sábado, 6 de abril de 2013

Ashton anuncia pausa em diálogo nuclear com Irã por posturas distantes

Atualizado: 06/04/2013 09:03 | Por EFE Brasil, EFE Multimedia





Ashton anuncia pausa do G5+1 no diálogo com Irã por posturas distantes
Ashton anuncia pausa do G5+1 no diálogo com Irã por posturas distantes
Moscou, 6 abr (EFE).- A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, anunciou neste sábado que o Grupo 5+1 fará uma pausa nas negociações nucleares com o Irã após a conclusão, neste sábado, da quinta rodada na cidade cazaque de Almaty.
'Ficou claro que as posturas do Irã e o G5+1 ainda são distantes', disse em entrevista coletiva Catherine, que comentou que as delegações manterão agora consultas com suas respectivas capitais para decidir os próximos passos.
Ao mesmo tempo, a diplomata destacou que é a primeira vez que ambas as partes analisam em profundidade todos os aspectos do problema nuclear do Irã, país que insiste em que as grandes potências reconheçam seu direito a enriquecer urânio.
'Nós, certamente, fazemos nosso trabalho de modo que tenhamos a segurança sobre os fins pacíficos do programa nuclear do Irã. Estas não são só conversas, são negociações com um objetivo, obter resultados', disse.
Além disso, Catherine insistiu que Teerã dê uma resposta clara à proposta apresentada na anterior quarta rodada a fim de pôr em prática medidas de confiança entre ambas as partes.
Catherine destacou que o objetivo das sanções impostas ao Irã é precisamente exercer pressão sobre a República Islâmica para que o processo avance e conseguir uma solução ao problema nuclear.
As grandes potências tinham chamado ao término da primeira jornada Teerã para mostrar uma maior vontade política para dissipar as dúvidas da comunidade internacional sobre o programa nuclear iraniano.
O Irã ainda não respondeu nem à proposta de suspender o enriquecimento de urânio a 20%, nem à de reduzir a capacidade da fábrica subterrânea de processamento nuclear de Fordo.
Em troca, o G5+1 se mostrou disposto a suavizar algumas das sanções econômicas impostas ao regime de Teerã, como facilitar a transferência de ouro ao Irã desde outros países.
O porta-voz da alta representante da União Europeia, Michael Mann, assegurou que o sexteto está disposto a reconhecer o direito do Irã em enriquecer urânio, mas que Teerã deve antes garantir o caráter pacífico de seu programa nuclear.
Segundo os especialistas, a proximidade das eleições presidenciais iranianas de junho impediu que Teerã adquirisse o compromisso de aceitar as propostas das grandes potências.
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