícios são mencionados por Kim Jong-un como motivo para as ameaças norte-coreanas contra o vizinho do sul e contra os EUA.  A fanfarronice das ameaças inclui vídeos com efeitos especiais toscos que mostram a destruição da Casa Branca e a invasão de Seul.



Embora especialistas duvidem que o país tenha capacidade para atingir a área continental dos EUA, afirmam que bases no Japão e na ilha americana de Guam estão no alcance das armas convencionais de Pyongyang. Washington, por sua vez, afirma que tem total condição de proteger seu território e o de seus aliados.
A Coreia do Sul, aliada dos americanos, também revelou nesta segunda seu plano para neutralizar possíveis ataques de sua vizinha, que faz parte do relatório anual sobre o conflito. O ministro da Defesa, Kim Kwan-jin, entregou à presidente sul-coreana, Park Geun-hye, um sistema antimísseis e novos satélites espiões, que permitirá ao exército do país lançar uma ação preventiva de defesa caso a Coreia do Norte mostre sinais de um ataque iminente. No encontro, a mandatária aproveitou para ordenar que o exército “responda com força” a qualquer ataque do Norte, sem levar em conta “considerações políticas”.
Os dois aliados respondem às sucessivas ameaças do ditador norte coreano Kim Jong-un a Seul e Washington. Pyongyang começou a engrossar sua retórica belicista no início de março, quando a ONU adotou novas sanções por causa da realização de um novo teste nuclear em fevereiro. A partir de então, já cortou todas as linhas de comunicação com a Coreia do Sul e declarou “estado de guerra”. No entanto, especialistas acreditam que o regime comunista está apenas tentando provocar efeitos psicológicos na região.


China e Rússia – A China, que se preocupa com a presença de forças americanas em lugares como a Coreia do Sul e o Japão, adotou uma postura que parece indicar uma crença de que um conflito não é algo iminente. Movimentos como os dos voos de bombardeiros americanos, por exemplo, tiveram como resposta de Pequim um pedido genérico de calma aos envolvidos. As críticas ao anúncio feito pelos EUA de que as defesas do país contra a Coreia do Norte seriam reforçadas também foram relativamente moderadas.

O especialista militar Ni Lexiong, da Universidade de Ciências Políticas e Direito de Shanghai, disse à agência Reuters que não existe nenhuma ameaça possível para a China. “Todas essas novas ações dos Estados Unidos não estão direcionadas para a China”.
Até a Rússia parece estar deixando de lado a rivalidade histórica com os Estados Unidos no que diz respeito à problemática Coreia do Norte. Moscou alertou que a intensa atividade militar na península coreana entrou em um ciclo vicioso. Mas um funcionário do Ministério de Relações Exteriores da Rússia elogiou a postura do governo americano. “Pelo menos nesse ponto, nós vemos que as declarações (de Washington) são mais contidas. A posição dos americanos é um pouco tranquilizadora”, disse Grigory Logvinov à agência estatal russa RIA.


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