quinta-feira, 21 de março de 2013

Venda de PCs no Brasil recuou 2% em 2012

Atualizado: 20/03/2013 02:04 | Por NAYARA FRAGA, estadao.com.br

Venda de PCs no Brasil recuou 2% em 2012

Queda é atribuída principalmente ao crescimento das vendas de aparelhos como smartphones e tablets



Enquanto as previsões para a venda de smartphones e tablets no Brasil são de crescimento, as estimativas para os PCs são nega
tivas. Pesquisa divulgada ontem pela consultoria IDC aponta que foram comercializados em 2012 no País 15,5 milhões de computadores, quantidade 2% inferior à de 2011. Para este ano, a queda projetada é ainda maior: de 7,2%.
Venda de PCs no Brasil recuou 2% em 2012 (Divulgação)Esta é a primeira vez, segundo a consultoria, que o número de PCs vendidos no País registra queda em um cenário de economia estável. Até então, o mercado brasileiro só havia visto recuo em 2009, na época da crise mundial, quando as vendas caíram 3% na comparação com 2008.
Agora, o Brasil voltou para a quarta posição no ranking mundial do mercado de PCs, atrás de Estados Unidos, China e Japão. Em 2011, o Brasil havia superado os japoneses. A perda do terceiro lugar se deu por cerca de 200 mil unidades vendidas a menos.
Entre as razões que contribuíram para a queda está o resultado ruim do quarto trimestre, período em que saíram das prateleiras das lojas um volume 8% menor que o verificado no trimestre imediatamente anterior. A surpresa está no fato de os últimos quatro meses do ano apresentarem, geralmente, crescimento nessa indústria.
Outro motivo para o recuo dos PCs - categoria em que estão notebooks, netbooks, ultrabooks e desktops - é o crescimento da adoção de equipamentos que cumprem parte das funções dos computadores e são mais baratos, como smartphones e tablets. Neste ano, a IDC aposta na venda de 5,8 milhões de tablets e de 28,8 milhões de smartphones.
Uma das reclamações mais frequentes dos fabricantes de PCs nos últimos anos tem sido a baixa margem de lucro obtida com a venda desses equipamentos. Especialmente em 2012, com a competição mais acirrada, as empresas se viram forçadas a baixar seus preços, segundo Camila Santos, analista de mercado da IDC. É por conta desse movimento no mercado que surgiu a tendência de levar os negócios para além da produção de computadores. "Estamos percebendo que as empresas estão investindo em novas tecnologias, como smartphone, tablet, smart TV e também serviços", diz Camila.
A Dell, por exemplo, tem se apresentado cada vez mais como uma fornecedora de serviços de TI. A empresa vende computadores e tablets ao mesmo tempo em que investe em armazenamento e computação em nuvem. Faz até papel de consultoria de TI. Já a Positivo, líder no mercado de PCs do Brasil há oito anos, optou pela produção de tablets e cinco modelos de celular (três são smartphones).
Apesar da queda no mercado de computadores, a IDC prevê um 2013 com preços mais salgados para o consumidor. É que os PCs deverão ter recursos mais inovadores, como a tela sensível ao toque.

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