domingo, 31 de março de 2013

Coreia do Sul fará mais exercícios militares com EUA em abril

Diplomacia

Coreia do Sul fará mais exercícios militares com EUA em abril

Seul quer demonstrar capacidade militar ante provocações de norte-coreanos

O líder norte-coreano Kim Jong-Un acompanha treinamento do Exército em local não revelado
O líder norte-coreano Kim Jong-Un acompanha treinamento do Exército em local não revelado - KCNA/AFP
A Coreia do Sul anunciou neste domingo que realizará exercícios militares com a Marinha dos Estados Unidos em seu território em abril. O objetivo é demonstrar sua capacidade bélica diante das crescentes provocações do regime norte-coreano. O anúncio de Seul foi feito depois de a Coreia do Norte declarar "estado de guerra" com a vizinha do sul, na esteira de uma escalada de ameaças por parte do país comunista.


O Exército da Coreia do Sul explicou que os exercícios militares de abril consistirão em manobras e operações conjuntas para testar suas unidades. Além disso, os marines americanos estacionados no país asiático serão convidados a participar de "discussões técnicas para a preparação de possíveis provocações da Coreia do Norte".
Ao longo de abril, os militares baseados nas ilhas fronteiriças do Mar Amarelo também farão exercícios aéreos e navais. Neste momento, a Coreia do Sul e os Estados Unidos realizam as manobras conjuntas anuais Key Resolve, que envolvem cerca de 10.000 soldados sul-coreanos e 3.500 americanos, além de um porta-aviões e caças de combate.


O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, por sua vez, defendeu neste domingo a ampliação "quantitativa e qualitativa" de seu arsenal nuclear para fazer frente às "ameaças dos Estados Unidos", segundo informou a agência estatal KCNA. Kim voltou a insistir que seu país lançará mais mísseis durante a abertura, neste domingo, da sessão plenária do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que se reúne pela primeira vez desde setembro de 2010.
Em seu discurso, o ditador norte-coreano prometeu promover a economia e o desenvolvimento de seu potencial nuclear de "maneira simultânea". No sábado, ele havia declarado que seu país entrara em "estado de guerra" com a Coreia do Sul. Apesar disso, segundo o governo de Seul, não houve nenhum movimento incomum das tropas da Coreia do Norte depois do anúncio.


O declarado "estado de guerra" também não motivou, até agora, o fechamento do complexo industrial conjunto das Coreias, situado em Kaesong, território norte-coreano. "Por enquanto, não ocorreram problemas de funcionamento no complexo de Kaesong", afirmou um porta-voz do ministério sul-coreano da Unificação.
A Coreia do Norte havia ameaçado no sábado fechar as instalações. "Fecharemos o complexo industrial se a Coreia do Sul insistir em danificar nossa dignidade", afirmou o governo em um comunicado divulgado pela agência oficial KCNA.


O complexo industrial binacional de Kaesong foi criado em 2004 como um símbolo da cooperação entre os dois países. Desde então, constitui uma importante fonte de renda para a Coreia do Norte. No entanto, a Coreia do Sul já expressou sua preocupação sobre o funcionamento do complexo.
A Coreia do Norte anunciou a intenção de cortar uma linha telefônica de uso militar utilizada para controlar o trânsito de pessoas na região. Essa linha era utilizada para que as autoridades do Sul pudessem comunicar ao Norte nomes dos trabalhadores que cruzam a fronteira para operar o complexo industrial.
(Com agências EFE e France-Presse)

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