segunda-feira, 8 de abril de 2013

'Gênesis' é tributo de Sebastião Salgado à Terra virgem

Fotografia


Fotógrafo brasileiro lança, neste mês, o livro que resultou de seu último grande projeto, que envolveu sete anos de trabalho e viagens ao redor do mundo

Foto que integra o projeto Gênesis, do fotógrafo Sebastião Salgado
Foto que integra o projeto Gênesis, do fotógrafo Sebastião Salgado (Sebastião Salgado/EFE)
Após oito anos e mais de 30 viagens buscando a natureza em estado original, nasceu Gênesis, o último grande projeto do fotógrafo Sebastião Salgado, um livro de mais de 500 páginas de aterradoras imagens com toda as tonalidades possíveis do preto e branco, que será lançado neste mês.
Após trabalhos mundialmente conhecidos como Trabalhadores e Êxodos, Gênesis é a homenagem de Salgado a uma porção do planeta Terra que permanece virgem, driblando de forma quase milagrosa o desenvolvimento e a incursão da sociedade moderna. O projeto, realizado entre 2004 e 2012, é composto por 520 páginas, divididas nos capítulos Extremo Sul do Planeta, Extremo Norte do Planeta, África, Amazônia/Pantanal e Santuários do Planeta.
O livro não traz só imagens de paisagens naturais, inclui também retratos de pessoas que vivem em equilíbrio natural com seu ecossistema, como a tribo dos Zo'e, isolada na Floresta Amazônica, os criadores de gado nômades Dinka no Sudão e a etnia Korowai de Papua Nova Guiné.
Como parte do último grande projeto de Salgado, o cineasta Win Wenders (Asas do Desejo) fará um filme em parceria com o fotógrafo. Haverá, ainda, uma exposição que percorrerá a partir do dia 11 cidades como Londres, Rio de Janeiro, Roma, Toronto, Paris e Lausanne, na Suíça.
Nascido em 8 de fevereiro de 1944 na cidade de Aimorés (MG), Salgado é considerado um dos fotógrafos mais importantes do Brasil. Em 1994, ele fundou em Paris sua agência, As Imagens da Amazônia. Ele, porém, já afirmou que, devido à idade avançada (67 anos), não voltará a fazer projetos como esse, que demandou sete anos de trabalho e viagens ao redor do mundo.
(VEJA Com agência EFE)

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