sábado, 6 de abril de 2013

Chávez é homenageado com missas e atos militares um mês após sua morte

Atualizado: 05/04/2013 19:17 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia





Nélida Fernández.
Caracas, 5 abr (EFE).- No dia em que se completa um mês da morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, várias missas, exposições, tiros de salva e atos militares foram realizados em seu país natal e outras nações latino-americanas para homenagear o falecido líder.
As honras a Chávez começaram de manhã com a inauguração de uma exposição de 350 fotos das diversos períodos de sua vida na Biblioteca Nacional da Venezuela. Além disso, desde muito cedo foram postadas mensagens no Twitter alusivas ao governante como 'AunMesDeTuPartidaComandante' e 'UnMesSinTiYsoyMasCHAVISTAqueNUNCA'.
A homenagem prosseguiu na Academia Militar de Caracas, lugar no qual Chávez, que esteve no poder desde 1999 e tinha sido reeleito para o período 2013-2019, se formou e onde foi velado durante dez dias após sua morte, em 5 de março, vítima de um câncer que lhe foi diagnosticado em 2011 e cujo tipo ainda não foi revelado.
No recinto militar, o governante encarregado da Venezuela e candidato às eleições presidenciais, Nicolás Maduro, fez um discurso para uma audiência formada principalmente por militares e que foi transmitido pela emissora estatal 'VTV', no qual chamou Chávez de 'Cristo redentor dos pobres', 'comandante supremo' e 'líder único e irrepetível'.
Primeiro foi 'líder militar' e depois 'líder de toda a América, de todo um mundo que quer uma mudança', e ao morrer 'foi para outra vida, a vida eterna', disse Maduro, candidato do governo para as eleições de 14 de abril.
Maduro foi designado pelo próprio Chávez como potencial candidato à presidência no dia 8 de dezembro do ano passado, quando o então presidente deu sua última declaração pública antes de embarcar para Havana para se submeter a uma cirurgia para combater o câncer.
A missa principal foi realizada no Quartel da Montanha, onde estão os restos mortais de Chávez. Assistiram à cerimônia ministros e familiares do governante, entre eles sua mãe, irmãos, sua filha Rosa e seu filho Hugo.
A eucaristia começou depois de uma salva de artilharia às 16h25 locais (17h55 de Brasília), momento exato do falecimento de Chávez, aos 58 anos.
'Quero que continuemos vivendo neste ambiente de ressurreição e apostando na vida de Hugo Rafael, que está agora mais perto do que nunca do povo como lembrança na alma, em tudo sempre nos acompanha', disse o padre Numa Molina, que oficiou a missa.
'Como ele não vai estar com este povo se o amou tanto? A diferença é que agora o mal não tem domínio sobre ele', afirmou o religioso.
Também houve uma missa no teatro Teresa Carreño, onde também houve uma apresentação de um coral infantil.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, também lembrou hoje a data da morte de Chávez e pediu a seus seguidores um minuto de silêncio durante um ato de governo em La Paz.
Morales lembrou que, em 2003, Chávez disse que apoiava a reivindicação boliviana de recuperar a saída ao oceano Pacífico, perdida em uma guerra contra o Chile em 1879, e que sonhava se banhar algum dia em uma praia boliviana.
'Nenhum presidente, nem ex-presidente (de outros países) se expressou dessa maneira. Que desejava se banhar no mar boliviano, no oceano Pacífico', disse Morales.
Além disso, a reunião de hoje dos chanceleres de Costa Rica, Cuba, Chile e Haiti em Havana começou lembrando o líder venezuelano e o impulso que deu ao projeto regional.
Através de um comunicado, a Chancelaria venezuelana agradeceu pelos atos de lembrança a Chávez com a 'mais sincera e emocionada gratidão a todos os governos, organizações regionais e internacionais e movimentos sociais do mundo inteiro.
'Com seu legado de luta, lealdade, liberdade e amor pela pátria, continuaremos avançando na construção de um mundo pluripolar, de igualdade e justiça, impulsionando e fortalecendo a Revolução Bolivariana e o Socialismo do Século XXI', acrescenta o comunicado. EFE
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